Em declarações, em primeira mão, ao Valor Local, a concessionária rebate os alegados "aumentos brutais de 2500 por cento" previstos no novo tarifário referidos pela Coligação Pelo Futuro da Nossa Terra (CPFNT) num comunicado que está a ser distribuído à população.
Aquela força política dá a conhecer vários itens nos quais os "aumentos se prevêm brutais", nomeadamente, os de ordem técnica como as vistorias em edifícios de habitação a subirem dos 3,23 euros para 150 euros, e nos estabelecimentos comerciais de 10,78 para 300 euros. A administração da Águas da Azambuja esclarece neste ponto que "o valor no tarifário actual é aplicado por dispositivo de utilização da rede predial, logo não pode ser comparada com a nova tarifa. Este serviço é apenas executado a pedido do cliente para análise da sua rede interna e em cinco anos de concessão nunca foi solicitado pelos clientes, porque o técnico responsável pela obra assegura, nos termos da legislação, essa vistoria e o respectivo termo de responsabilidade".
Já no que se refere ao igualmente problemático item: aferição de contadores em que a CPFNT fez as contas e o preço aumenta dos actuais 26,95 para cem euros, a empresa responde que "o tarifário actual não cobre os custos associados à retirada do contador, mais a expedição para laboratório, aferição em laboratório acreditado, expedição para a concessionária, e recolocação". Diz ainda a Águas da Azambuja - "Este serviço é executado apenas quando requerido e não representa qualquer encargo para o utilizador se o contador apresentar uma anomalia em seu prejuízo". "Acresce ainda que estes serviços são raros e pontuais sem impacte na factura mensal".
Diz ainda a empresa que os aumentos previstos no tarifário "têm sido alvo de desinformação e que respeitam a recomendação tarifária da ERSAR e os princípios de recuperação dos custos, defesa dos interesses dos utilizadores, utilização racional dos recursos hídricos, e não subsidiação cruzada de serviços". Isto quando a ERSAR no seu relatório a que tivemos acessos apresenta sérias reservas em relação ao contrato de aditamento entre a empresa e a Câmara.
A empresa refere que alguns serviços com os aumentos a verificarem-se vão deixar de ser subsidiados como até à data pela estrutura tarifária, na senda do "utilizador-pagador". "A água vai descer e o saneamento aumentar". No que concerne ao propalado aumento da tarifa de disponibilidade da água (item que é sempre pago em todas as facturas independentemente dos consumos) a CPFNT diz que vai de 3,45 euros por mês para 4,2 euros, mas a empresa diz que "a análise efectuada é incompleta e para os utilizadores domésticos a tarifa passa a ser única. Para um contador DN15, os utilizadores têm um aumento de 49 cêntimos, para os que possuem um contador DN20, a larga maioria dos utilizadores, o novo tarifário reduz a tarifa fixa em 28% passando de 5,85 para 4,20".
Segundo a concessionária, os impactos serão maiores no que diz respeito à tarifa de saneamento "porque a actual estrutura de custo não cobra o encargo com o saneamento devido a um aumento acumulado de 30 por cento em cinco anos por parte da Águas do Oeste". Tentámos também obter declarações da Câmara de Azambuja sobre este tema, que até ao momento ainda não se pronunciou. A CPFNT mostrou entretanto seu agrado por considerar que na sua opinião a concessionária não desmente o comunicado.
Sílvia Agostinho
03-07-2014
Aquela força política dá a conhecer vários itens nos quais os "aumentos se prevêm brutais", nomeadamente, os de ordem técnica como as vistorias em edifícios de habitação a subirem dos 3,23 euros para 150 euros, e nos estabelecimentos comerciais de 10,78 para 300 euros. A administração da Águas da Azambuja esclarece neste ponto que "o valor no tarifário actual é aplicado por dispositivo de utilização da rede predial, logo não pode ser comparada com a nova tarifa. Este serviço é apenas executado a pedido do cliente para análise da sua rede interna e em cinco anos de concessão nunca foi solicitado pelos clientes, porque o técnico responsável pela obra assegura, nos termos da legislação, essa vistoria e o respectivo termo de responsabilidade".
Já no que se refere ao igualmente problemático item: aferição de contadores em que a CPFNT fez as contas e o preço aumenta dos actuais 26,95 para cem euros, a empresa responde que "o tarifário actual não cobre os custos associados à retirada do contador, mais a expedição para laboratório, aferição em laboratório acreditado, expedição para a concessionária, e recolocação". Diz ainda a Águas da Azambuja - "Este serviço é executado apenas quando requerido e não representa qualquer encargo para o utilizador se o contador apresentar uma anomalia em seu prejuízo". "Acresce ainda que estes serviços são raros e pontuais sem impacte na factura mensal".
Diz ainda a empresa que os aumentos previstos no tarifário "têm sido alvo de desinformação e que respeitam a recomendação tarifária da ERSAR e os princípios de recuperação dos custos, defesa dos interesses dos utilizadores, utilização racional dos recursos hídricos, e não subsidiação cruzada de serviços". Isto quando a ERSAR no seu relatório a que tivemos acessos apresenta sérias reservas em relação ao contrato de aditamento entre a empresa e a Câmara.
A empresa refere que alguns serviços com os aumentos a verificarem-se vão deixar de ser subsidiados como até à data pela estrutura tarifária, na senda do "utilizador-pagador". "A água vai descer e o saneamento aumentar". No que concerne ao propalado aumento da tarifa de disponibilidade da água (item que é sempre pago em todas as facturas independentemente dos consumos) a CPFNT diz que vai de 3,45 euros por mês para 4,2 euros, mas a empresa diz que "a análise efectuada é incompleta e para os utilizadores domésticos a tarifa passa a ser única. Para um contador DN15, os utilizadores têm um aumento de 49 cêntimos, para os que possuem um contador DN20, a larga maioria dos utilizadores, o novo tarifário reduz a tarifa fixa em 28% passando de 5,85 para 4,20".
Segundo a concessionária, os impactos serão maiores no que diz respeito à tarifa de saneamento "porque a actual estrutura de custo não cobra o encargo com o saneamento devido a um aumento acumulado de 30 por cento em cinco anos por parte da Águas do Oeste". Tentámos também obter declarações da Câmara de Azambuja sobre este tema, que até ao momento ainda não se pronunciou. A CPFNT mostrou entretanto seu agrado por considerar que na sua opinião a concessionária não desmente o comunicado.
Sílvia Agostinho
03-07-2014