A Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (Confragri) vai associar-se a uma campanha de rastreio e sensibilização para a problemática do cancro da pele nos trabalhadores agrícolas. O protocolo foi assinado no dia 7 de junho, em Santarém, durante mais uma Feira Nacional da Agricultura. Francisco João Silva, presidente do conselho de administração do Crédito Agrícola, e secretário-geral da Confagri referiu que “nem sempre as pessoas que trabalham ao sol são lembradas quando se fala do cancro da pele, doença quase sempre associada aos veraneantes”.
No terreno, a Confragri vai apoiar a tarefa de sensibilização, sinalização, ordenação estatística e posterior divulgação dos resultados apurados, em parceria com a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo, Sociedade Portuguesa de Medicina no Trabalho, e a Lelo Pharma.
“Este é um projeto inovador que nunca foi desenvolvido, e para tal a Confagri vai fazer uso da sua estrutura organizacional para levar a cabo várias iniciativas no país, sensibilizando os nossos associados com o empenho de todos para tornar esta uma iniciativa única e relevante”, referiu Francisco João Silva.
António Picoto, da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo, deu conta da importância do rastreio cada vez mais cedo, pois todos os anos aparecem 12 mil novos casos, cerca de mil são melanomas. “Tenho um orgulho enorme nesta iniciativa, temos em perspetiva um trabalho pioneiro e agradeço à Confagri a disponibilidade”. Por seu lado, José Cardoso Dias, da Sociedade Portuguesa de Medicina no Trabalho, referiu a título de exemplo que “há uma maior prevalência da taxa de cancro da pele nos mexicanos que trabalham nos Estados Unidos quando se compara com os que trabalham no seu país natal. Por praticarem a denominada siesta acabam por não se expor ao sol nas horas mais intensas”. Sendo por isso imperioso “que se reduza as horas de trabalho no pico da exposição solar” também em Portugal e para isso é necessário que trabalhadores e empregadores tomem medidas. Ainda assim, o nosso país. é dos poucos países europeus com uma lista de doenças profissionais mais completa – “Na Alemanha, por exemplo têm muita dificuldade em reconhecer a exposição aos ultravioletas nesta lista”.
Nuno Braga, da Lelo Pharma , outra das parceiras, reforçou que a missão da empresa no terreno será a de “elucidar as pessoas sobre a saúde da pele, e ir ao encontro dos doentes”, apoiando a nível financeiro e logístico a ação em causa.
Manuel Gomes, presidente da Confagri, mostrou-se “bastante orgulhoso” com a iniciativa e referiu que só na fileira do leite, a que conhece melhor, “cerca de 100 mil pessoas encontram-se expostas ao sol todos os dias”. “Esta era uma lacuna que nos faltava cobrir, a da dermatologia, apostando em primeiro lugar na prevenção”.
Será considerada uma amostra significativa entre os associados da Confagri que se submeterão ao rastreio de forma aleatória. Depois de reunida a informação sobre o seu estado de saúde a nível da pele, a mesma será divulgada através de publicação científica e nas reuniões da Confagri. A iniciativa vai para o terreno nos próximos tempos.
Sílvia Agostinho
26-06-2015
No terreno, a Confragri vai apoiar a tarefa de sensibilização, sinalização, ordenação estatística e posterior divulgação dos resultados apurados, em parceria com a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo, Sociedade Portuguesa de Medicina no Trabalho, e a Lelo Pharma.
“Este é um projeto inovador que nunca foi desenvolvido, e para tal a Confagri vai fazer uso da sua estrutura organizacional para levar a cabo várias iniciativas no país, sensibilizando os nossos associados com o empenho de todos para tornar esta uma iniciativa única e relevante”, referiu Francisco João Silva.
António Picoto, da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo, deu conta da importância do rastreio cada vez mais cedo, pois todos os anos aparecem 12 mil novos casos, cerca de mil são melanomas. “Tenho um orgulho enorme nesta iniciativa, temos em perspetiva um trabalho pioneiro e agradeço à Confagri a disponibilidade”. Por seu lado, José Cardoso Dias, da Sociedade Portuguesa de Medicina no Trabalho, referiu a título de exemplo que “há uma maior prevalência da taxa de cancro da pele nos mexicanos que trabalham nos Estados Unidos quando se compara com os que trabalham no seu país natal. Por praticarem a denominada siesta acabam por não se expor ao sol nas horas mais intensas”. Sendo por isso imperioso “que se reduza as horas de trabalho no pico da exposição solar” também em Portugal e para isso é necessário que trabalhadores e empregadores tomem medidas. Ainda assim, o nosso país. é dos poucos países europeus com uma lista de doenças profissionais mais completa – “Na Alemanha, por exemplo têm muita dificuldade em reconhecer a exposição aos ultravioletas nesta lista”.
Nuno Braga, da Lelo Pharma , outra das parceiras, reforçou que a missão da empresa no terreno será a de “elucidar as pessoas sobre a saúde da pele, e ir ao encontro dos doentes”, apoiando a nível financeiro e logístico a ação em causa.
Manuel Gomes, presidente da Confagri, mostrou-se “bastante orgulhoso” com a iniciativa e referiu que só na fileira do leite, a que conhece melhor, “cerca de 100 mil pessoas encontram-se expostas ao sol todos os dias”. “Esta era uma lacuna que nos faltava cobrir, a da dermatologia, apostando em primeiro lugar na prevenção”.
Será considerada uma amostra significativa entre os associados da Confagri que se submeterão ao rastreio de forma aleatória. Depois de reunida a informação sobre o seu estado de saúde a nível da pele, a mesma será divulgada através de publicação científica e nas reuniões da Confagri. A iniciativa vai para o terreno nos próximos tempos.
Sílvia Agostinho
26-06-2015
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