Há 11 anos no mercado, a Construaza tem-se vindo a afirmar como empresa de referência nas áreas da construção, requalificação e remodelação. Com sede em Azambuja, a firma, propriedade do Engº Orlando Monteiro e Fernanda Monteiro, aposta igualmente na elaboração de projetos de arquitectura e engenharia.
Valor Local: A Construaza tem sido uma empresa muito presente em Azambuja e na região. Como é que nasceu?
Fernanda Monteiro: A Construaza nasce com a pretensão do Eng. Orlando Monteiro que após ter estado onze anos numa empresa de construção civil, decidiu trabalhar por conta própria, criando a empresa.
VL: Foi fundamental a formação de engenheiro para dar este passo?
FM: Sim. A sua licenciatura em Engenharia Civil do ISEL e o mestrado da Universidade de Coimbra pesaram nessa decisão.
VL: Então já foi há algum tempo?
FM: A Construaza constituiu-se em Janeiro de 1991, tendo alvará, desde essa altura.
VL: Na empresa trabalha, para além da Fernanda e do seu marido, o vosso filho. Podemos dizer que é uma empresa familiar?
FM: É uma empresa familiar, sendo uma sociedade por quotas, integralmente do casal, Orlando e Fernanda Monteiro, tendo entrado este ano o filho mais velho, Guilherme Monteiro, após ter terminado a licenciatura e o mestrado em Engenharia Civil no IST. Começou, assim, a dar os primeiros passos com o pai. A empresa tem um efetivo de 18 funcionários.
VL: A vossa empresa acaba por ser bastante versátil no que toca ao género de obras que realiza. Reconstruções, construções, ou remodelações fazem parte desse leque. Era esse o caminho, que idealizaram, ou é uma nova tendência?
FM: Quando diz reconstrução está-se a referir a reabilitação. Tem sido um dos objectivos ao longo destes anos. Fizemos várias reabilitações em edifícios habitacionais em Lisboa (Avenida Conde Valbom, Praça de Alvalade e Praça Luís de Camões). Recentemente em Azambuja, reabilitámos um edifício no Largo da Igreja Matriz. Atualmente, encontramo-nos a reabilitar a “Casa Azul” na Rua Eng.º Moniz da Maia, em frente ao Edifício Atrium Azambuja. Para além da reabilitação, na parte da construção, construímos um total de 150 fogos para venda em Azambuja e em Aveiras de Cima. Outra vertente da nossa actividade são as empreitadas particulares, nomeadamente, as maiores para a TOUL, CAMPIL e ainda a JODEL Produtos Químicos. As mais pequenas envolvem várias moradias unifamiliares em Azambuja e na Ramada – Odivelas.
VL: Para estas obras, tem havido a necessidade de contratar outras empresas para trabalhos mais específicos?
FM: Estamos ligados a diversas empresas específicas relacionadas com a aplicação de estuque, eletricidade, pintura, AVAC (ar condicionado), rede de águas e esgotos, caixilharias (alumínio e ou PVC), metalomecânica.
VL: As vossas obras têm um selo de qualidade, que enaltecem a vossa marca. Há por isso critérios apertados, na hora da escolha desses parceiros?
FM: Sim. Essa é uma preocupação da Construaza. Os parceiros são selecionados mediante as garantias que nos possam dar, tanto na qualidade, como na resolução de problemas futuros.
VL: Tem no currículo obras importantes a nível social, como as da Santa Casa da Misericórdia, a da Cerci ou a da Associação Nossa Senhora do Paraíso. Este poderá tornar-se num setor onde a empresa possa apostar mais, tendo em conta o vosso know-how?
FM: Claro que sim. Nos últimos anos temos adquirido bastante experiência ao nível do funcionamento das I.P.S.S.’ s. São obras ganhas em concurso público, que dão muito trabalho na elaboração das propostas, mais especificamente, a colocação das mesmas nas plataformas electrónicas. Posso citar entre outras o Centro Infantil da Santa Casa da Misericórdia de Azambuja. Para além disso, construímos também o edifício do Centro de Atendimento Ocupacional e Lar Residencial da Cerci Flor da Vida em Azambuja, e procedemos à ampliação do edifício destinado a Centro de Dia da Nossa Senhora Paraíso e Serviço de Apoio Domiciliário de Vale do Paraíso. Reabilitamos ainda o centro de recolha da Santa Casa da Misericórdia, a Casa Dr. Jaime.
VL: Nos últimos anos, o setor da construção caíu muito. Todavia, a Construaza parece não se ter ressentido dessa crise. Como fez para passar um pouco ao lado da situação?
FM: A Construaza também se ressentiu desta crise. Alguns clientes, nomeadamente da parte fabril, deixaram de fazer as obras de que necessitavam por receio e por dificuldades financeiras e algumas acabaram por encerrar. Temos tido dificuldade nas vendas dos apartamentos do Edifício Moderno, junto à Estação de Comboios, em Azambuja, não por falta de clientes, mas por falta de financiamento aos clientes por parte da Banca. Tentamos passar ao lado, trabalhando, com mais exigência ultrapassando a burocracia, que é cada vez maior, concorrendo a concursos públicos que noutra conjuntura não teríamos necessidade de o fazer.
VL: Uma das obras mais emblemáticas foi o Centro Comercial Atrium Azambuja. Que balanço faz deste empreendimento?
FM: Como empresária e sócia da Construaza, o balanço é negativo do ponto de vista financeiro. Também para a família o balanço é negativo, os problemas existem durante as 24 horas ininterruptamente. Manter um edifício deste a funcionar é complicado. A logística é difícil, e muitas pessoas, não compreendem isso.
VL: O Centro já foi alvo de atos de vandalismo?
FM: Sim é verdade. O que é triste, pois nós quisemos, como sabe, dotar Azambuja deste espaço, que fazia muita falta a todos. Como resultante desses atos de vandalismo, fomos obrigados a colocar algumas regras, tanto aos nossos condóminos como ao público. Uns entendem, outros não.
VL: O empreendimento trouxe para Azambuja um tipo de negócio que não existia. O cinema foi uma das inovações. Hoje faria tudo exactamente na mesma?
Quanto ao comércio e às inovações, nomeadamente o cinema, fizemos o que achámos ser o melhor, tanto para nós como para a população de Azambuja. O Atrium Cinema encontra-se encerrado por não haver verba para substituir a máquina que temos que projecta filmes em formato 35mm por uma para formato digital na ordem de 40 mil euros.
VL: Não está prevista uma alternativa à máquina, por exemplo através de protocolos com a câmara?
FM: Nesta altura, estamos a estudar todas hipóteses. Tudo está em aberto.
17-06-2015
Valor Local: A Construaza tem sido uma empresa muito presente em Azambuja e na região. Como é que nasceu?
Fernanda Monteiro: A Construaza nasce com a pretensão do Eng. Orlando Monteiro que após ter estado onze anos numa empresa de construção civil, decidiu trabalhar por conta própria, criando a empresa.
VL: Foi fundamental a formação de engenheiro para dar este passo?
FM: Sim. A sua licenciatura em Engenharia Civil do ISEL e o mestrado da Universidade de Coimbra pesaram nessa decisão.
VL: Então já foi há algum tempo?
FM: A Construaza constituiu-se em Janeiro de 1991, tendo alvará, desde essa altura.
VL: Na empresa trabalha, para além da Fernanda e do seu marido, o vosso filho. Podemos dizer que é uma empresa familiar?
FM: É uma empresa familiar, sendo uma sociedade por quotas, integralmente do casal, Orlando e Fernanda Monteiro, tendo entrado este ano o filho mais velho, Guilherme Monteiro, após ter terminado a licenciatura e o mestrado em Engenharia Civil no IST. Começou, assim, a dar os primeiros passos com o pai. A empresa tem um efetivo de 18 funcionários.
VL: A vossa empresa acaba por ser bastante versátil no que toca ao género de obras que realiza. Reconstruções, construções, ou remodelações fazem parte desse leque. Era esse o caminho, que idealizaram, ou é uma nova tendência?
FM: Quando diz reconstrução está-se a referir a reabilitação. Tem sido um dos objectivos ao longo destes anos. Fizemos várias reabilitações em edifícios habitacionais em Lisboa (Avenida Conde Valbom, Praça de Alvalade e Praça Luís de Camões). Recentemente em Azambuja, reabilitámos um edifício no Largo da Igreja Matriz. Atualmente, encontramo-nos a reabilitar a “Casa Azul” na Rua Eng.º Moniz da Maia, em frente ao Edifício Atrium Azambuja. Para além da reabilitação, na parte da construção, construímos um total de 150 fogos para venda em Azambuja e em Aveiras de Cima. Outra vertente da nossa actividade são as empreitadas particulares, nomeadamente, as maiores para a TOUL, CAMPIL e ainda a JODEL Produtos Químicos. As mais pequenas envolvem várias moradias unifamiliares em Azambuja e na Ramada – Odivelas.
VL: Para estas obras, tem havido a necessidade de contratar outras empresas para trabalhos mais específicos?
FM: Estamos ligados a diversas empresas específicas relacionadas com a aplicação de estuque, eletricidade, pintura, AVAC (ar condicionado), rede de águas e esgotos, caixilharias (alumínio e ou PVC), metalomecânica.
VL: As vossas obras têm um selo de qualidade, que enaltecem a vossa marca. Há por isso critérios apertados, na hora da escolha desses parceiros?
FM: Sim. Essa é uma preocupação da Construaza. Os parceiros são selecionados mediante as garantias que nos possam dar, tanto na qualidade, como na resolução de problemas futuros.
VL: Tem no currículo obras importantes a nível social, como as da Santa Casa da Misericórdia, a da Cerci ou a da Associação Nossa Senhora do Paraíso. Este poderá tornar-se num setor onde a empresa possa apostar mais, tendo em conta o vosso know-how?
FM: Claro que sim. Nos últimos anos temos adquirido bastante experiência ao nível do funcionamento das I.P.S.S.’ s. São obras ganhas em concurso público, que dão muito trabalho na elaboração das propostas, mais especificamente, a colocação das mesmas nas plataformas electrónicas. Posso citar entre outras o Centro Infantil da Santa Casa da Misericórdia de Azambuja. Para além disso, construímos também o edifício do Centro de Atendimento Ocupacional e Lar Residencial da Cerci Flor da Vida em Azambuja, e procedemos à ampliação do edifício destinado a Centro de Dia da Nossa Senhora Paraíso e Serviço de Apoio Domiciliário de Vale do Paraíso. Reabilitamos ainda o centro de recolha da Santa Casa da Misericórdia, a Casa Dr. Jaime.
VL: Nos últimos anos, o setor da construção caíu muito. Todavia, a Construaza parece não se ter ressentido dessa crise. Como fez para passar um pouco ao lado da situação?
FM: A Construaza também se ressentiu desta crise. Alguns clientes, nomeadamente da parte fabril, deixaram de fazer as obras de que necessitavam por receio e por dificuldades financeiras e algumas acabaram por encerrar. Temos tido dificuldade nas vendas dos apartamentos do Edifício Moderno, junto à Estação de Comboios, em Azambuja, não por falta de clientes, mas por falta de financiamento aos clientes por parte da Banca. Tentamos passar ao lado, trabalhando, com mais exigência ultrapassando a burocracia, que é cada vez maior, concorrendo a concursos públicos que noutra conjuntura não teríamos necessidade de o fazer.
VL: Uma das obras mais emblemáticas foi o Centro Comercial Atrium Azambuja. Que balanço faz deste empreendimento?
FM: Como empresária e sócia da Construaza, o balanço é negativo do ponto de vista financeiro. Também para a família o balanço é negativo, os problemas existem durante as 24 horas ininterruptamente. Manter um edifício deste a funcionar é complicado. A logística é difícil, e muitas pessoas, não compreendem isso.
VL: O Centro já foi alvo de atos de vandalismo?
FM: Sim é verdade. O que é triste, pois nós quisemos, como sabe, dotar Azambuja deste espaço, que fazia muita falta a todos. Como resultante desses atos de vandalismo, fomos obrigados a colocar algumas regras, tanto aos nossos condóminos como ao público. Uns entendem, outros não.
VL: O empreendimento trouxe para Azambuja um tipo de negócio que não existia. O cinema foi uma das inovações. Hoje faria tudo exactamente na mesma?
Quanto ao comércio e às inovações, nomeadamente o cinema, fizemos o que achámos ser o melhor, tanto para nós como para a população de Azambuja. O Atrium Cinema encontra-se encerrado por não haver verba para substituir a máquina que temos que projecta filmes em formato 35mm por uma para formato digital na ordem de 40 mil euros.
VL: Não está prevista uma alternativa à máquina, por exemplo através de protocolos com a câmara?
FM: Nesta altura, estamos a estudar todas hipóteses. Tudo está em aberto.
17-06-2015
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