Exclusivo Valor Local
Rui Corça candidata-se para travar “estado de depressão” do concelho de Azambuja A primeira entrevista do candidato da coligação de centro-direita à Câmara de Azambuja é ao nosso jornal, ainda antes do seu anúncio público. Rui Corça quis parar com a especulação e escolheu o Valor Local para dar a conhecer, em exclusivo e em primeira mão, os seus propósitos e a sua linha de orientação às autárquicas de 2017
Miguel A.Rodrigues
24-11-2016 às 13:11 Rui Corça é o candidato do PSD, e por consequência da Coligação Pelo Futuro da Nossa Terra, à Câmara Municipal de Azambuja nas próximas eleições autárquicas. O candidato escolheu o Valor Local para confirmar o que já há muito se especulava, mas como o próprio disse, só agora é que foi decidido.
O nome de Rui Corça foi aprovado por unanimidade nos órgãos nacionais e distritais do PSD há cerca de quinze dias, e por isso tudo o que se especulou atá há 15 dias atrás não passou de uma tentativa, segundo fonte do partido, para tentar que o candidato do PSD se revelasse. Aliás o Valor Local sabe que Maria João Canilho, atual vereadora da Coligação Pelo Futuro da Nossa Terra, também esteve na “calha” para ser cabeça de lista, mas ao que apurámos, foi a própria que não quis avançar em primeiro lugar. Rui Corça, salientou ao Valor Local, ter aceitado o convite para encabeçar uma lista devido ao estado em que se encontra o concelho de Azambuja. Em entrevista exclusiva ao nosso jornal, o agora candidato que esteve afastado das lides políticas locais por mais de vinte anos, considera que a atual equipa que governa o concelho não demonstra liderança. O candidato aponta como uma das causas para esta candidatura o facto de o concelho estar “em depressão”. Rui Corça é da opinião de que as pessoas não veem futuro para este concelho a continuar como está. Para o candidato, o estado do município é preocupante, não só ao nível do património como económico e financeiro. O candidato que completou esta semana 50 anos de vida é empresário, e salienta que a existência de muitos edifícios degradados e a falta de limpeza nas ruas são factos sobre os quais as pessoas se manifestam “e que eu também constato”. Rui Corça considera que a Câmara de Azambuja “já teve mais fulgor anímico e financeiro”, e isso de acordo com o candidato reflete-se no dia-a-dia do município. O candidato cuja atividade se centra no ramo da consultadoria, mais especificamente na captação de fundos comunitários para o setor privado, considera que o atual executivo apresenta precisamente este tipo de lacuna: dificuldade em conseguir apresentar projetos credíveis para a obtenção de fundos da União Europeia para fazer obras. Para Rui Corça, o executivo socialista presidido por Luis de Sousa não tem mostrado vontade para captar fundos comunitários “que estão disponíveis, tanto no plano Junker como no Portugal 2020”. O candidato diz que os fundos que têm chegado ao concelho de Azambuja, “entram porta a dentro por via de empresas promotoras de candidaturas e que vêm vender o seu produto, como é o caso do laboratório de águas, ou então e quase que por arrasto no âmbito da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) por Azambuja fazer parte da mesma”. Rui Corça justifica o seu regresso à política com o facto de agora estarem reunidas condições dentro do PSD para uma candidatura forte. O candidato lembra que no PSD aconteceram, no passado, vários factos políticos, mas considera que a recente união com o regresso de pessoas que estiveram afastadas, nos últimos anos, como os históricos Virgínia Estorninho, e Francisco Joao Silva, “fazem toda a diferença”. Para o candidato essa foi uma das razões que o levou a aceitar o desafio, acreditando que o futuro político do concelho poderá passar pelo PSD e CDS nos próximos quatros anos. Rui Corça que não quis avançar com os nomes que vão compor a lista à Câmara, vincou, no entanto, que procura nesta altura pessoas cujo contributo seja importante e decisivo para o concelho, sejam independentes ou dos partidos que compõem a Coligação Pelo Futuro da Nossa Terra, que integra PSD, CDS e MPT. O candidato que será apresentado oficialmente a 3 de dezembro em Azambuja, reforça, no entanto, que a sua candidatura só é possível dado que atravessa uma fase familiar e profissional que o permite, e alavanca o seu projeto para já em duas linhas mestras: “A primeira é a transparência”. Rui Corça diz que faltam explicações do atual executivo sobre as atitudes que toma no dia-a-dia. Considera, por isso, que parte da gestão do atual PS “é muito opaca”. “Não há cuidado em explicar as políticas de forma clara, e considero que até as coisas mais complicadas podem ser traduzidas de forma transparente, de maneira a que o cidadão entenda. Acho que isso é possível porque o povo merece”. Rui Corça salienta que a população “não participa de uma forma entendida como desejável na vida da autarquia”. Outra das linhas, refere Rui Corça, é a Solidariedade. Para o candidato o atual momento que o país atravessa, obriga a que “quem governa o nosso concelho promova políticas que amenizem essas dificuldades”. O candidato considera que é premente que o município consiga promover “a igualdade de oportunidades de acesso ao que precisamos na nossa vida seja a Educação, a Cultura, ou o apoio que precisamos de ter quando somos mais idosos, bem como as oportunidades de trabalho para sustentarmos a família”, refere o candidato que lembra que os recursos são poucos e “há que os aplicar nos sítios certos”.
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