As falhas de luz em Casais de Baixo, a necessidade de melhor sinalização na estrada que atravessa Aveiras de Baixo e o combate à desertificação naquela sede de freguesia foram algumas das questões suscitadas em mais um inquérito de rua. Tempo ainda para conhecer um dos últimos cafés de Aveiras de Baixo, a associação das Virtudes, e um dos munícipes do concelho de Azambuja que corre todos os dias na mata das Virtudes

Marta Magalhães, 21 anos, Virtudes - Gosto de morar nas Virtudes porque é um sítio calmo, mas considero que algumas promessas não foram cumpridas: como o alcatroar da estrada, que actualmente é de terra batida, que liga a Azambuja às Virtudes. Também faz falta um multibanco.Clique aqui para editar .

Luís de Sousa, 50 anos, Virtudes: As Virtudes oferecem uma boa qualidade de vida, aliada à natureza, mas está muito dependente da freguesia de Azambuja e às vezes parece uma aldeia esquecida. Faz falta uma sede de apoio social à população, o alcatroamento da estrada do campo, bem como a ciclovia prometida há tantos anos.

Carlos Caetano, 70 anos, Casais da Lagoa: Sempre morei aqui e gosto de cá estar. Temos uma delegação da Junta de Freguesia que tem multibanco e casas de banho, mas sem papel higiénico e produto para lavar as mãos. Antes tinha, agora não tem nada.

Frank Pingo, 57 anos, Casais da Lagoa: Não há muita coisa que faça falta.
Costumo utilizar a delegação da Junta de Freguesia para tratar da papelada e
fazer o IRS. A localidade carece de diversões para os miúdos. Seria bom se
arranjassem o parque da escola para as crianças irem para lá brincar de vez em
quando.

Filipe Pedro Carapinha, 74 anos, Aveiras de Baixo: Destaco a falta de algumas
actividades voltadas para a Cultura. Havia uma banda de música, um grupo de
teatro e rancho folclórico, mas tudo acabou há mais de 10 anos. Até a escola
fechou. Lembro-me desta terra ter cinco tabernas, agora só existe um café.
Também faz falta um pouco mais de limpeza nas ruas.

António Jorge Mateus, 45 anos, Aveiras de Baixo: É um local calmo. Há
necessidade de mais espaços para as crianças brincarem. Penso que seria
necessário apostar-se no reforço da segurança pois já houve vários casos de
assaltos.

O
autarca responde
O presidente da junta de freguesia de Aveiras de Baixo, Carlos Valada, em resposta às questões dos fregueses enfatiza que a falta de luz em Casais da Lagoa tem sido uma das reclamações frequentes. Carlos Valada diz que esse assunto está devidamente documentado, e que já falou com a Câmara e com a EDP. Ao que tudo indica, a iluminação pública, desliga-se junto às escolas quando chove. Segundo o autarca, a EDP, está a verificar “o mistério” mas até à data não houve progressos.
Outra das questões relaciona-se com a velocidade excessiva na estrada nacional 366. A via que atravessa a localidade de Aveiras de Baixo está debaixo de olho das autoridades, mas segundo Carlos Valada, a colocação de lombas, poderia ser uma alternativa. Contudo, essa questão carece de autorização da “Estradas de Portugal”. Todavia, há uma ainda outra alternativa: “A estrada tem semáforos de controle de velocidade. Se estes fossem colocados mais perto no núcleo urbano poderiam fazer a diferença” salienta o autarca. Contudo, um dos sinais está desligado, e segundo Valada, isso deveu-se à reclamação de um munícipe, que alertou para o facto de o local ser isolado, e por isso proporcionar “ alguma facilidade de assaltos”.
Em relação à estrada que liga as Virtudes à Azambuja, e a sua necessidade de alcatroamento, “a mesma tem uma grande importância para todos os fregueses das Virtudes, pela proximidade que os colocaria em relação à sede de concelho. No entanto, esta não foi e pelos vistos não será uma prioridade da Câmara Municipal de Azambuja, já que no seu plano de actividades para 2014, nem no PPI (plano plurianual de investimentos), coloca a construção, ou pelo menos o melhoramento da mesma”, aponta Valada. No que concerne à necessidade de um multibanco naquela localidade diz estar a contactar “entidades bancárias para aferir da disponibilidade de colocação do mesmo”.
O presidente da junta refere que o parque infantil de Casais da Lagoa “poderá ser usado nos dias em que a associação de moradores abre a escola para as suas actividades”. Já no que se refere “à falta de papel higiénico e sabão nas casas de banho tal deve-se ao facto do mesmo serem furtado regularmente.”
Carlos Valada reconhece que a deficiente limpeza das ruas de Aveiras de Baixo “é uma verdade devido à falta de pessoal da junta”. “Temos imensa dificuldade em recrutar pessoas através do centro de emprego, solicitamos um orçamento a empresas da especialidade para solucionarmos a situação.”
Freguesia luta conta a desertificação
A Freguesia de Aveiras de Baixo há muito que luta contra a desertificação das suas localidades. Este é um problema que preocupa não só os autarcas, como a população de Aveiras de Baixo, Casais da Lagoa e Virtudes.
Durante a reportagem do Valor Local, ouvimos com frequência a necessidade se se encontrar formas de revitalizar as respectivas localidades, “algo que é possível, mas terá de ter o empenho de todos”.
Só a sede de freguesia perdeu nos últimos anos, a escola, agora transformada em Centro de Interpretação Ambiental, dois cafés e uma mercearia. Estas são perdas importantes, que na opinião do presidente da Junta, poderiam significar maior oferta para a população.
Carlos Valada salienta por isso, e num exercício de comparação, que “o núcleo urbano de Aveiras de Baixo precisava mais do que o de Manique do Intendente de uma reabilitação urbana”, vincando que em breve falará com a Câmara para encontrar uma solução para tal.
O presidente da Junta vinca igualmente a necessidade de se chegar a consensos com alguns proprietários, nomeadamente, com os “Condes de Aveiras” que são os proprietários do palácio que se situa mesmo no centro da localidade.
Numa pequena volta pelas ruelas de Aveiras de Baixo, o autarca mostrou uma série de casas desabitadas. Umas devolutas, outras nem por isso. Neste último caso, os proprietários não se mostram disponíveis para as alugar (já que possuem, em alguns casos, residência noutros pontos da freguesia e do concelho) inviabilizando com isso o fomentar de algum acréscimo populacional na sede de freguesia.
Uma situação que não se tem verificado por exemplo nas outras localidades. Em Casais da Lagoa, tem-se verificado, nos últimos anos, alguma procura de casas. Todavia com a crise instalada na construção civil, essa procura baixou consideravelmente. As restrições do PDM também abrandaram a fixação de novos moradores.
Já em Virtudes, o problema é outro. Com o comboio à porta, os novos moradores daquela aldeia que trabalham fora, usam a localidade como dormitório. “A prova disso são os dois cafés, que encerram e abrem alternadamente.”
O presidente da junta de freguesia de Aveiras de Baixo, Carlos Valada, em resposta às questões dos fregueses enfatiza que a falta de luz em Casais da Lagoa tem sido uma das reclamações frequentes. Carlos Valada diz que esse assunto está devidamente documentado, e que já falou com a Câmara e com a EDP. Ao que tudo indica, a iluminação pública, desliga-se junto às escolas quando chove. Segundo o autarca, a EDP, está a verificar “o mistério” mas até à data não houve progressos.
Outra das questões relaciona-se com a velocidade excessiva na estrada nacional 366. A via que atravessa a localidade de Aveiras de Baixo está debaixo de olho das autoridades, mas segundo Carlos Valada, a colocação de lombas, poderia ser uma alternativa. Contudo, essa questão carece de autorização da “Estradas de Portugal”. Todavia, há uma ainda outra alternativa: “A estrada tem semáforos de controle de velocidade. Se estes fossem colocados mais perto no núcleo urbano poderiam fazer a diferença” salienta o autarca. Contudo, um dos sinais está desligado, e segundo Valada, isso deveu-se à reclamação de um munícipe, que alertou para o facto de o local ser isolado, e por isso proporcionar “ alguma facilidade de assaltos”.
Em relação à estrada que liga as Virtudes à Azambuja, e a sua necessidade de alcatroamento, “a mesma tem uma grande importância para todos os fregueses das Virtudes, pela proximidade que os colocaria em relação à sede de concelho. No entanto, esta não foi e pelos vistos não será uma prioridade da Câmara Municipal de Azambuja, já que no seu plano de actividades para 2014, nem no PPI (plano plurianual de investimentos), coloca a construção, ou pelo menos o melhoramento da mesma”, aponta Valada. No que concerne à necessidade de um multibanco naquela localidade diz estar a contactar “entidades bancárias para aferir da disponibilidade de colocação do mesmo”.
O presidente da junta refere que o parque infantil de Casais da Lagoa “poderá ser usado nos dias em que a associação de moradores abre a escola para as suas actividades”. Já no que se refere “à falta de papel higiénico e sabão nas casas de banho tal deve-se ao facto do mesmo serem furtado regularmente.”
Carlos Valada reconhece que a deficiente limpeza das ruas de Aveiras de Baixo “é uma verdade devido à falta de pessoal da junta”. “Temos imensa dificuldade em recrutar pessoas através do centro de emprego, solicitamos um orçamento a empresas da especialidade para solucionarmos a situação.”
Freguesia luta conta a desertificação
A Freguesia de Aveiras de Baixo há muito que luta contra a desertificação das suas localidades. Este é um problema que preocupa não só os autarcas, como a população de Aveiras de Baixo, Casais da Lagoa e Virtudes.
Durante a reportagem do Valor Local, ouvimos com frequência a necessidade se se encontrar formas de revitalizar as respectivas localidades, “algo que é possível, mas terá de ter o empenho de todos”.
Só a sede de freguesia perdeu nos últimos anos, a escola, agora transformada em Centro de Interpretação Ambiental, dois cafés e uma mercearia. Estas são perdas importantes, que na opinião do presidente da Junta, poderiam significar maior oferta para a população.
Carlos Valada salienta por isso, e num exercício de comparação, que “o núcleo urbano de Aveiras de Baixo precisava mais do que o de Manique do Intendente de uma reabilitação urbana”, vincando que em breve falará com a Câmara para encontrar uma solução para tal.
O presidente da Junta vinca igualmente a necessidade de se chegar a consensos com alguns proprietários, nomeadamente, com os “Condes de Aveiras” que são os proprietários do palácio que se situa mesmo no centro da localidade.
Numa pequena volta pelas ruelas de Aveiras de Baixo, o autarca mostrou uma série de casas desabitadas. Umas devolutas, outras nem por isso. Neste último caso, os proprietários não se mostram disponíveis para as alugar (já que possuem, em alguns casos, residência noutros pontos da freguesia e do concelho) inviabilizando com isso o fomentar de algum acréscimo populacional na sede de freguesia.
Uma situação que não se tem verificado por exemplo nas outras localidades. Em Casais da Lagoa, tem-se verificado, nos últimos anos, alguma procura de casas. Todavia com a crise instalada na construção civil, essa procura baixou consideravelmente. As restrições do PDM também abrandaram a fixação de novos moradores.
Já em Virtudes, o problema é outro. Com o comboio à porta, os novos moradores daquela aldeia que trabalham fora, usam a localidade como dormitório. “A prova disso são os dois cafés, que encerram e abrem alternadamente.”

O mais antigo corredor limpa mata das Virtudes
José Figueiredo tem 77 anos, mora em Azambuja e todos os dias se desloca até à Mata Nacional das Virtudes para correr durante mais de uma hora. É assim há 20 anos. Cuida da mata como se fosse sua participando, também, em acções de limpeza do local com 233 hectares. A autarquia não garante a manutenção da mata, pois a mesma está a cargo da Autoridade Florestal Nacional.
“Com alguma frequência, eu e outros utilizadores da mata reunimo-nos e contribuimos para a aquisição de algum material de limpeza".
A mata das Virtudes, já é a sua segunda casa. Faz parte da sua rotina diária e a idade não o impede de fazer o que mais gosta, nem nos dias de chuva. E os pinheiros, sobreiros e eucaliptos, que ocupam 28% da mata, são uma preciosa ajuda. “Também corro quando está a chover. Normalmente venho de carro logo de manhã cedo e leio o jornal, para ver se a chuva acalma. Depois vou correr, mesmo que esteja a chover. Com as árvores da mata quase nem sentimos a água”, conta o atleta.
Quando tem companhia, sempre de pessoas mais novas que também utilizam a mata para praticar desporto, até costuma alargar o tempo de treino para conviver. Mas não é só na mata das Virtudes que José Figueiredo corre. O atleta mais antigo de Azambuja gosta de competir e participa em provas por todo o país.
“Normalmente sou sempre o mais velho das provas e nunca fico em último lugar. No dia em que ficar em último, desisto”, afirma José Figueiredo. Apesar de o desporto ainda ser grande parte da sua vida aos 77 anos, o atleta revela que não tem cuidados especiais com a alimentação. “Como de tudo. Só não fumo, já deixei os cigarros há alguns anos”, recorda.
A mata onde José Figueiredo hoje corre foi uma das primeiras a ser semeada pelo Rei D. Dinis e já teve o nome de Pinhal do Rei. Distingue-se por ter cerca de 90 espécies diferentes de eucaliptos, segundo o Instituto de Conservação da Natureza e das Flores. Além da marcha e da corrida, os passeios a pé, de bicicleta e piqueniques também são atividades frequentes na Mata Nacional das Virtudes
José Figueiredo tem 77 anos, mora em Azambuja e todos os dias se desloca até à Mata Nacional das Virtudes para correr durante mais de uma hora. É assim há 20 anos. Cuida da mata como se fosse sua participando, também, em acções de limpeza do local com 233 hectares. A autarquia não garante a manutenção da mata, pois a mesma está a cargo da Autoridade Florestal Nacional.
“Com alguma frequência, eu e outros utilizadores da mata reunimo-nos e contribuimos para a aquisição de algum material de limpeza".
A mata das Virtudes, já é a sua segunda casa. Faz parte da sua rotina diária e a idade não o impede de fazer o que mais gosta, nem nos dias de chuva. E os pinheiros, sobreiros e eucaliptos, que ocupam 28% da mata, são uma preciosa ajuda. “Também corro quando está a chover. Normalmente venho de carro logo de manhã cedo e leio o jornal, para ver se a chuva acalma. Depois vou correr, mesmo que esteja a chover. Com as árvores da mata quase nem sentimos a água”, conta o atleta.
Quando tem companhia, sempre de pessoas mais novas que também utilizam a mata para praticar desporto, até costuma alargar o tempo de treino para conviver. Mas não é só na mata das Virtudes que José Figueiredo corre. O atleta mais antigo de Azambuja gosta de competir e participa em provas por todo o país.
“Normalmente sou sempre o mais velho das provas e nunca fico em último lugar. No dia em que ficar em último, desisto”, afirma José Figueiredo. Apesar de o desporto ainda ser grande parte da sua vida aos 77 anos, o atleta revela que não tem cuidados especiais com a alimentação. “Como de tudo. Só não fumo, já deixei os cigarros há alguns anos”, recorda.
A mata onde José Figueiredo hoje corre foi uma das primeiras a ser semeada pelo Rei D. Dinis e já teve o nome de Pinhal do Rei. Distingue-se por ter cerca de 90 espécies diferentes de eucaliptos, segundo o Instituto de Conservação da Natureza e das Flores. Além da marcha e da corrida, os passeios a pé, de bicicleta e piqueniques também são atividades frequentes na Mata Nacional das Virtudes

Associação das Virtudes com provas no cross nacional
Associação Cultural e Recreativa de Virtudes está bem enraizada na vida da localidade. A colectividade que tem como ponto alto a Feira Medieval centra a sua actividade na secção de caminheiros, na ginástica, e no Cross das Virtudes que tem tido suscitado uma interessante adesão, com a realização de provas no calendário nacional da competição
Rui Lopes, o presidente da associação, explicou ao Valor Local que todos os fins do mês, há um encontro de caminheiros, que fazem uso das boas condições da localidade, nomeadamente da Mata da Virtudes, para o exercício físico e para a camaradagem.
O presidente destaca que antes da associação, já o anterior presidente, Joaquim Júlio, “se dedicava às caminhadas, e todas elas fora da localidade, porque não existia tradição de as fazer em Virtudes. Mais tarde essa caminhada veio para as Virtudes há onze anos atras.”
Para além do desporto, a associação tem uma grande importância na Feira Mediável da Localidade. Rui Lopes salienta que no ano passado, houve uma mudança significativa no que toca à organização do certame com a aposta nos cenários e na recriação histórica, o que trouxe à festa um outro “sabor”.”Uma mais-valia que considera importante continuar a promover, pois isso fará toda a diferença em termos turísticos, e até em termos financeiros porque foi das festas que mais gosto nos deu, e isso também se reflectiu nos lucros que foram maiores” Lopes destaca igualmente a mais-valia do Convento das Virtudes que, agora, recuperado “tem outra apresentação”.
Por outro lado, a Associação Cultural e Recreativa de Virtudes, possui um espaço onde durante as festas realiza algumas refeições. Rui Lopes lembra que foram os próprios membros da colectividade que ajudaram na obra, algo que valeu a pena, até porque o espaço tem agora uma cozinha grande, e uma sala com uma capacidade significativa para acolher refeições de grupo e festas.
Questionado sobre o facto de não abrir um restaurante nas instalações da colectividade, Rui Lopes destacou que isso poderia chocar com os poucos cafés existentes. O presidente prefere fazer jantares de grupo, quando solicitado, como foi o exemplo da Junta de Freguesia de Aveiras de Baixo, que ali fez o seu jantar de natal.
Associação Cultural e Recreativa de Virtudes está bem enraizada na vida da localidade. A colectividade que tem como ponto alto a Feira Medieval centra a sua actividade na secção de caminheiros, na ginástica, e no Cross das Virtudes que tem tido suscitado uma interessante adesão, com a realização de provas no calendário nacional da competição
Rui Lopes, o presidente da associação, explicou ao Valor Local que todos os fins do mês, há um encontro de caminheiros, que fazem uso das boas condições da localidade, nomeadamente da Mata da Virtudes, para o exercício físico e para a camaradagem.
O presidente destaca que antes da associação, já o anterior presidente, Joaquim Júlio, “se dedicava às caminhadas, e todas elas fora da localidade, porque não existia tradição de as fazer em Virtudes. Mais tarde essa caminhada veio para as Virtudes há onze anos atras.”
Para além do desporto, a associação tem uma grande importância na Feira Mediável da Localidade. Rui Lopes salienta que no ano passado, houve uma mudança significativa no que toca à organização do certame com a aposta nos cenários e na recriação histórica, o que trouxe à festa um outro “sabor”.”Uma mais-valia que considera importante continuar a promover, pois isso fará toda a diferença em termos turísticos, e até em termos financeiros porque foi das festas que mais gosto nos deu, e isso também se reflectiu nos lucros que foram maiores” Lopes destaca igualmente a mais-valia do Convento das Virtudes que, agora, recuperado “tem outra apresentação”.
Por outro lado, a Associação Cultural e Recreativa de Virtudes, possui um espaço onde durante as festas realiza algumas refeições. Rui Lopes lembra que foram os próprios membros da colectividade que ajudaram na obra, algo que valeu a pena, até porque o espaço tem agora uma cozinha grande, e uma sala com uma capacidade significativa para acolher refeições de grupo e festas.
Questionado sobre o facto de não abrir um restaurante nas instalações da colectividade, Rui Lopes destacou que isso poderia chocar com os poucos cafés existentes. O presidente prefere fazer jantares de grupo, quando solicitado, como foi o exemplo da Junta de Freguesia de Aveiras de Baixo, que ali fez o seu jantar de natal.
Só um café sobrevive em Aveiras de Baixo
Quem vive em Aveiras de Baixo há mais de 50 anos lembra-se de ver cinco tabernas na terra. Agora, fruto da crise e do envelhecimento populacional, só um sobrevive. Ângela Filipe, a proprietária do estabelecimento, não está feliz por não ter concorrência. Muito pelo contrário.
Recentemente, os outros dois cafés que existiam na freguesia encerraram. Ângela Filipe tinha, além do café, uma pequena mercearia que também teve de fechar as portas.
“Há falta de dinheiro por parte dos clientes. As pessoas não têm dinheiro e abdicam de muita coisa. Sobrevivo com quem vem de fora”, explica Ângela Filipe ao Valor Local.
A crise também tem mudado os hábitos dos consumidores. A proprietária já vende poucos bens alimentares. Só o tabaco ainda tem saída; e foi esta tendência que a levou a fechar a mercearia.
“Os poucos clientes que tinha pediam fiado e queixavam-se dos preços altos. As pessoas preferiam sair da terrinha e ir a Azambuja ou Aveiras de Cima comprar o detergente ou um pacote de sal porque era mais barato”, recorda a proprietária do único café de Aveiras de Baixo.
O negócio de Ângela começou a enfrentar problemas nos últimos dois anos. Na opinião da proprietária, a zona precisava de eventos e actividades que dessem mais vida aos comércio e à comunidade.
“Se tivesse capital investia aqui. Gosto disto, é um sítio bom e tranquilo para se viver”, acrescenta Ângela Filipe, com esperança de que estão para vir dias melhores para o seu negócio e para Aveiras de Baixo.
Reportagem: Cátia Carmo e Miguel António Rodrigues
04-02-2014
Quem vive em Aveiras de Baixo há mais de 50 anos lembra-se de ver cinco tabernas na terra. Agora, fruto da crise e do envelhecimento populacional, só um sobrevive. Ângela Filipe, a proprietária do estabelecimento, não está feliz por não ter concorrência. Muito pelo contrário.
Recentemente, os outros dois cafés que existiam na freguesia encerraram. Ângela Filipe tinha, além do café, uma pequena mercearia que também teve de fechar as portas.
“Há falta de dinheiro por parte dos clientes. As pessoas não têm dinheiro e abdicam de muita coisa. Sobrevivo com quem vem de fora”, explica Ângela Filipe ao Valor Local.
A crise também tem mudado os hábitos dos consumidores. A proprietária já vende poucos bens alimentares. Só o tabaco ainda tem saída; e foi esta tendência que a levou a fechar a mercearia.
“Os poucos clientes que tinha pediam fiado e queixavam-se dos preços altos. As pessoas preferiam sair da terrinha e ir a Azambuja ou Aveiras de Cima comprar o detergente ou um pacote de sal porque era mais barato”, recorda a proprietária do único café de Aveiras de Baixo.
O negócio de Ângela começou a enfrentar problemas nos últimos dois anos. Na opinião da proprietária, a zona precisava de eventos e actividades que dessem mais vida aos comércio e à comunidade.
“Se tivesse capital investia aqui. Gosto disto, é um sítio bom e tranquilo para se viver”, acrescenta Ângela Filipe, com esperança de que estão para vir dias melhores para o seu negócio e para Aveiras de Baixo.
Reportagem: Cátia Carmo e Miguel António Rodrigues
04-02-2014