Aterro de Ota será visitado de novo pelos deputados no início do próximo mandato
Em 2025, a unidade da Proresi terá de renovar a licença ambiental. Na última vista, a empresa assegurou que vai estudar a queima de biogás no aterro de forma a minimizar a questão dos maus cheiros
|09 Set 2021 10:26
Sílvia Agostinho A Comissão de Ambiente e Ordenamento do Território da Assembleia Municipal de Alenquer promete mais fiscalização no próximo mandato ao aterro de resíduos industriais não perigosos da Proresi em Ota. João Nicolau, deputado do PS, que está à frente desta comissão pretende agendar nova visita após as eleições. Salvaguarda que daquilo que lhe foi possível observar numa vista empreendida, ainda no ano passado, pelas diferentes forças políticas ao local a empresa mostrou as instalações sem reservas. Foram manifestadas preocupações quanto aos odores e de que forma é que se podem minorar, bem como o impacto visual das células quanto à sua altimetria, mas também o crescente tráfego de camiões com destino às instalações, e que atravessam diariamente a estrada da localidade com os vários incómodos associados.
O deputado diz que foi esclarecido quanto à altimetria, dado que lhe foi transmitido que “os resíduos ao longo do tempo vão ficando cada vez mais compactados no solo e a altura das células diminui por conseguinte” e como tal “não se prevê que a altimetria suba acima do que está salvaguardado”. João Nicolau adianta que a empresa ficou incumbida de diminuir o impacto visual das células do aterro com coberto vegetal mas isso é algo que ainda está longe de ser posto em prática, apesar do compromisso assumido com o município. “Pelo que sabemos é uma operação que ainda vai levar o seu tempo pois há que assegurar a estanquicidade da célula”. Como tal, e no próximo mandato “vamos tentar fazer uma nova visita ao aterro para nos assegurarmos do cumprimento do que nos foi transmitido”. Em 2025, o aterro de Ota terá de renovar a licença ambiental, pelo que “acredito que um ano antes devem começar a tratar dos procedimentos”. O deputado refere que a unidade contempla seis células, mas apenas três estão em funcionamento. A empresa assegurou ainda que vai estudar a viabilidade técnica de recolha e queima de biogás no aterro de forma a minimizar a questão dos maus cheiros. No Plano Ação Aterros dado a conhecer pelo ministério do Ambiente, o aterro de Ota recebeu a visita ainda no ano passado da Inspeção Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) e pelo que sabe “não houve contraordenações de maior”. Na sua experiência como deputado na Assembleia da República refere que a nova legislação para a gestão de resíduos que entrou em vigor a um de julho deste ano prevê que “nos próximos dois a três anos não seja permitida a colocação de recicláveis em aterro bem como os biodegradáveis ou outros que não tenham sofrido um pré-tratamento”. |
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