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Candidato do Bloco de Esquerda, Carlos Patrão
“Mandato do PS consistiu em dar um chouriço para receber um porco”

"A estratégia do Bloco de Esquerda passará por alertar para algumas estratégias que vão em sentido contrário ao que faz atualmente o executivo socialista"
Miguel António Rodrigues/Nuno Filipe
​31-07-2017 às 17:07
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O Bloco de Esquerda de Vila Franca de Xira volta a apostar em Carlos Patrão para cabeça de lista à Câmara Municipal. O empresário que já tinha concorrido em 2009, troca com Maria José Vitorino, que desta vez encabeça a lista à Assembleia Municipal, lugar ocupado por Patrão há quatro anos.

Em entrevista ao Valor Local, Carlos Patrão salienta que o concelho “está numa encruzilhada da qual não consegue sair” e explica que quando o PS chegou ao poder, “tinha uma estratégia que se baseava em construir mais subúrbios no concelho e aumentar a população” através de novas habitações o que “daria para mais receitas”.

A juntar a isto Carlos Patrão refere que o PS desejava implementar uma estratégia de fixação de mais armazéns para colmatar “a desaceleração da indústria pesada e química”. Patrão refere que a crise veio fazer com que a estratégia tenha falhado, mas aponta também como causa a mudança do aeroporto da Ota para a margem sul.

O candidato refere que a partir desse “falhanço” o município “nunca mais conseguiu encontrar um rumo”, e por consequência “Vila Franca definha”. Nos últimos quatro anos, refere o candidato, “o orçamento da Câmara tem diminuído”. Chegou a ser de 100 milhões, mas agora em ano de campanha eleitoral houve um corte de 20 milhões.

Carlos Patrão refere que a estratégia do Bloco de Esquerda passará por alertar para algumas estratégias que vão em sentido contrário ao que faz atualmente o executivo socialista.
O candidato explica que na sua opinião “Vila Franca tem um grande passivo ambiental, sendo talvez o maior da Área Metropolitana de Lisboa”. De que são exemplo no concelho “os aterros sanitários, a coincineração, os surtos de legionella provocados por indústrias da área química”. Por outro lado, assiste-se a uma “inutilização de enormes áreas da lezíria”, com o advento de “projetos fantasmas como a plataforma da Castanheira”.

É por isso que o candidato salienta que a estratégia do PS afasta os investidores e as populações do concelho de Vila Franca de Xira. Carlos Patrão vinca a necessidade de se atraírem mais empresas “com maior valor acrescentado, quer na área do ambiente quer na do turismo ou das atividades culturais e conteúdos” e por isso refere como meta “bater o pé ao Governo Central”, de modo a que não se “permita a instalação de tudo o que é lixo da AML em Vila Franca de Xira”.

O candidato explica que está previsto o encerramento do Aterro do Mato da Cruz em 2020 “mas já estão a arranjar maneira de não o fechar, e mais uma vez estamos a fazer o frete a alguém”, deixa no ar.

Carlos Patrão salienta que está previsto reabilitar o espaço, “mas se não o encerrarem a reabilitação não avança”, afiança o candidato que não vê com bons olhos a política ambiental do município.

Ainda assim, Vila Franca de Xira tem um passeio ribeirinho que contribui para a qualidade de vida das populações. Sobre este caso, Carlos Patrão refere “que se trata de uma forma de fazer política que consiste no - Toma lá um chouriço e dá cá um porco” numa alusão à convivência com o passivo ambiental por parte dos milhares de habitantes do concelho.

Para o candidato, Vila Franca de Xira não é uma terra de oportunidades  “Não temos conseguido fixar os jovens neste concelho porque os que estudam cá e depois vão para Lisboa, têm outras aspirações que não o trabalho numa caixa num hipermercado, ou num armazém de logística”.
Carlos Patrão refere a necessidade “de se encontrar um novo rumo”. Porque até lá “vamos ter atividades poluentes que não criam grande emprego”, dando o exemplo da Cimpor que praticamente “não produz cimento” e está “a viver através da coincineração”.

​Para o Bloco é importante resolver o “problema do passivo ambiental” para criar condições para que outro tipo de empresas se fixem naquele concelho.

No que toca à maior compra feita pelo município de Vila Franca de Xira neste mandato, a Escola da Armada, por oito milhões de euros, Carlos Patrão considera até que os valores estão em consonância com o espaço.

Todavia o cabeça de lista acredita que a revitalização passará por mais hipermercados ou subúrbios ou logística naquele espaço, quando o desejável seriam novos equipamentos de que as populações necessitem.

Sobre a nova biblioteca, critica a  Fábrica das Palavras e a megalomania do espaço, e pese embora o facto de o edifício já ter ganhado muitos prémios, Patrão refere que o mesmo não se assume como prático, e critica, ainda, o negócio dos terrenos.
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O candidato refere que a empresa “Obriverca” recebeu “dois milhões para fazer as demolições do edifício, e depois efetuou uma espécie de leasing para a construção da biblioteca”. “Isto é ruinoso e permitiu que os acionistas do BES pegassem no dinheiro todo e o levassem”, sustenta
Sobre o Hospital, Patrão refere que sabe de queixas relacionadas com a falta de médicos ou a falta de camas. Por outro lado, lembra que o estacionamento do hospital é mais caro que o do Largo do Camões em Lisboa: “o mais caro do país”

Carlos Patrão refere que aguarda uma resposta da administração do hospital para que o BE seja recebido. Alias neste campo, Maria José Vitorino, candidata à AM, que esteve sempre presente nesta entrevista, refere que a estrutura do Bloco é muito pequena, portanto espera por um agendamento que sirva o BE e a administração do hospital.

(clique no vídeo para acompanhar na íntegra a entrevista)
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