“Dia histórico” para Azambuja agora que já pode gerir os Viveiros da GuaritaGestão partilhada do espaço entre o município e o ICNF
Sílvia Agostinho
23-06-2018 às 19:43 Em 2013, a Câmara de Azambuja assumia em declarações ao nosso jornal o sonho de poder revitalizar os desativados viveiros da Guarita num local para fruição de todos. Anos depois surgiu o conceito de parque biológico. A ideia era tornar possível a realização de diversas atividades num espaço completamente limpo, e que tivesse tudo a ver com o conceito de ruralidade. No dia 20 de junho foi finalmente assinado um protocolo que dá carta branca ao município para poder finalmente realizar naquele espaço um conjunto de atividades, depois de longas negociações com o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas que exigia uma renda, mesmo com a Câmara a assumir todas as despesas. Segundo Silvino Lúcio, vereador no município, ao Valor Local, esse obstáculo foi ultrapassado, tendo em conta que a Câmara sempre rejeitou essa despesa acrescida quando todo o embelezamento e limpeza do local seriam por sua conta e risco. A Câmara não paga rendas, apenas se encarrega de financiar a manutenção e a compra de materiais para o espaço, bem como toda a logística e dinamização inerentes.
Para Luís de Sousa, presidente da Câmara, aquando da assinatura do protocolo com o ICNF, a 20 de junho, este “é um dia histórico para o concelho”. Recorde-se que em primeira mão, Luís de Sousa em declarações ao nosso jornal em abril de 2016, dava conta dos projetos a desenvolver e que passarão, doravante, e conforme está escrito, pela concretização de percursos pedestres, zonas de arvoredo, posto avançado para os bombeiros, um parque de merendas, um café/restaurante, área para pesca recreativa, área para observação de aves, gestão de resíduos verdes. As possibilidades que o espaço pode oferecer a nível de atividades lúdicas apontam ainda, segundo o autarca, para diversos eventos como “festas de aniversário”, “criação de hortas pedagógicas”, “atividades equestres”, “jogos do tipo caça ao tesouro”, “demonstrações de falcoaria”, “observação astronómica”. O projeto compreende também a reabilitação do centro aquícola. O município passa agora a ter gestão partilhada desta área com o instituto tutelado pelo Estado. Rui Pombo, do ICNF, referiu que “é um prazer termos concretizado este caminho e vamos trabalhar muito proximamente para a conservação do ambiente, e a promoção da agricultura e da floresta”.
Já o secretário de Estado das Florestas, Miguel Freitas, saudou o município de Azambuja na procura da conservação da natureza ao abraçar este projeto. Recorde-se que esta era uma área há muito abandonada com mato a crescer aos olhos vistos, que apenas recebia em média uma limpeza por ano aquando da iniciativa “Um dia no Campo”. ComentáriosSeja o primeiro a comentar...
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