Cabeça humana descoberta na Texuga será de cidadão ucraniano de Aveiras de Cima
Mykhailo Krainykovskyi estava desaparecido desde o início de março. PJ acredita que o cidadão terá cometido suicídio e que o corpo terá sido separado da cabeça por animais. Caso de Azambuja não está relacionado com o do Cadaval. António Loureiro, antigo agente da PJ, colaborador da Rádio Valor Local dá conta do que se pode seguir na investigação destes dois achados macabros na região
| 04 Maio 2023 16:43
Sílvia Agostinho A cabeça humana encontrada esta manhã na Texuga, Aveiras de Cima, não está relacionada com a descoberta de um corpo no Cadaval, no início da semana. Sabe-se agora, segundo avança em comunicado a Polícia Judiciária, que já foi possível concluir "com satisfatória margem de probabilidade, que esse crânio nenhuma ligação tem ao caso anterior, tendo sido, entretanto, localizado o restante corpo, cuja morte não terá subjacente qualquer intervenção de terceiros, indiciando-se compatibilidade com um quadro de suicídio".
Trata-se ao que tudo indica do cidadão ucraniano residente em Aveiras de Cima desaparecido desde o início de março, Mykhailo Krainykovskyi, 36 anos, que foi visto pela última vez, exatamente na zona da Texuga. Ao que o Valor Local apurou junto de fonte no terreno, foi um cão que detetou a cabeça e que a transportou, largando-a numa rua na zona da Texuga, tendo-se desencadeado a partir daí o alerta por parte de populares. O corpo do homem já seguiu para autópsia no Hospital de Vila Franca de Xira. A descoberta deixou os agentes da autoridade perplexos já que estavam a seguir a linha de investigação de que o crime no concelho vizinho do Cadaval estaria relacionado com o de Azambuja. No local continua uma grande mobilização de meios com a presença da Polícia Judiciária, GNR, Proteção Civil, bombeiros. Mykhailo Krainykovsky poderá ter cometido suicídio, e sofrido a ação dos animais ao ponto de a cabeça ter aparecido separada do corpo, enquanto os restos mortais do Cadaval denotam um estado de decomposição menos avançado. O corpo do Cadaval foi descoberto por um caçador de javalis. A Polícia Judiciária aponta para a tese de homicídio no caso do Cadaval. A cabeça desta vítima ainda não foi descoberta. António Loureiro, antigo agente da Polícia Judiciária, que quinzenalmente tem na Rádio Valor Local, o programa "O Crime e o Castigo", ouvido pela nossa reportagem, refere que a tese de suicídio no caso do cidadão de Azambuja poderá ser consistente com a o facto de o corpo apresentar lacerações, a olho nu, que se coadunam com a possível mordedura de animais, "o que não será estranho devido à proliferação de javalis na nossa região". Já no caso do Cadaval, o antigo agente da PJ, acredita que o crime deve ter sido cometido por mais do que uma pessoa, e a ser de natureza passional "dificilmente uma mulher conseguiria transportar e esquartejar um corpo sozinha". Na sua opinião, a PJ não deverá demorar muito tempo a apresentar conclusões sobre este caso, dado que já devem ter sido recolhidos impressões digitais e vestígios de ADN. Estando em causa um crime macabro, o antigo agente aponta sobretudo para a possibilidade de um caso relacionado com redes criminosas. Será possível à PJ descodificar que tipo de instrumento pode ter sido usado no desmembramento do corpo e avaliar da perícia do criminoso nesse mesmo ato. Primeiramente foi descoberto o torso e depois os membros superiores e inferiores. No local foram encontradas luvas e um outro saco com um cheiro nauseabundo. A descoberta deu-se na terça à noite na freguesia de Pero Moniz. Comentários O ucraniano e furcou sozinho e de certeza que foi mordido por algum cão Cristiano Martins 6/05, 11:41 |
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