Águas do Tejo Atlântico entrou em funcionamentoEsta empresa constitui-se como o maior operador de saneamento do país
22-05-2017 às 19:16
O novo sistema multimunicipal de saneamento de águas residuais que entre outros servirá os concelhos de Azambuja, Arruda dos Vinhos, Alenquer e Cadaval foi oficializado a 28 de abril através da constituição da empresa Águas do Tejo Atlântico
Esta empresa constitui-se como o maior operador de saneamento do país, cujo sistema tem como utilizadores 23 municípios anteriormente utilizadores dos serviços de saneamento prestados pelas empresas Sanest, Simtejo e Águas do Oeste. Este processo resulta da intenção do governo socialista em querer reverter o processo de fusão de sistemas municipais de água e saneamento levado a cabo pelo anterior Governo PSD/CDS-PP, ao criar 19 grandes sistemas no país. Com a entrada em funcionamento desta nova empresa, a Águas de Portugal passa a deter mais de 50 por cento do capital da mesma, o que não agradou a todos os municípios, nomeadamente Loures, que defendia que os municípios deveriam deter a maioria do capital da empresa. No total, as operações da empresa abrangem uma população de cerca de 2,4 milhões de habitantes que serão servidas através de mais de 1.150 quilómetros de condutas, 292 estações elevatórias e 104 estações de tratamento de águas residuais (ETAR), entre elas as duas maiores do país: a ETAR de Alcântara, em Lisboa, e a ETAR da Guia, em Cascais. No concelho de Azambuja a oposição lembrou em reunião de Câmara, no passado mês de dezembro, quando se votou a adesão do município a este novo sistema que os interesses do município não ficaram bem esclarecidos. O vereador da Coligação Pelo Futuro da Nossa Terra, Jorge Lopes, exortou o município a inscrever os mesmos pressupostos que o município fez valer aquando da constituição poucos anos antes da Águas de Lisboa e Vale do Tejo, nomeadamente, a necessidade de obra em alta. Já o vereador da CDU, David Mendes, também mostrou sérias reservas sobre o documento, considerando que se continua a fixar as tarifas tendo em conta valores virtuais – número de população e capacitações mal calculadas. “Tudo isto tem como objetivo pagar as dívidas colossais da Águas de Portugal, e devíamos poder escolher fazer parte ou não desta nova empresa. Somos submetidos a uma prepotência que não é aceitável”, referiu. ComentáriosSeja o primeiro a comentar
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