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Agência Portuguesa do Ambiente diz que não há problemas com o amianto no aterro de AzambujaAo contrário dos ambientalistas, esta entidade diz que aquele material não é perigoso quando misturado com biodegradáveis
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Sílvia Agostinho
28-10-2019 às 18:25 |
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No seguimento da investigação do nosso jornal acerca da deposição de amianto no aterro de Azambuja e as declarações da associação ambientalista Zero-Sistema Terrestre Sustentável, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) emresposta a um conjunto de questões do Valor Local, sustenta que a deposição tal como está a acontecer não oferece perigos. Aquela entidade governamental alega que sendo o amianto uma matéria mineral, (razão pela qual os resíduos de construção com amianto são considerados resíduos perigosos estáveis e não reativos), “não é expetável que este, em contacto com qualquer outro tipo de material, nomeadamente matéria biodegradável desencadeie uma reação química que origine subsequentes resíduos perigosos”.
Diz a APA que a perigosidade do amianto deve-se antes “ao efeito cancerígeno que poderá provocar nos seres vivos devido à inalação, ingestão ou absorção dérmica das fibras ou pó de amianto que com o tempo se vão libertando”, pelo que a sua deposição em aterro deverá ser “feita em condições que garanta o confinamento e não libertação das fibras de amianto”. Para a Agência Portuguesa do Ambiente o amianto em contacto com os resíduos biodegradáveis que pela sua ação de decomposição, podem provocar a libertação de biogás, não merece reservas porquanto o amianto é acondicionado em embalagens fechadas e devidamente acondicionadas, conforme indica a portaria nº 40/2017, artigo sexto. Sendo assim a APA refere que a Triaza cumpre com as medidas de “prevenção dos efeitos negativos para o ambiente e minimização dos perigos para a saúde humana”. |
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Segundo o que conseguimos apurar, esta mesma informação da APA ao Valor Local também é do conhecimento dos ambientalistas que estarão a preparar um documento mais vasto com a colaboração de especialistas para voltar a remeter à tutela, estando na calha também um pedido de reunião com a nova tutelar da pasta da Secretaria de Estado do Ambiente, Inês dos Santos Costa. Sendo que não será assim tão linear a explicação dada pela APA quanto à não perigosidade do amianto quando em contacto com os biodegradáveis desde que embalado e selado, do ponto de vista da Zero.
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