Falta de Iluminação da antena da rádio KFM preocupa autarcas e população de AzambujaA Proteção Civil está a fazer um levantamento sobre antenas na mesma situação no concelho
Miguel António Rodrigues
07-01-2019 às 10:32 A inexistência da luz piloto na torre da rádio KFM situada em Casais do Regedor, em Azambuja, levou a que a vereadora Maria João Canilho, do PSD, questionasse numa das últimas reuniões de Câmara, o presidente da autarquia, Luís de Sousa, sobre o assunto, mostrando visível preocupação com as possíveis consequências. A vereadora pediu ainda um estudo sobre outras antenas na mesma situação no concelho.
Com a queda do helicóptero do INEM no norte do país ainda na memória, alguns moradores da zona, também abordaram os serviços de Proteção Civil e o Valor Local, mostrando-se preocupados com a evidência em causa. Aliás alguns moradores referiram mesmo à Proteção Civil que não conseguiam contactar a rádio, que emite a partir de Azambuja, mas tem os estúdios na margem sul, mais propriamente no Seixal. Luís de Sousa, presidente da Câmara de Azambuja, disse em reunião do executivo desconhecer a situação mas já solicitou à Proteção Civil que fizesse um levantamento sobre a sinalização das antenas do concelho, revelando ao Valor Local que mantêm alguma preocupação sobre a torre da KFM e a da Cadeia de Alcoentre. O autarca refere que existem sanções que o município pode aplicar nestes casos, mas que vai aguardar pelo relatório da Proteção Civil Municipal que está em curso. Contactado pelo Valor Local, Lister Silva, administrador da KFM, cuja rádio emite em simultâneo com a Rádio do Seixal (RDS), salientou ser desconhecedor da situação, em causa, que se está a passar no seu património. O administrador disse à nossa reportagem estranhar a situação, já que a manutenção da torre e dos equipamentos de radiodifusão são feitos por uma empresa externa e como tal “não deveria estar a acontecer, porque temos profissionais contratados para esse serviço”. Aliás, segundo o administrador, a situação é ainda mais estranha porque habitualmente, a iluminação piloto na torre é composta por duas lâmpadas. Quando uma avaria, a outra fica em serviço. Lister Silva vinca, por outro lado, que a empresa proprietária vai iniciar diligências para resolver a situação. Abordado no início da semana pelo nosso jornal, o responsável diz que o caso vai ser resolvido “para a próxima semana”. A antena da KFM e respetivos equipamentos estão de resto nos depósitos de água de Casais do Regedor, mais propriamente na Rua dos Apóstolos. A rádio que existe há perto de um ano, resultou da compra da antiga Rádio Ribatejo. A empresa preferiu não manter os estúdios em Azambuja, tendo deixado as instalações até aqui ocupadas pela antiga emissora na loja 4 do Centro Comercial Atrium, e presentemente utiliza os estúdios da RDS, no Seixal, onde emite programação conjunta. No entanto, a torre representa uma despesa para a empresa “Águas da Azambuja” visto que o seu emissor ainda está nos depósitos de água. No tempo da Rádio Ribatejo, a emissora local não pagava a energia tendo em conta o estatuto de interesse municipal, conferido pela Assembleia Municipal de Azambuja, em virtude do trabalho levado a cabo no concelho até dada altura da sua existência. Agora a situação é diferente, o que levou a um processo negocial com a empresa de águas que, nesta altura, suporta a eletricidade da KFM, sem que se note grande presença desta rádio no concelho de Azambuja, apesar de emitir 24 horas por dia como é nos dito pelo responsável Lister Silva. Diz o administrador que a presença da rádio vai ser aumentada em Azambuja, com o que considera ser uma aposta do seu grupo: “uma entrevista de uma hora ao presidente da Câmara”, e “um carro decorado para reportagens”, numa próxima fase. Diz mesmo que “não voltou as costas à população de Azambuja.”
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