Burocracia continua no caso de Cisbela Ferrão
Aguarda há anos que a mãe doente de Alzheimer tenha direito a pensão
|03 Jun 2022 17:16
Sílvia Agostinho Continua num imbróglio o caso da cuidadora informal de Azambuja, Cisbela Ferrão, que aguarda por parte do Tribunal de Alenquer um desfecho quanto ao caso da sua mãe, doente de Alzheimer em último grau, para que comece a receber uma pensão na ordem dos 500 euros, e do qual demos conta na última edição do Valor Local. A funcionária judicial já esteve na casa de Cisbela Ferrão para avaliar as condições da mãe, Liberdade Rosa.
“Telefonou-me a dizer que vinha, aliás já estava num táxi aqui à porta. Perguntou o nome à minha mãe, que nesse dia conseguiu dizer como se chamava, porque é mesmo assim que funciona a doença”. Segundo Cisbela, a funcionária viu as condições em que se encontra a sua mãe e o facto de precisar de ajuda para basicamente todo o tipo de atividades diárias. Segue-se agora um novo calvário com a necessidade de levar a mãe a uma junta médica no Hospital de Vila Franca de Xira. “São só burocracias à espera que a minha mãe morra”, desabafa. Depois de cumprir este requisito, “a juíza pode chamar-me para falar comigo e com a minha mãe”. A funcionária disse para contar com mais um mês e meio de espera. Cisbela relata que confrontou a funcionária com o facto de o processo já estar no tribunal há dois anos, mas que ao que tudo andou para trás. “A partir do momento em que o meu pai morreu não houve desenvolvimentos. Saiu o nome dele para entrar o da minha filha como cotutora”. O tribunal contactou apenas agora com a família, um ano depois do último contacto que já tinha sido em 2021. “Dizem-me que não há pessoal, mas não tenho a culpa”. Como agora “o reconhecimento do estatuto de cuidador informal foi para a frente, o tribunal deve estar cheio de pedidos, mas temos de fazer barulho, porque a minha mãe está muito velhinha e não recebemos nada”. |
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