Dispersão das bactérias a partir das torres de refrigeração esteve na origem do surto
Sílvia Agostinho
02-05-2016 às 11:25 Depois de ter passado à condição de arguida no processo referente ao surto de legionella que vitimou mortalmente 14 pessoas num total de 403 afetadas pela bactéria no concelho de Vila Franca de Xira, a Adubos de Portugal vem, dois anos depois do caso, "lamentar profundamente as consequências nefastas deixadas pela legionella no concelho de Vila Franca de Xira, em novembro de 2014" . A empresa "expressa a sua total solidariedade para com todos aqueles que, de forma direta e indireta, temporária e permanente viram as suas vidas afectadas pelo ocorrido."
A empresa, sedeada no Forte da Casa, que surge como arguida em conjunto com a General Electric, e sete pessoas em nome individual, ligadas à questão da manutenção das torres de refrigeração onde foram detetadas as mesmas estirpes da doença que foram encontradas nos doentes afetados, defende-se referindo que "cumpriu de forma inequívoca todas as obrigações legais decorrentes da sua licença ambiental que foi renovada em procedimento ordinário e sem qualquer alteração substancial ao seu conteúdo, a 20 de Outubro de 2015." O facto de a lei não instituir auditorias periódicas aos edifícios industriais não deverá ser deixada de fora deste processo. O presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita, em entrevista ao Valor Local, apelou a uma reflexão sobre esta questão, exortando a uma mudança da lei. Notícias Relacionadas Legionella: "Finalmente temos resultados e esperança que a justiça vai ser feita" ADP e General Eletric arguidas no surto de legionella em Vila Franca de Xira
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