Valor Local
  • PAGINA PADRAO
  • EDIÇÃO IMPRESSA
  • ESTATUTO
  • CONTATOS
    • FICHA TECNICA
    • ONDE ESTAMOS
  • PUBLICIDADE
  • VALOR LOCAL TV
  • PODCASTS

Editorial - "Azambuja conta os dias sem assaltos neste Verão"

Depois de todos os acontecimentos começaram a “chover” sugestões e medidas para resolver um problema que se arrastava há mais de seis meses, e que só teve eco porque a comunicação social fez notícia sobre o assunto.
Miguel António Rodrigues
02-09-2017 às 22:18
Imagem
Azambuja tremeu com os assaltos e atos de vandalismo nos últimos meses. Aliás ainda treme. Moradores, comerciantes, e a própria GNR ainda estão a refazer-se da onda de assaltos e vandalismo perpetrado por adolescentes locais e por indivíduos de fora que aproveitaram uma fraqueza na segurança.

Nunca fez no entanto tanto sentido o provérbio popular: “Depois de casa roubada, trancas à porta”. No entanto, neste caso nem as trancas das portas serviram de alguma coisa. Que o diga a Unidade de Atendimento ao Público da Câmara de Azambuja, a repartição de finanças, ou as dezenas de carros assaltados e vandalizados com centenas de euros de prejuízos para os seus proprietários. Podíamos falar apenas destes casos, mas há mais. Há casos de escritórios visitados pelos amigos do alheio várias vezes, há caixas multibanco assaltadas à bomba e um sentimento de impotência das autoridades para resolver o assunto. Sem provas a GNR pouco pode fazer. Para recolher provas demora tempo. Para levar os larápios presos tem de os apanhar em flagrante e até lá, todos os gaiatos que deviam estar numa casa de correção, continuam a fazer atos de vandalismo, até que se consigam reunir as “provas” e algum juiz lhes aplique o corretivo.

É frustrante para as autoridades, populares, e comerciantes. Nos últimos dias, raros foram os empresários que não colocaram a hipóteses de justiça popular. Este é aliás um instrumento perigoso que tem um pau de dois bicos. Se por um lado pode evitar um assalto, por outro pode levar, e todos já conhecemos casos desses, o agressor a tribunal por ter defendido o que era seu.

Certo é que quem viu os seus carros vandalizados várias vezes na mesma semana já não acredita na justiça, e enquanto isso a GNR de Azambuja com apenas uma dezena de homens ou por vezes menos, “faz das tripas coração” para manter o posto operacional.

Como diz o povo, “sem ovos não há omeletes” e sem militares o patrulhamento, às vezes reduzido a duas pessoas, torna-se escasso. Que o digam os administradores do Crédito Agrícola de Azambuja que esperaram 40 minutos pelo carro patrulha quando o seu multibanco foi assaltado à bomba, porque a patrulha estava no alto concelho.

Depois de todos os acontecimentos começaram a “chover” sugestões e medidas para resolver um problema que se arrastava há mais de seis meses, e que só teve eco porque a comunicação social fez notícia sobre o assunto.

De um momento para o outro a autarquia conseguiu o reforço temporário da segurança, que se diga em abono da verdade: até ao momento tem produzido resultados. Segundo a autarquia a ministra da tutela terá garantido ao vice-presidente da Câmara e à Presidente da Junta, o atual reforço e o reforço de efetivos a partir de outubro, altura em que os militares saem da academia. Aliás a própria ministra já tinha sido informada da situação e saberia mesmo o que se estaria a passar em Azambuja, uma pacata vila às portas de Lisboa, não tendo contudo dito o porquê de não ter agido antes, já que tanto o posto de Azambuja, assim como o destacamento de Lisboa, já a tinham informado.

O momento foi de aproveitamento para uns tantos. Para os ladrões, para outros tantos políticos que que tentaram galvanizar-se com o problema em tempo de campanha eleitoral, e até para as associações a pedirem justamente ao comandante de posto uma reunião de trabalho.

Para o povo: Interessa os resultados. Interessa que os nossos bens fiquem a salvo e que possamos voltar a deixar as chaves na porta de casa como fazíamos no tempo dos nos nossos avós. Claro que isso não é possível. Mas já era bom se pudéssemos dormir em paz.


Comentários

Seja o primeiro a comentar...

    A sua opinião conta:

Submeter

Outras Notícias

Imagem
Porto da Palha: Batelões no Tejo vão ser retirados​
Imagem
Vinhos do Cadaval conquistam Grande Medalha de Ouro e Medalha de Ouro em Itália
Imagem
​Armando Batista deixa voluntários de Azambuja: “O desgaste emocional foi enorme”
Imagem
Imagem

Leia também 

Picture

Guerra Colonial Revisitada

​Passaram 56 anos desde que os primeiros soldados portugueses rumaram à Guerra de África que hoje entrou quase no imaginário popular, mas há episódios bem vivos e que marcaram para sempre os homens com quem falámos

Picture

Dias Felizes para doentes de Alzheimer sempre que a música toca

A forma como se encara esta doença, as estratégias que vão sendo aplicadas pelas instituições, a resposta das entidades hospitalares nesta reportagem
Picture

A Saga das pecuárias poluidoras

Duas suiniculturas que laboram nas freguesias da Ventosa e de Abrigada permanecem a produzir quando já poderiam estar encerradas

Telefone:

263048895

Email

valorlocal@valorlocal.pt
  • PAGINA PADRAO
  • EDIÇÃO IMPRESSA
  • ESTATUTO
  • CONTATOS
    • FICHA TECNICA
    • ONDE ESTAMOS
  • PUBLICIDADE
  • VALOR LOCAL TV
  • PODCASTS