Luz verde para a compra da Marinha de Vila Franca pela Câmara Pelo valor de 8,1 milhões de euros
SA
06-04-2017 às 21:34 A Assembleia Municipal já deu luz verde tendo em vista o processo de aquisição das antigas escolas da Marinha pelo município de Vila Franca de Xira. Os terrenos da antiga Cimianto poderão ser em breve o próximo passo.
A Câmara encomendou um estudo prévio de ocupação para a zona da Marinha, e no futuro espera que o mesmo sirva para a implantação de novos espaços de serviços (entre os quais o Tribunal do Comércio), empresas, comércio, lazer, desporto e alguma habitação. "Pretende-se ainda estimular a instalação de alguns cursos de ensino superior, junto de universidades. Os muros da antiga Armada deverão deixar de existir para interligar toda esta zona com a envolvente", refere o município em nota de imprensa. A aquisição da antiga Marinha, pelo valor de 8,1 milhões de euros foi aprovada por maioria (votos a favor de PS, CNR, CDS-PP e BE e votos contra da CDU). Para o presidente da Câmara, Alberto Mesquita, esta será “uma oportunidade para o desenvolvimento e revitalização de uma zona nobre e muito importante do concelho”. O autarca salienta ainda que “a saúde financeira da Câmara Municipal permite encarar com tranquilidade esta oportunidade, fruto da sua gestão rigorosa”. Pretende-se que a reurbanização preconizada seja concretizada com recurso a parcerias com entidades públicas, associativas e privadas. A finalização do nó de acesso à autoestrada, um novo terminal rodoviário, estacionamento, reativação de antigo apeadeiro da CP, criação de uma nova via de circulação pedonal, ciclável e rodoviária, reforço de áreas verdes e uma nova marina são alguns dos aspetos também previstos no estudo prévio apresentado. Alberto Mesquita defende que a aquisição é uma decisão “ponderada”, assentando numa “visão de futuro” e que o estudo realizado é rigoroso, apontando caminhos de desenvolvimento, mas “aberto a contributos”. Opinião discordante tem a CDU que em nota de imprensa encara este processo assim: "O projeto, feito de encomenda, levanta a possibilidade de se instalarem universidades, clínicas, serviços, empresas e edifícios de habitação com a mesma sustentação e rigor com que se poderia dizer que lá haverá estações de aterragem de naves extraterrestres, ou seja, nenhum rigor, nenhuma sustentação." Para além de uma série de questões que, no entender daquela força política, colocam em causa a viabilidade económica desta soução aos mais diversos níveis, a CDU diz que esta aquisição desresponsabiliza ao mesmo tempo a Administração Central e o Governo: o Ministério da Defesa que "abandonou as instalações da escola da Armada como quem abandona despojos de guerra"; o Ministério da Justiça, chegando-se "ao cúmulo da autarquia estar a comprar um terreno à Estamo, empresa pública para depois ceder esse mesmo terreno a título gratuito ao mesmo estado central para construção de um edifício para acolher tribunais"; o Ministério das Finanças que em 2006 "perdoou 3.8 milhões de euros de IMT aos proprietários da Centralcer com prejuízo das receitas do município". A maioria PS comporta-se neste processo de milhões como quem diz no café “deixa estar que eu pago”. "O PS na autarquia quer apresentar serviço/promessas de última hora a todo o custo e por isso procura explorar a justa ambição da população de Vila Franca de Xira de ver aquele espaço reabilitado e ao serviço do desenvolvimento do concelho". Já a Coligação Novo Rumo sempre se manifestou bastante favorável a esta aquisição. O vereador do PSD, Rui Rei, defendia em setembro do ano passado as potencialidades do local como adequado à possibilidade de ali nascer uma cidade desportiva, alegando ainda que se afigurava como suportável o investimento da Câmara no imóvel em causa (cerca de 300 mil euros por ano). ComentáriosSeja o primeiro a comentar
|
|
Leia também
Carregado: Barrada o Retrato de um bairro em TransformaçãoEsta é uma zona do concelho de Alenquer onde as comunidades estrangeiras escolheram estabelecer-se
|
Higiene e Limpeza Urbana: Luta sem TréguasPrincipais dificuldades sentidas em vários concelhos da região
|
O Apelo da SolidariedadeQuatro exemplos de dedicação a várias causas na região
|