A Escola Básica nº 1 de Aveiras de Cima, bem como outros estabelecimentos escolares da freguesia, foram alvo de uma visita, no dia nove de março, por parte do executivo socialista e do vereador da CDU, David Mendes, que havia solicitado esta deslocação, tendo em conta a falta de pré-escolar público. Acompanhou também a deslocação o presidente da junta, António Torrão. A Coligação pelo Futuro da Nossa Terra não se fez representar. Recorde-se que muita celeuma tem causado esta questão, dado que a oferta para as crianças naquela localidade está circunscrita ao Centro Social e Paroquial, acusado pela CDU de não fazer valer os benefícios dados pelo ministério da Educação quanto ao pagamento das mensalidades, e com isso promover o êxodo das crianças da freguesia para outras localidades vizinhas.
Nesta visita, a Câmara tentou apurar da possibilidade de conseguir adaptar duas salas da EB1 tendo em vista o próximo ano letivo. “Falámos com a diretora do Agrupamento de Vale de Aveiras sobre a possibilidade de se fazerem algumas obras, nomeadamente, no telhado. Já vi a primeira versão da Carta Educativa, sendo que foi levantada essa possibilidade, desenhada para acolher 50 pessoas”, refere a Valor Local, Luís de Sousa, presidente da Câmara. Quando se lhe pergunta se a possibilidade em causa poderia arrancar já no próximo ano letivo, recusa falar em datas – “Ainda temos de realizar o projeto, vamos começar a trabalhar nisso”. O vereador David Mendes diz que o projeto urge, e que as duas salas deveriam estar prontas a tempo e horas de 2015/2016, “mas como esta Câmara é um pouco inerte, e imaginação é coisa que lhes falta, vamos ver o que se seguirá. Para já deveriam dar a conhecer o que temos em termos de carta escolar, sabermos do seu conteúdo”, reflete. O vereador defende ainda que deveria ser salvaguardado um plano de intervenção de recuperação do parque escolar e correção das suas deficiências com uma candidatura aos fundos comunitários, agora que o sonho de um centro escolar em Aveiras de Cima já parece ser uma quimera.
Já o presidente da junta de freguesia de Aveiras de Cima, António Torrão, não percebe como as instituições de solidariedade social de outras freguesias vizinhas no concelho do Cartaxo praticam preços mais baixos do que a de Aveiras, e deixa escapar que na base de tudo estará a dificuldade de a instituição em adaptar-se ao preconizado pelo ministério da Educação, e com isso ter de alterar os pressupostos da sua próprio sistema de ensino mais vocacionado para a igreja. E por isso sentencia: “Temos de criar uma sala ou duas no pré-escolar depois de terem matado o centro escolar”, defendendo acerrimamente, a abertura de duas salas na EB1, “pois a diretora da escola até considera como viável essa circunstância”.
Sílvia Agostinho
19-03-2015
Comentários
Ainda não há novidades ...