A associação ambientalista comparou os sistemas de Alenquer, Azambuja, Mafra, Torres Vedras, Arruda dos Vinhos, Cadaval, Lisboa, Sobral de Monte Agraço, Benavente, Vila Franca de Xira, com base também num estudo da DECO.
Para um caudal de consumo anual de 120 m3 (10 m3 mensais) refere a Alambi que se verifica que entre estes dez municípios, Torres Vedras e Alenquer concorrem pelo lugar de fatura mais cara (405,62€ e 399,7€, respectivamente), logo seguidos por Mafra (368,9€), enquanto Lisboa (160,6€), Benavente (192,78€) e Cadaval (194,5€) apresentam as faturas mais baixas. "É de notar que em qualquer um destes dos três municípios onde a fatura é mais baixa, o seu valor não chega a metade daquele que é pago em Alenquer ou Torres Vedras", acrescenta a associação.
O comunicado diz ainda que para este escalão de consumo Alenquer é, no conjunto destes municípios, o que apresenta a parcela da fatura correspondente à água de consumo mais cara (182,42€) enquanto Cadaval (89,40€) apresenta a parcela mais baixa – menos de metade do custo. "É de assinalar que Alenquer é um concelho em que abundam as águas de subsolo, onde a EPAL tem duas captações de grande relevância, uma na vila de Alenquer e outra em Ota, de onde extrai anualmente caudais que ultrapassam quatro vezes o consumo no município. Esta água vai abastecer a área metropolitana de Lisboa, sendo de estranhar que em Vila Franca de Xira e Lisboa a água tenha um preço mais baixo do que junto à fonte onde de onde é extraída. Na verdade a parcela da fatura correspondente à água apresenta em Alenquer um dos valores mais altos do país."
Torres Vedras, segundo a DECO apresenta o custo de saneamento mais elevado do país (191,65€) e a fatura de Alenquer só é ultrapassada pela de Torres, porque ali o saneamento é mais caro. Para um caudal de consumo anual de 120 m3 (10 m3 mensais) verifica-se que entre estes dez municípios, Torres Vedras e Alenquer concorrem pelo lugar de fatura mais cara (405,62€ e 399,7€, respectivamente), logo seguidos por Mafra (368,9€), enquanto Lisboa (160,6€), Benavente (192,78€) e Cadaval (194,5€) apresentam as faturas mais baixas. É de notar que em qualquer um destes dos três municípios onde a fatura é mais baixa, o seu valor não chega a metade daquele que é pago em Alenquer ou Torres Vedras. Para este escalão de consumo Alenquer é, no conjunto destes municípios, o que apresenta a parcela da fatura correspondente à água de consumo mais cara (182,42€) enquanto Cadaval (89,40€) apresenta a parcela mais baixa – menos de metade do custo. É de assinalar que Alenquer é um concelho em que abundam as águas de subsolo, onde a EPAL tem duas captações de grande relevância, uma na vila de Alenquer e outra em Ota, de onde extrai anualmente caudais que ultrapassam quatro vezes o consumo no município. Esta água vai abastecer a área metropolitana de Lisboa, sendo de estranhar que em Vila Franca de Xira e Lisboa a água tenha um preço mais baixo do que junto à fonte onde de onde é extraída. Na verdade a parcela da fatura correspondente à água apresenta em Alenquer um dos valores mais altos do país.
Torres Vedras, segundo a DECO apresenta o custo de saneamento mais elevado do país (191,65€) e a fatura de Alenquer só é ultrapassada pela de Torres, porque ali o saneamento é mais caro.
É de notar igualmente que a fatura em Lisboa não inclui taxa de lixo.
Para o consumo anual de 180 m3 (15 m3/mês), Mafra apresenta a fatura mais elevada (588,2€), logo seguida de Torres Vedras (562,0€) e Alenquer (558,4€). Lisboa (219,5), Benavente (282,8) e Cadaval (291,1), continuam a apresentar as faturas mais baixas, com um diferencial de cerca de metade relativamente a Mafra, onde a fatura é a mais cara. Lisboa tem uma fatura inferior a metade da que é praticada em Alenquer.
Para este escalão de consumo Mafra apresenta também a parcela da água de consumo mais elevada (272,78€), logo seguida de Alenquer (257,05€) enquanto Lisboa (144,44€) apresenta as parcela mais baixa.
A Alambi atruibui estas variações de preços sobretudo ao fato de as concessões em causa serem geridas por privados: Alenquer (Aquapor 40%, AGS 40%, outros 20%); Azambuja (Aquapor 75%, outros 25%); Mafra (BE Water 100%).
Benavente integra um sistema multimunicipal (Águas do Ribatejo) criado e gerido pelas próprias autarquias que capta e distribui a água, gere as redes as redes de água e saneamento, e administra as ETAR. No conjunto dos municípios que integram a Águas do Ribatejo a fatura da água é igual, com exceção da taxa de lixo em que apresenta pequenas variações.
"Em Lisboa a água é distribuída pela EPAL, uma empresa pública que capta água em Alenquer. Nos restantes municípios os sistemas são geridos pelas Câmaras Municipais."
A Alambi prossegue na defesa do seu ponto de vista e dá conta do relatório do Tribunal de Contas sobre "as parcerias público privadas da água em que tece considerações que não são abonatórias para os municípios sobre o papel que desempenharam na hipoteca do interesse público e do interesse seus munícipes, na celebração destes contratos de concessão". Diz ainda que no mercado internacional a tendência actual destas parcerias é a celebração de contratos de concessão de curto prazo, de três a cinco anos, e não os trinta anos da generalidade das concessões atuais, na linha do que preconiza o Tribunal de Contas que fala em necessidade de riscos partilhados.
No entanto, a Alambi adverte: " Será excessivo concluir que faturas caras resultam exclusivamente da concessão das redes de água e saneamento pelos municípios – o que não é verificado em Torres Vedras e Arruda, que também têm faturas elevadas. Parte do problema resulta de contratos de fornecimento de água em alta e de gestão das ETAR municipais, entre as Câmaras e empresas do grupo Águas de Portugal (Empresa Pública), de que o contrato entre a Câmara de Alenquer e a empresa Águas do Oeste constitui um exemplo paradigmático. Com preços sempre crescentes e caudais garantidos, estes contratos constituem simultaneamente um fator de encarecimento das faturas da água junto dos consumidores, e de valorização económica da Águas de Portugal, na perspectiva da sua privatização insistentemente anunciada."
09-10-2014
Para um caudal de consumo anual de 120 m3 (10 m3 mensais) refere a Alambi que se verifica que entre estes dez municípios, Torres Vedras e Alenquer concorrem pelo lugar de fatura mais cara (405,62€ e 399,7€, respectivamente), logo seguidos por Mafra (368,9€), enquanto Lisboa (160,6€), Benavente (192,78€) e Cadaval (194,5€) apresentam as faturas mais baixas. "É de notar que em qualquer um destes dos três municípios onde a fatura é mais baixa, o seu valor não chega a metade daquele que é pago em Alenquer ou Torres Vedras", acrescenta a associação.
O comunicado diz ainda que para este escalão de consumo Alenquer é, no conjunto destes municípios, o que apresenta a parcela da fatura correspondente à água de consumo mais cara (182,42€) enquanto Cadaval (89,40€) apresenta a parcela mais baixa – menos de metade do custo. "É de assinalar que Alenquer é um concelho em que abundam as águas de subsolo, onde a EPAL tem duas captações de grande relevância, uma na vila de Alenquer e outra em Ota, de onde extrai anualmente caudais que ultrapassam quatro vezes o consumo no município. Esta água vai abastecer a área metropolitana de Lisboa, sendo de estranhar que em Vila Franca de Xira e Lisboa a água tenha um preço mais baixo do que junto à fonte onde de onde é extraída. Na verdade a parcela da fatura correspondente à água apresenta em Alenquer um dos valores mais altos do país."
Torres Vedras, segundo a DECO apresenta o custo de saneamento mais elevado do país (191,65€) e a fatura de Alenquer só é ultrapassada pela de Torres, porque ali o saneamento é mais caro. Para um caudal de consumo anual de 120 m3 (10 m3 mensais) verifica-se que entre estes dez municípios, Torres Vedras e Alenquer concorrem pelo lugar de fatura mais cara (405,62€ e 399,7€, respectivamente), logo seguidos por Mafra (368,9€), enquanto Lisboa (160,6€), Benavente (192,78€) e Cadaval (194,5€) apresentam as faturas mais baixas. É de notar que em qualquer um destes dos três municípios onde a fatura é mais baixa, o seu valor não chega a metade daquele que é pago em Alenquer ou Torres Vedras. Para este escalão de consumo Alenquer é, no conjunto destes municípios, o que apresenta a parcela da fatura correspondente à água de consumo mais cara (182,42€) enquanto Cadaval (89,40€) apresenta a parcela mais baixa – menos de metade do custo. É de assinalar que Alenquer é um concelho em que abundam as águas de subsolo, onde a EPAL tem duas captações de grande relevância, uma na vila de Alenquer e outra em Ota, de onde extrai anualmente caudais que ultrapassam quatro vezes o consumo no município. Esta água vai abastecer a área metropolitana de Lisboa, sendo de estranhar que em Vila Franca de Xira e Lisboa a água tenha um preço mais baixo do que junto à fonte onde de onde é extraída. Na verdade a parcela da fatura correspondente à água apresenta em Alenquer um dos valores mais altos do país.
Torres Vedras, segundo a DECO apresenta o custo de saneamento mais elevado do país (191,65€) e a fatura de Alenquer só é ultrapassada pela de Torres, porque ali o saneamento é mais caro.
É de notar igualmente que a fatura em Lisboa não inclui taxa de lixo.
Para o consumo anual de 180 m3 (15 m3/mês), Mafra apresenta a fatura mais elevada (588,2€), logo seguida de Torres Vedras (562,0€) e Alenquer (558,4€). Lisboa (219,5), Benavente (282,8) e Cadaval (291,1), continuam a apresentar as faturas mais baixas, com um diferencial de cerca de metade relativamente a Mafra, onde a fatura é a mais cara. Lisboa tem uma fatura inferior a metade da que é praticada em Alenquer.
Para este escalão de consumo Mafra apresenta também a parcela da água de consumo mais elevada (272,78€), logo seguida de Alenquer (257,05€) enquanto Lisboa (144,44€) apresenta as parcela mais baixa.
A Alambi atruibui estas variações de preços sobretudo ao fato de as concessões em causa serem geridas por privados: Alenquer (Aquapor 40%, AGS 40%, outros 20%); Azambuja (Aquapor 75%, outros 25%); Mafra (BE Water 100%).
Benavente integra um sistema multimunicipal (Águas do Ribatejo) criado e gerido pelas próprias autarquias que capta e distribui a água, gere as redes as redes de água e saneamento, e administra as ETAR. No conjunto dos municípios que integram a Águas do Ribatejo a fatura da água é igual, com exceção da taxa de lixo em que apresenta pequenas variações.
"Em Lisboa a água é distribuída pela EPAL, uma empresa pública que capta água em Alenquer. Nos restantes municípios os sistemas são geridos pelas Câmaras Municipais."
A Alambi prossegue na defesa do seu ponto de vista e dá conta do relatório do Tribunal de Contas sobre "as parcerias público privadas da água em que tece considerações que não são abonatórias para os municípios sobre o papel que desempenharam na hipoteca do interesse público e do interesse seus munícipes, na celebração destes contratos de concessão". Diz ainda que no mercado internacional a tendência actual destas parcerias é a celebração de contratos de concessão de curto prazo, de três a cinco anos, e não os trinta anos da generalidade das concessões atuais, na linha do que preconiza o Tribunal de Contas que fala em necessidade de riscos partilhados.
No entanto, a Alambi adverte: " Será excessivo concluir que faturas caras resultam exclusivamente da concessão das redes de água e saneamento pelos municípios – o que não é verificado em Torres Vedras e Arruda, que também têm faturas elevadas. Parte do problema resulta de contratos de fornecimento de água em alta e de gestão das ETAR municipais, entre as Câmaras e empresas do grupo Águas de Portugal (Empresa Pública), de que o contrato entre a Câmara de Alenquer e a empresa Águas do Oeste constitui um exemplo paradigmático. Com preços sempre crescentes e caudais garantidos, estes contratos constituem simultaneamente um fator de encarecimento das faturas da água junto dos consumidores, e de valorização económica da Águas de Portugal, na perspectiva da sua privatização insistentemente anunciada."
09-10-2014
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