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BB&G instala-se no Valleypark e pretende criar 40 postos de trabalhoInvestimento de seis milhões de euros no concelho do Cartaxo
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A empresa BB&G é a mais recente inquilina no Valleypark no Cartaxo. Foi assinado no dia 17 de janeiro o contrato tendo em vista a sua instalação num investimento de seis milhões de euros com a promessa de criação de 40 postos de trabalho diretos. Durante este ano terão início as obras, e em 2021 deverá iniciar a produção.
Pedro Ribeiro, presidente da Câmara do Cartaxo, saudou a vinda deste investimento para o concelho que conseguiu posicionar-se no panorama nacional para receber a empresa que se dedica à conversão de pneus usados sob a forma de borracha triturada, livres de metal e têxtil, através da transferência de calor. Trata-se de um projeto inovador, motivado por causas ambientais, enquadrando-se no âmbito da denominada “economia circular”. Esta unidade industrial pretende constituir-se como uma alternativa viável para a reutilização dos referidos componentes utilizados na fabricação de pneus, possibilitando a sua incorporação enquanto matérias-primas, em diversas indústrias, ou até na fabricação de pneus novos, promovendo a sustentabilidade ambiental. O projeto assenta numa tecnologia própria, patenteada, que tem vindo a ser desenvolvida e testada intensivamente, desde 2012, por parte da equipa de gestão e respetivos parceiros. Esta é uma tecnologia limpa, que não recorre a produtos químicos ao longo do processo nem gera desperdício, permitindo a reutilização de todos os produtos obtidos. Estes produtos, tal como, um dos responsáveis da empresa, Germano Araújo Carreira explicou na apresentação, terão depois destinos distintos: “permitirão fabricar um novo pneu, utilizando uma quantidade menor do que se fosse utilizado um componente virgem e com um menor impacto no ambiente”. “Na nossa tecnologia”, clarificou Germano Araújo Carreira, “para produzir uma tonelada de negro de fumo recuperado, a emissão de CO2 corresponde a 150 quilos, o que contrasta com as três toneladas necessárias para obtê-lo na sua versão virgem, para além das cinco toneladas de água suja que não pode ser reutilizada” .Este negro de fumo recuperado será depois vendido em Portugal, ao grupo Amorim, mas a maior parte será exportada para Espanha. “Os hidrocarbonetos, um gasóleo e uma gasolina, serão vendidos a uma refinaria – estamos já em conversações com a GALP – que, depois de serem refinados, poderão ser vendidos aos postos de abastecimento”, acrescentou. O último produto, o gás síntese, “será convertido em eletricidade, através de um gerador, e servirá para autoconsumo da unidade, cerca de 70por cento do produzido, sendo o excedente entregue à rede, através da EDP”. O empresário da BB&G explicou que o projeto conta com a parceria da Universidade de Aveiro, e que será cofinanciado pelo Programa Portugal 2020. Para o futuro, o objetivo passa por “conseguir fazer um pneu novo exclusivamente a partir de um pneu usado”. PUB
Para a empresa, “o entusiasmo e a disponibilidade com os quais a Câmara Municipal do Cartaxo acolheu o projeto, desde o primeiro momento, o modo como se afirmou enquanto parceiro institucional e facilitador, capaz de reunir esforços, contribuíram para assegurar a implementação deste projeto e deste investimento, no concelho do Cartaxo”.
José Eduardo Carvalho, do Valleypark, destacou o âmbito inovador de todo o processo: “Há um projeto piloto desta linha de fabricação, em Fátima, no valor de 600 mil euros, e todos os que têm oportunidade de assistir ficam impressionados com este projeto que, no âmbito do Portugal 2020, foi aprovado com a maior ponderação de mérito que um projeto no nosso país pode ter”. Também o facto da sede social da empresa passar para o Cartaxo logo que unidade esteja construída e a preferência que será dada, em termos de recrutamento, aos munícipes, são, para Pedro Ribeiro, motivos de celebração, “por contribuírem, diretamente, para o tecido empresarial do nosso concelho, em diferentes dinâmicas, quer na construção do pavilhão, quer na capacidade para trabalhar com outras empresas locais e pela capacidade de atrair mão-de-obra qualificada”. |
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