Chega
Barreira Soares promete que não vai cortar a eito nos apoios sociais Da ajuda aos mais desfavorecidos, à segurança, passando pelo tema da comunidade cigana e do Vila Franca Centro, Barreira Soares assumiu que tem as suas próprias ideias e que podem divergir das de André Ventura
|27 Ago 2021 18:30
Sílvia Agostinho/Sílvia Carvalho d'Almeida/Miguel António Rodrigues Barreira Soares, tem 44 anos, é gestor, e natural de Vila Franca de Xira.
É a primeira vez que o Partido Chega se candidata no concelho de Vila Franca de Xira, mas Soares tem expectativas "altas'', de “ganhar a Câmara”. Relativamente ao que o move nesta candidatura, explica que é o facto de os partidos tradicionais não terem conseguido apresentar soluções concretas para os problemas das pessoas. “Vou mostrar que é possível, um cidadão que nunca fez política, fazer melhor, com a ajuda de todos”, enfatiza. Diz que espera ainda “ser a voz de todas as pessoas” e que se for eleito presidente ou vereador, andará nas ruas para as ouvir. O partido candidata-se também às juntas de freguesia da Póvoa, Vialonga, Vila Franca de Xira e Assembleia Municipal. Sobre a dificuldade em fazer listas para a Câmara Municipal e ainda sobre alguma resistência ao Chega por parte das pessoas, diz que tem sido complicado, porque há quem tenha medo de dar a cara por medo de represálias por parte dos “partidos instalados”. Explica ainda que numa democracia, nomeadamente, no nosso país, há medo de ouvir pessoas com ideias diferentes, mas que no fundo apenas “buscam resolver os problemas que outras se mostraram incompetentes para os resolver”. Uma das premissas do partido que representa relaciona-se com uma maior fiscalização no controle dos apoios dados às populações, como forma de se evitarem abusos. Sobre este assunto, esclarece que concorda inteiramente, “pois todos nós temos o direito a trabalhar, e não nos podem fazer acreditar que não conseguimos, e com isso entrar-se no facilitismo. Todos nós tivemos problemas na vida, mas temos que puxar uns pelos outros. Somos todos diferentes, mas somos todos um.” Revela-se contrário ao individualismo crescente na nossa sociedade, bem como ao egoísmo, em que “cada um olha pelo seu próprio umbigo.” Também esclarece que o papel assistencialista do Estado se praticava anteriormente ao 25 Abril, num regime não democrático de caráter fascista, mas também em estados comunistas. No seu entender, “o estado deve ser minimalista, não deve carregar a população às costas”. O cidadão, com direitos e deveres, deve, portanto, ter a “preocupação de olhar pelo próximo”, papel que é atribuído ao Estado, neste momento, através das políticas sociais que implementa. ASSISTA AO VÍDEO DA ENTREVISTA NA RÁDIO VALOR LOCAL
No âmbito da autarquia, no entanto, ainda não tem ideia onde é que poderá começar a cortar nos apoios indevidos, pois tal como indica, não tem ainda conhecimento de casos em concreto. “Se eu tenho muito respeito pelo meu dinheiro, devo ter ainda mais pelo que é de todos. Vivemos num país pobre. Não podemos esbanjar.” No entanto refere que não se está aqui a tratar de números, mas de pessoas, e que cada caso tem que ser analisado individualmente, “sem cortar a eito”.
Relativamente às pessoas de etnia cigana, identificadas pelo Chega como quem mais recebe estes apoios de forma indevida, nomeadamente o RSI, explica que o partido em que se insere é democrático, e que cada indivíduo tem liberdade de “fazer as coisas à sua maneira”, pelo que não dizendo que discorda do Chega, esclarece que tem liberdade dentro e que não fala em específico desta etnia, contemporizando assim a questão. “O André Ventura tem a sua abordagem e eu tenho a minha”, embora acrescente que o admira imenso, considerando-o um “líder carismático''. No que respeita ao Vila Franca Centro, e sobre o que pode ser feito, e como avalia a atuação do PS, responde que não tem visto ação por parte dos socialistas. Diz que gostaria de fazer algo relativamente a este assunto, que é um “grande imbróglio" na cidade, no entanto reconhece que no seu programa não consta nenhuma medida em específico, mas que vai “lutar com todas as forças para dar vida” ao centro. Diz ainda que a Câmara “não pode estar nas mãos de quem não tem sabido gerir dinheiros públicos” e dá o exemplo da Marinha e da Cimianto. Deixe a sua Opinião sobre este Artigo
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