Alambi quer mais aposta no tratamento de resíduos em Alenquer
A associação lamenta a deposição de resíduos junto às muitas ilhas ecológicas e caixotes de lixo indiferenciado
| 06 Set 2023 18:40
Através de comunicado, a Associação para o Estudo e Defesa do Ambiente do Concelho de Alenquer (Alambi), lamenta o estado em que se encontra a recolha de resíduos na área daquele município, quer no que respeita às baixas taxas de reciclagem, quer no que concerne à necessidade de mais ecoentros, apesar de terem sido inaugurados novos equipamentos daquele tipo já este ano. A associação lamenta a deposição de resíduos junto “às muitas ilhas ecológicas e caixotes de lixo indiferenciado”, o que no seu entender são “indicadores claros de que a gestão deste setor necessita de novas medidas”.
Este ano foram inaugurados dois ecocentros, nas freguesias de Meca e Aldeia Galega/Aldeia Gavinha, que vieram juntar-se aos outros dois já existentes, na Barnabé e na Lixeira do Archino. No entender da associação quatro ecocentros são insuficientes. Sem locais onde depositar monos, a própria população acabou por estabelecer, de modo informal, locais onde deixar esses resíduos. Nas zonas rurais isso acontece junto a caixotes do lixo com localizações na periferia das aldeias, ou no campo, para servir moradias isoladas. Um dos locais onde isso sucede com mais frequência é em Aldeia Gavinha, apesar de possuir um desses ecocentros. Face à necessidade de mais estruturas deste género, a associação entende que “as juntas de freguesias têm terrenos e a Câmara Municipal também”. “Basta pensar nas áreas adjacentes às ETAR ou nos recreios das escolas primárias abandonadas”, deixa a sugestão. A Câmara dispões da oferta de uma viatura de recolha porta-a-porta, através de contacto telefónico, o que será uma “boa aposta complementar, mas, com baixa eficácia como sistema principal”, continua a aludir a associação. As situações mais graves, de acordo com a Alambi, estão na freguesia do Carregado, onde, sobretudo as ilhas ecológicas mais periféricas, como a que se situa junto à Escola Básica Integrada, ou junto à zona comercial do Intermarché, “servem para depositar monos, mas também onde encontramos monos junto a ilhas ecológicas situadas em pracetas da Barrada ou na Urbanização do Sarra”. Outro problema, sustenta a Alambi, é a deposição de resíduos recicláveis junto aos ecopontos, mas fora destes. “segundo nos foi possível interpretar, acontece ora por os ecopontos estarem cheios – o que requer uma revisão do tempo entre circuitos de recolha – ora por se tratar de resíduos com dimensões que excedem a abertura dos ecopontos.” A rede de ecopontos instalados, sobretudo em meio urbano, “parece-nos suficiente, mas, em alguns locais, a instalação de ecopontos de grandes dimensões e com aberturas mais largas, permitiria resolver o problema dos resíduos depositados em seu redor”. Por outro lado, o modus operandi da Valorsul também deixa a desejar pois “verifica-se ainda que, quando é recolhido o lixo comum, o camião passa, recolhe os resíduos depositados no contentor verde, mas, os resíduos que estão depositados fora deste contentor, não são recolhidos, e, quando passa o camião da Valorsul para recolher os resíduos recicláveis, procede do mesmo modo, isto é, despeja os ecopontos, mas, os resíduos recicláveis que estão em seu redor, ficam no local”. A taxa de reciclagem em Portugal é muito baixa segundo a Alambi, pois apenas 29 por cento em 2019 e a decrescer desde 2016, enquanto a média Europeia foi de 49 por cento naquele ano. “Não havendo reciclagem, os resíduos são depositados nos aterros sanitários e estes, vão ficando cheios antes do horizonte de vida para o qual foram projetados”, considera a associação. A taxa de deposição em aterro, devia ter sido de 35 por cento em 2020 e continuar a descer até atingir um máximo de 10 por cento em 2035, mas, foi de 53 por cento, naquele ano, enquanto a taxa média de deposição em aterro na União Europeia foi de 24 por cento. |
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