Azambuja: Moradores do Bairro da Ónia preocupados com ataques de cães de grande porteSoubemos de algumas queixas, mas no contacto com os queixosos, a maioria preferiu não dar o seu testemunho com receio de represálias.
Miguel A. Rodrigues
26-11-2018 às 19:26 ![]() As notícias sobre ataques de cães de maior porte a outros mais pequenos e a pessoas têm sido cada vez mais conhecidas. Na freguesia de Azambuja, mais propriamente no Bairro da Ónia, alguns vizinhos têm vindo a expressar a sua preocupação face a um fenómeno que acontece com maior frequência. O Valor Local soube de algumas queixas, mas no contacto com os queixosos, a maioria preferiu não dar o seu testemunho com receio de represálias.
Rui Ramos é a exceção. Morador em Azambuja naquele bairro, afirma-se preocupado com aquilo que considera uma irresponsabilidade por parte dos donos de cães de raças consideradas perigosas. Uma preocupação que aumentou quando viu o seu pequeno cão com cerca de seis quilos ser atacado “por um animal muito maior e com um peso que poderia chegar facilmente aos 50 quilos.” Rui Ramos é um profissional do setor. A sua vida é cuidar da estética dos cães, sejam eles de pequeno ou de grande porte, e talvez por isso já antecipasse que poderia estar iminente um ataque daquele animal ao seu pequeno Schnauzer Miniatura. Rui Ramos diz ao Valor Local que já era hábito ver o outro cão solto na via pública, e apesar dos avisos ao dono, este não se terá mostrado colaborante no sentido de colocar um açaime ao animal. “A desculpa é sempre a mesma, a de que o cão não morde”, refere indignado Rui Ramos que acrescenta que, neste caso, “mordeu mesmo” e com consequências físicas para o seu cão que garante “passeava com a trela”. “Por sorte consegui separar os dois cães”. Ramos lamenta que o “ataque” tenha acontecido a poucos metros do posto da GNR, e lamenta mais ainda que as autoridades ao ver aquele animal com comportamentos complicados na via pública várias vezes ao dia, “nunca tenham chamado o dono à razão”. O ataque que aconteceu a 23 de setembro, foi entretanto participado ao Ministério Público - “Preferi ir diretamente ao tribunal, pois pelos vistos a GNR que está mesmo ali à porta não faz nada”, refere Rui Ramos que se mostra indignado. O seu pequeno cão Schnauzer Miniatura, foi intervencionado com sucesso de imediato por um veterinário. No entanto, com toda esta situação Rui Ramos garante ter despendido até agora, cerca de 800 euros, valor que pretende ver ser ressarcido pelo dono do cão que atacou o seu animal de estimação. Refere Rui Ramos, que não quis identificar o vizinho proprietário do cão atacante e que com esta ação, “espera que outros donos de cães potencialmente perigosos abram os olhos e acordem para a realidade”. “O ataque foi a um cão mas podia ter sido uma criança”.
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