Balanço Possível de 2 Anos de Mandato da Assembleia Municipal de Azambuja
Por António José de Matos, presidente da Assembleia Municipal de Azambuja
O Jornal Valor Local convidou-me para escrever algo sobre os dois anos de mandato enquanto Presidente da Assembleia Municipal, não irei falar muito de nenhuma das variadíssimas matérias que foram à Assembleia Municipal, prefiro falar das pessoas, neste caso dos Membros da Assembleia Municipal, pois tudo é feito de pessoas e para pessoas.
Digo Balanço Possível, porque apesar de tudo o que vai à Assembleia ser público, nem tudo devo abordar publicamente, por razões inerentes ao cargo que ocupo devo ser algo contido, principalmente em questões que ainda estão no campo da justiça e em questões da gestão do Município, pois o meu cargo não é executivo, mas como é óbvio, penso…e digo o que penso nos locais apropriados.
Apesar de a Assembleia Municipal não ser um órgão executivo, há vários membros da Assembleia Municipal que fazem parte de comissões. Essas comissões e esses membros da Assembleia Municipal têm trabalhado em colaboração com a Câmara Municipal na resolução e melhor entendimento de variadíssimos temas, não têm sido comissões apenas para fazer de conta, tem havido um trabalho bastante profícuo.
Os dois últimos anos desta Assembleia Municipal também serviram para mostrar aos partidos que não são donos dos mandatos, que há pessoas que pensam e têm coragem, não se deixando embarcar em disparates ou ideologias por vezes cegas. Votar contra, o bota-abaixo sem olhar aos reais interesses da população que nos elegeu - mesmo que por vezes isso seja defendido por alguns dos dirigentes partidários - não é algo que todos os eleitos façam, independentemente dos partidos pelos quais foram eleitos.
Atualmente parece-me que as pessoas na Assembleia Municipal estão mais serenas, quase todos…,e que perceberam efetivamente que o que existe é uma pessoa um voto e não um partido um conjunto de votos. Tendo sido esta a premissa desde a primeira Assembleia, pois se assim não tivesse sido, não era eu que estava a escrever estas linhas. Mas isso não tem evitado algum radicalismo e desnorte, por vezes até o exacerba, principalmente de algumas lideranças.
Também temos assistido a alguma dessincronização de alguns membros da Assembleia Municipal, que debatem e exigem ao Executivo Municipal coisas que não estão minimamente na sua esfera de ação ou competências. Ainda assim, este Executivo tudo tem feito para ultrapassar todos os obstáculos com que se tem deparado, apesar de todas as dificuldades endógenas e exógenas que tem enfrentado tudo tem feito para ir mais além, um exemplo disso foi a forma ampla, democrática e participativa com que abordou o tema das “Águas”, conjuntamente com a comissão eleita para trabalhar nessa área e com um Membro da Assembleia que faz parte da Comissão de Acompanhamento das “Águas”, só agora constituída e com grande participação da Assembleia Municipal.
Se a ideologia algo cega e o radicalismo do quanto pior melhor, da outra ponta da Assembleia tivessem levado a melhor na votação das “Águas”, agora, provavelmente estariam muito felizes, cavalgavam a onda da contestação popular para daí tentarem tirar dividendos, não se preocupando com o quanto isso custaria ao bolso já tão exíguo dos nossos munícipes. Felizmente alguns tiveram a coragem de votar de acordo com a sua consciência e assim poupar elevados danos financeiros aos Munícipes e ao Município.
No balanço possível destes dois anos da Assembleia Municipal, uma das maiores conclusões que podemos tirar é de que os partidos já não retiram a capacidade de pensar a algumas das pessoas que os representam, os eleitos perceberam que acima de tudo representam o Povo e os interesses de todos os que neles votaram, ainda que isso, por vezes, custe imenso àqueles que se achavam donos dos partidos e dos respetivos eleitos.
Desejo a todos, sem exceção um Feliz Natal e um próspero Ano Novo, repleto de tudo o que desejarem e aos membros da Assembleia Municipal, desejo que, para além de tudo isto, continuem com o discernimento necessário para continuarem a votar no que realmente é importante para as pessoas que nos elegeram e não nos radicalismos e taticismos de alguns dos dirigentes partidários.
(Texto integrante da edição impressa de dezembro de 2015)
Por António José de Matos, presidente da Assembleia Municipal de Azambuja
O Jornal Valor Local convidou-me para escrever algo sobre os dois anos de mandato enquanto Presidente da Assembleia Municipal, não irei falar muito de nenhuma das variadíssimas matérias que foram à Assembleia Municipal, prefiro falar das pessoas, neste caso dos Membros da Assembleia Municipal, pois tudo é feito de pessoas e para pessoas.
Digo Balanço Possível, porque apesar de tudo o que vai à Assembleia ser público, nem tudo devo abordar publicamente, por razões inerentes ao cargo que ocupo devo ser algo contido, principalmente em questões que ainda estão no campo da justiça e em questões da gestão do Município, pois o meu cargo não é executivo, mas como é óbvio, penso…e digo o que penso nos locais apropriados.
Apesar de a Assembleia Municipal não ser um órgão executivo, há vários membros da Assembleia Municipal que fazem parte de comissões. Essas comissões e esses membros da Assembleia Municipal têm trabalhado em colaboração com a Câmara Municipal na resolução e melhor entendimento de variadíssimos temas, não têm sido comissões apenas para fazer de conta, tem havido um trabalho bastante profícuo.
Os dois últimos anos desta Assembleia Municipal também serviram para mostrar aos partidos que não são donos dos mandatos, que há pessoas que pensam e têm coragem, não se deixando embarcar em disparates ou ideologias por vezes cegas. Votar contra, o bota-abaixo sem olhar aos reais interesses da população que nos elegeu - mesmo que por vezes isso seja defendido por alguns dos dirigentes partidários - não é algo que todos os eleitos façam, independentemente dos partidos pelos quais foram eleitos.
Atualmente parece-me que as pessoas na Assembleia Municipal estão mais serenas, quase todos…,e que perceberam efetivamente que o que existe é uma pessoa um voto e não um partido um conjunto de votos. Tendo sido esta a premissa desde a primeira Assembleia, pois se assim não tivesse sido, não era eu que estava a escrever estas linhas. Mas isso não tem evitado algum radicalismo e desnorte, por vezes até o exacerba, principalmente de algumas lideranças.
Também temos assistido a alguma dessincronização de alguns membros da Assembleia Municipal, que debatem e exigem ao Executivo Municipal coisas que não estão minimamente na sua esfera de ação ou competências. Ainda assim, este Executivo tudo tem feito para ultrapassar todos os obstáculos com que se tem deparado, apesar de todas as dificuldades endógenas e exógenas que tem enfrentado tudo tem feito para ir mais além, um exemplo disso foi a forma ampla, democrática e participativa com que abordou o tema das “Águas”, conjuntamente com a comissão eleita para trabalhar nessa área e com um Membro da Assembleia que faz parte da Comissão de Acompanhamento das “Águas”, só agora constituída e com grande participação da Assembleia Municipal.
Se a ideologia algo cega e o radicalismo do quanto pior melhor, da outra ponta da Assembleia tivessem levado a melhor na votação das “Águas”, agora, provavelmente estariam muito felizes, cavalgavam a onda da contestação popular para daí tentarem tirar dividendos, não se preocupando com o quanto isso custaria ao bolso já tão exíguo dos nossos munícipes. Felizmente alguns tiveram a coragem de votar de acordo com a sua consciência e assim poupar elevados danos financeiros aos Munícipes e ao Município.
No balanço possível destes dois anos da Assembleia Municipal, uma das maiores conclusões que podemos tirar é de que os partidos já não retiram a capacidade de pensar a algumas das pessoas que os representam, os eleitos perceberam que acima de tudo representam o Povo e os interesses de todos os que neles votaram, ainda que isso, por vezes, custe imenso àqueles que se achavam donos dos partidos e dos respetivos eleitos.
Desejo a todos, sem exceção um Feliz Natal e um próspero Ano Novo, repleto de tudo o que desejarem e aos membros da Assembleia Municipal, desejo que, para além de tudo isto, continuem com o discernimento necessário para continuarem a votar no que realmente é importante para as pessoas que nos elegeram e não nos radicalismos e taticismos de alguns dos dirigentes partidários.
(Texto integrante da edição impressa de dezembro de 2015)
Comentários
Ainda não há novidades ...