Joaquim Ramos lança “ A Ressureição segundo Mister Cohen"Obra evoca período da vida do autor enquanto esteve no hospital
Miguel A. Rodrigues
26-11-2017 às 18:35 O antigo presidente da Câmara Municipal de Azambuja, Joaquim Ramos lançou este sábado, 25 de novembro, no Auditório do Valverde, em Azambuja, mais um livro. Ao Valor Local, alguns dias antes do lançamento, o ex-autarca esclarecia que este novo trabalho pode ser considerado “um romance” porque enquadra-se numa narrativa, ao passo que os anteriores livros eram compostos por “contos”.
Joaquim Ramos que passou por problemas de saúde graves em 2013, dos quais ainda não está totalmente recuperado, elucida que tal foi o mote para este projeto, e explica que o título: "A Ressurreição segundo Mister Cohen” é a história da sua “quase morte” e do seu “longo processo de ressurreição”, advertindo que tal “não é uma história clínica”. Ao nosso jornal, o autor vinca que este livro trata-se de uma análise do que que lhe aconteceu, do que pensou durante todo o processo, das alucinações que teve, e considera que esta história pode funcionar “também como um estímulo a quem esteja na situação desesperada em que estive”. Já sobre as menções a Mister Cohen, que na prática é o cantor Leonard Cohen, Ramos revela-se seu admirador desde sempre, pois foi nas suas canções e nos seus poemas que encontrou a perfeita “descrição de muitos dos passos” por que passou no seu “retorno à vida”. Trata-se, portanto de um livro contado na primeira pessoa e que relata factos reais de uma fase menos boa do autor. Ramos explica que todos os personagens são reais, com exceção de outros tantos- “Aparecem nas alucinações que tive durante dois meses - esses, como o monge beneditino ou o general africano, são produto dos meus delírios”. Joaquim Ramos que vai doar novamente as receitas do seu livro, revela que escreve por prazer. O autor não se assume como escritor de grandes tiragens até porque salienta: “As vendas não são expressivas”. Nesse sentido considera: “Outros terão mais necessidade desses (poucos) euros do que eu. Daí a doação à Cerci e à Casa Mãe, que são duas das instituições do concelho que mais respeito”. Quanto a projetos futuros, Ramos revela que tem dois “um iniciado, outro a germinar na cabeça”. O que já está a caminho “é uma coletânea de personagens que conheci ao longo da vida e que, por qualquer razão, me marcaram, ou divertiram, ou são casos de vidas notáveis, no meu conceito”. Já o segundo que ainda não está iniciado. “É um romance histórico e implica mais estudos”. Pub
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