Hospital de Santarém aposta em reforço da tecnologia com recurso a fundos comunitários
Sílvia Agostinho
05-07-2022 às 10:52
O Hospital de Santarém adquiriu recentemente um equipamento de ressonância magnética para colmatar uma lacuna que existia, e que obrigava à realização de exames fora através de um convénio com um privado no distrito de Leiria, com os inconvenientes que as deslocações sempre acarretam para os utentes. O Valor Local foi conhecer esta nova ferramenta daquela unidade hospitalar que teve um custo de 2 milhões de euros suportado em 85 por cento pelos fundos comunitários, e 15 por cento pelo orçamento do próprio hospital, que anualmente conta com 93 milhões de euros para gerir. Um investimento que segundo a presidente do Conselho de Administração do Hospital Distrital de Santarém, Ana Infante, valeu a pena face os custos, mas também no que respeita ao conforto que se ganhou com a circunstância de se poder efetuar estes exames, a qualquer momento, dentro do próprio hospital. Antes quer os doentes internados, quer os de ambulatório, estavam obrigados a fazer os exames no exterior. Em média, por dia, são realizados cerca de 10 ressonâncias. “Se tivéssemos mais médicos e técnicos ainda conseguiríamos fazer mais”, sublinha.
Se por um lado “tivemos de investir em mais profissionais de Radiologia para operarem a máquina, por outro, ganhámos em conforto para o utente, e em menos gastos por já termos um aparelho destes no hospital”. Ana Infante enfatiza que no setor público, o hospital possui o aparelho de ressonância magnética mais inovador que encontramos no país, pois permite fazer um exame de corpo inteiro ao utente, quando noutros apenas se consegue por secções. Está dotado de uma tecnologia mais inovadora que permite ainda posicionar “melhor o utente”. A fiabilidade da imagem e no fundo dos resultados obtidos é também melhor.
Por outro lado, e mais recentemente o hospital reabilitou um dos equipamentos relacionados com os exames na área da vertigem, que estava inoperacional nos últimos anos. “Na altura foi algo inovador a nível do distrito, há cerca de 10 anos, mas por problemas de software esteve parado, mas, entretanto, reparámos e está ao serviço dos utentes”. “Sem custos foi possível negociar com o fornecedor e passar a rentabilizar de novo o equipamento”, acrescenta Ana Infante.
05-07-2022 às 10:52
O Hospital de Santarém adquiriu recentemente um equipamento de ressonância magnética para colmatar uma lacuna que existia, e que obrigava à realização de exames fora através de um convénio com um privado no distrito de Leiria, com os inconvenientes que as deslocações sempre acarretam para os utentes. O Valor Local foi conhecer esta nova ferramenta daquela unidade hospitalar que teve um custo de 2 milhões de euros suportado em 85 por cento pelos fundos comunitários, e 15 por cento pelo orçamento do próprio hospital, que anualmente conta com 93 milhões de euros para gerir. Um investimento que segundo a presidente do Conselho de Administração do Hospital Distrital de Santarém, Ana Infante, valeu a pena face os custos, mas também no que respeita ao conforto que se ganhou com a circunstância de se poder efetuar estes exames, a qualquer momento, dentro do próprio hospital. Antes quer os doentes internados, quer os de ambulatório, estavam obrigados a fazer os exames no exterior. Em média, por dia, são realizados cerca de 10 ressonâncias. “Se tivéssemos mais médicos e técnicos ainda conseguiríamos fazer mais”, sublinha.
Se por um lado “tivemos de investir em mais profissionais de Radiologia para operarem a máquina, por outro, ganhámos em conforto para o utente, e em menos gastos por já termos um aparelho destes no hospital”. Ana Infante enfatiza que no setor público, o hospital possui o aparelho de ressonância magnética mais inovador que encontramos no país, pois permite fazer um exame de corpo inteiro ao utente, quando noutros apenas se consegue por secções. Está dotado de uma tecnologia mais inovadora que permite ainda posicionar “melhor o utente”. A fiabilidade da imagem e no fundo dos resultados obtidos é também melhor.
Por outro lado, e mais recentemente o hospital reabilitou um dos equipamentos relacionados com os exames na área da vertigem, que estava inoperacional nos últimos anos. “Na altura foi algo inovador a nível do distrito, há cerca de 10 anos, mas por problemas de software esteve parado, mas, entretanto, reparámos e está ao serviço dos utentes”. “Sem custos foi possível negociar com o fornecedor e passar a rentabilizar de novo o equipamento”, acrescenta Ana Infante.
Ana Margarida Simões, Coordenadora da Consulta de Vertigem no Hospital Distrital de Santarém, conta que esta consulta da área da Otoneurologia existe há cerca de cinco anos, na qual se pretende fazer uma avaliação vestibular do ouvido interno. No laboratório da vertigem existem duas máquinas de diagnóstico e duas com potencial de reabilitação. Uma delas é o aparelho de videonistagmografia (método de diagnóstico que se destina a registar e quantificar os movimentos oculares com recurso a câmaras de vídeo instaladas numa máscara própria), e o outro de posturografria (que avalia o equilíbrio do doente através de um sistema de realidade virtual). Na vertente de reabilitação vestibular, temos uma máquina de estimulação optocinética. Doenças relacionadas com o ouvido interno “são altamente prevalentes no nosso país e isto que aqui temos é uma mais-valia”, refere Ana Margarida Simões. Mário Galveias, médico e diretor do serviço de Otorrinolaringologia neste hospital, expressa que “a maior parte destes doentes entram-nos pela porta da urgência”. A maioria queixa-se da sensação de vertigem, associada a náuseas e a vómitos. “São casos muito comuns que podem surgir a qualquer momento, sobretudo durante a idade adulta”.
O hospital realizou ainda um investimento de seis milhões de euros no bloco central e no bloco de partos também ao abrigo dos fundos comunitários, que incluiu não só a empreitada, as infraestruturas, mas também a dotação das unidades com a tecnologia mais inovadora – “Podemos dizer que temos um bloco de partos de ponta”. “As grávidas podem escolher as terapias relacionadas com a forma como querem ter a criança como Pilates ou Aromaterapia”, refere Ana Infante. Aliás em 2020 e 2021 “fomos dos hospitais com mais partos a nível da nossa região”. Em 2020 foram realizados 1020 partos, “significando um acréscimo em relação a anos anteriores”.