“A Alma de um Povo” e as festas de Samora Correia
Exposição patente no Palácio do Infantado
|18 Set 2022 16:43
Sílvia Agostinho “A Alma de Um Povo” é o nome da exposição que pode visitar no Palácio do Infantado em Samora Correia que retrata a evolução das Festas em honra de Nossa Senhora da Guadalupe e Nossa Senhora da Oliveira que todos os anos é celebrada durante o mês de agosto, organizada pela associação ARCAS. Desde os antigos cartazes, passando pela inesquecível quermesse, terminando nas fotografias do culto religioso, ou de largadas, e das tertúlias de outros tempos. No fundo, uma viagem na máquina do tempo ao passado destas festas.
Joaquim Salvador, que esteve na conceção destas festas e habitual cicerone destas exposições, deu a conhecer alguns aspetos mais pitorescos patentes na exposição, a começar pelo carro de bois adquirido pelo município, e que transportava mercadorias de Alcamé. No início “a festa era apenas um bailarino com concertina e depois começou a evoluir”, referiu Joaquim Salvador com base na pesquisa sobre o evento. As festas remontam às primeiras décadas do século passado e inicialmente celebravam-se em apenas dois dias. Com a vinda da luz elétrica para o concelho, as festas também se expandiram e na década de 50 aumentaram para três dias. “Faziam-se tentas e corridas e as largadas eram onde hoje é a Rua Clara Passos Esteves e em parte no Arneiro”, destacou. Inicialmente não havia campinos, uma figura que apenas “atinge a sua força nestas festas nas décadas de 70 e 80”. Altura em que passa a ser homenageado. Com a evolução das festas, a própria Companhia das Lezírias envolveu-se mais com a disponibilização, a dada altura, de uma praça de touros improvisada fabricada no interior daquela empresa. Passando para a quermesse, “as senhoras iam angariando peças junto do comércio e não só durante o ano. Faziam as rifas, e depois decoravam este local que era de facto um sítio de convívio”. Em finais da década de 60, inícios de 70, começam a ser apresentados programas de variedades com grandes nomes da rádio e da televisão como Maria José Valério, Fernando Faria, Maria de Lurdes Proença, João Viana, Mimi Munhoz, que era mãe de Eunice Munhoz. Joseph de Azevedo, vereador da Cultura, sublinhou que esta exposição é “uma forma de preservar o património local”. “As festas nunca viveram de grandes momentos musicais, porque o grande pilar das festas são as pessoas da terra e quem cá vive e trabalha”. |
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