Cerca de dez casos de sarna em Azambuja nos últimos três meses
O Valor Local chegou a pedir esclarecimentos no sentido de informar a comunidade, junto da delegada de saúde Túlia Quinto, mas a responsável ignorou o nosso contacto
Sílvia Agostinho
02-03-2016 às 17:33 Contrariamente ao que chegou a ser adiantado pelos órgãos autárquicos numa reunião de Câmara no início de fevereiro; e ao Valor Local pelo próprio presidente da Câmara, Luís de Sousa, uns dias antes da publicação da notícia - de que haveria um falso alerta de sarna no concelho - afinal tiveram lugar vários casos de sarna em Azambuja. Uma doença altamente contagiosa, em que a passagem de informação sobre como lidar com estes casos é importante. À semelhança do que tem vindo a acontecer em outros concelhos, em Azambuja, o facto inerente à situação de haver casos de escabiose tem permanecido pouco divulgado. O Valor Local chegou a pedir esclarecimentos no sentido de informar a comunidade, junto da delegada de saúde, Túlia Quinto, mas a responsável ignorou o nosso contacto.
O presidente da Cerci de Azambuja, Carlos Neto, confirma que "há mais de um mês" que tiveram lugar na instituição seis episódios, face aos quais "se interveio com as medidas aconselhadas pela delegada de saúde". Também no Agrupamento de Escolas de Azambuja, aconteceram alguns casos. A diretora do agrupamento, Madalena Tavares, fala em quatro, sendo que dois deles remontam a dezembro. Também nos estabelecimentos escolares, foram tomadas as medidas tidas como necessárias por aconselhamento da delegada de saúde, "inclusive com distribuição de folhetos". De acordo com os dois responsáveis da Cerci e das escolas, neste momento não há novos casos. Madalena Tavares conta que nos casos de que teve conhecimento, os alunos rapidamente voltaram à escola, mas segundo a mãe de uma aluna da Escola Secundária, ao Valor Local, a sua filha esteve em casa mais do que uma semana, com necessidade de vigilância e de todos os cuidados inerentes à doença. A encarregado de educação refere ainda que numa das farmácias da vila já era voz corrente o conhecimento existente do proliferar de alguns destes casos. Segundo a mesma, foi-lhe dito no hospital de Santarém, unidade de saúde à qual recorreu, que o rato está muitas vezes na origem da transmissão da doença, que tem um período de incubação de seis semanas. O namorado da filha (que não frequenta a escola de Azambuja) e uma amiga da mesma, aluna da escola do Carregado, localidade da região, onde este momento se verifica um dos maiores surtos do país, também contraíram a doença. O aparecimento de casos de sarna nas notícias um pouco por todo o país tem causado sobressalto, mas a Direcção-geral da Saúde, esclareceu no final de janeiro que os casos de sarna nas escolas não justificam o encerramento dos estabelecimentos de ensino, nem quarentena obrigatória de crianças infectadas, por não constituir risco de saúde pública nacional e ser facilmente tratável. Os surtos epidémicos ocorrem sobretudo no inverno e estão associados a condições de vida, hábitos higiénicos, migrações ou aglomerados habitacionais.
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