A Feira de Maio
Por Joaquim Ramos
Estamos às portas de mais uma Feira de Maio. Da Centenária Feira de Maio de Azambuja. Mas como todas os acontecimentos centenários, a nossa Feira evoluiu, à medida que foram evoluindo a vila, a vida das pessoas, a sociedade, a estrutura do Concelho e as características da sua população.
Tenho algum orgulho em poder afirmar que, durante os meus doze anos de mandato como Presidente da Câmara, a Feira de Maio alargou os seus horizontes, expandiu-se para o Ribatejo, o País e até o estrangeiro, diversificou-se e adaptou-se aos tempos modernos, sem perder as suas características nucleares de certame de exaltação e vivências ribatejanas. Hoje, a Feira de Maio é um grande certame, nas rotas do turismo cultural nacional, num trabalho de promoção organização e divulgação que, é justo referi-lo, foi iniciado por quem me antecedeu na Câmara e ao qual tem sido dada continuidade entusiástica por quem me sucedeu.
Particularmente, e para além das diversas iniciativas da Feira – agradam-me mais umas que outras, como em todas as coisas da vida…-, existem alguns aspectos que julgo dever realçar.
A Feira de Maio é, naturalmente, uma manifestação coordenada e executada em termos logísticos pelo Município, mas o que lhe atribui um carácter peculiar é o facto de ser participada por toda a população. Não é uma festa que apareça feita, é um processo que se vai fazendo ao longo de todo o ano, que acelera e Março e Abril e no qual todos participam.
A Feira de Maio contribuiu, para além dos seus aspectos festivos e dos seus componentes sociais, duma forma definitiva para três grandes objectivos estratégicos no período em que presidi à Câmara: preservar a nossa identidade enquanto comunidade, fomentar o convívio dos azambujenses e aproximar todas as pessoas das diversas Freguesias, fomentando assim a coesão do Concelho de Azambuja, de Vila Nova da Rainha a Vila Nova de S. Pedro.
Penso que a marca cultural da Feira de Maio contribuiu e contribui muito para que Azambuja não seja engolida pela expansão da grande Lisboa (do ponto de vista cultural, evidentemente). O fomento da convivência entre os Azambujense, até na vertente intergeracional, dos emigrantes que regressam na Feira, dos amigos que se reencontram, é bem patente no incremento que o movimento Tertuliano teve ao longo dos últimos anos. Hoje, é impossível pensar a Feira de Maio dissociada da centena de Tertúlias que se foram constituindo e são hoje os principais dinamizadores da Feira. Por último, a iniciativa da Praça das Freguesias, para além de dar a conhecer a todos a gastronomia e a cultura particular de cada freguesia, é também um local de reencontro de amigos, de coesão social, de defesa daquilo que é a nossa cultura específica.
Naturalmente que muito mais haveria a dizer sobre a nossa Feira de Maio, mas como diria Camões, melhor é experimentá-la que julgá-la e já se contam pelos dedos das mãos os dias que faltam para que esta grande festa de exaltação do Ribatejo, de reencontros e alegrias,de aromas e sabores, encha as ruas de Azambuja.
PS: Apesar de, a partir de ontem, o (des)acordo ortográfico, passar a ser obrigatório, continuo a escrever da mesma forma. Primeiro, porque burro velho não aprende línguas. Segundo, porque respeito a versão brasileira da língua portuguesa, mas não me ajoelho perante ela.
16-06-2015
Por Joaquim Ramos
Estamos às portas de mais uma Feira de Maio. Da Centenária Feira de Maio de Azambuja. Mas como todas os acontecimentos centenários, a nossa Feira evoluiu, à medida que foram evoluindo a vila, a vida das pessoas, a sociedade, a estrutura do Concelho e as características da sua população.
Tenho algum orgulho em poder afirmar que, durante os meus doze anos de mandato como Presidente da Câmara, a Feira de Maio alargou os seus horizontes, expandiu-se para o Ribatejo, o País e até o estrangeiro, diversificou-se e adaptou-se aos tempos modernos, sem perder as suas características nucleares de certame de exaltação e vivências ribatejanas. Hoje, a Feira de Maio é um grande certame, nas rotas do turismo cultural nacional, num trabalho de promoção organização e divulgação que, é justo referi-lo, foi iniciado por quem me antecedeu na Câmara e ao qual tem sido dada continuidade entusiástica por quem me sucedeu.
Particularmente, e para além das diversas iniciativas da Feira – agradam-me mais umas que outras, como em todas as coisas da vida…-, existem alguns aspectos que julgo dever realçar.
A Feira de Maio é, naturalmente, uma manifestação coordenada e executada em termos logísticos pelo Município, mas o que lhe atribui um carácter peculiar é o facto de ser participada por toda a população. Não é uma festa que apareça feita, é um processo que se vai fazendo ao longo de todo o ano, que acelera e Março e Abril e no qual todos participam.
A Feira de Maio contribuiu, para além dos seus aspectos festivos e dos seus componentes sociais, duma forma definitiva para três grandes objectivos estratégicos no período em que presidi à Câmara: preservar a nossa identidade enquanto comunidade, fomentar o convívio dos azambujenses e aproximar todas as pessoas das diversas Freguesias, fomentando assim a coesão do Concelho de Azambuja, de Vila Nova da Rainha a Vila Nova de S. Pedro.
Penso que a marca cultural da Feira de Maio contribuiu e contribui muito para que Azambuja não seja engolida pela expansão da grande Lisboa (do ponto de vista cultural, evidentemente). O fomento da convivência entre os Azambujense, até na vertente intergeracional, dos emigrantes que regressam na Feira, dos amigos que se reencontram, é bem patente no incremento que o movimento Tertuliano teve ao longo dos últimos anos. Hoje, é impossível pensar a Feira de Maio dissociada da centena de Tertúlias que se foram constituindo e são hoje os principais dinamizadores da Feira. Por último, a iniciativa da Praça das Freguesias, para além de dar a conhecer a todos a gastronomia e a cultura particular de cada freguesia, é também um local de reencontro de amigos, de coesão social, de defesa daquilo que é a nossa cultura específica.
Naturalmente que muito mais haveria a dizer sobre a nossa Feira de Maio, mas como diria Camões, melhor é experimentá-la que julgá-la e já se contam pelos dedos das mãos os dias que faltam para que esta grande festa de exaltação do Ribatejo, de reencontros e alegrias,de aromas e sabores, encha as ruas de Azambuja.
PS: Apesar de, a partir de ontem, o (des)acordo ortográfico, passar a ser obrigatório, continuo a escrever da mesma forma. Primeiro, porque burro velho não aprende línguas. Segundo, porque respeito a versão brasileira da língua portuguesa, mas não me ajoelho perante ela.
16-06-2015
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