Limpezas da Câmara de Salvaterra à beira-rio geram dúvidasArranque de vegetação poderá estar na origem de danos nos ecossistemas segundo o Bloco de Esquerda
Sílvia Agostinho
27-06-2017 às 10:45 O vereador do Bloco de Esquerda na Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, Luis Gomes, questionou o executivo acerca da legalidade das limpezas efetuadas nas zonas ribeirinhas do concelho, como Bico da Goiva, Pinheiroca, Praia Doce, e a existência de autorização superior para esses trabalhos bem como o necessário acompanhamento científico. “Suspeita-se que as ações da Câmara neste domínio possam estar a ser contraproducentes no sentido da destruição de ecossistemas de algumas espécies marinhas, e do desaparecimento do areal do Bico da Goiva”referiu.
Hélder Esménio, presidente da autarquia, respondeu que as ações se têm limitado à remoção de canas e de silvas que impediam o acesso e a fruição desses locais ribeirinhos. Sendo que a própria Agência Portuguesa do Ambiente (APA) tem monitorizado as ações levadas a efeito pela Câmara. De acordo com o autarca, foi pedido ao secretário de Estado do Ambiente para que aja “no sentido do restabelecimento dos taludes da Vala Real entretanto apodrecidos” em função das marés vivas. Enquanto que no Bico da Goiva “foi solicitado à APA para que autorize a colocação de mais pedras” de forma a tornar mais compacto o relevo do local e evitar o desgaste por ação das águas. O vereador da oposição questionou, em conclusão, a abordagem da APA até porque segundo “alguns ambientalistas o arranque de alguma vegetação estará a colocar em causa determinados habitats e a procriação das espécies marinhas”. ComentáriosSeja o primeiro a comentar
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