Mário Cantiga, agora, sem “pressões” da CDU e encantado com o PS
O atual presidente da União de Freguesias de Alhandra, S. João dos Montes e Calhandriz fala sobre a evolução do seu percurso político
|11 Jul 2022 12:09
Miguel António Rodrigues O Presidente da União de Freguesias de Alhandra, S. João dos Montes e Calhandriz, diz estar satisfeito com a forma como é tratado no Partido Socialista. O autarca candidatou-se pelo PCP àquela junta, pela primeira vez em 2013, mas no decurso do seu segundo mandato iniciado em 2017 bateu com a porta alegando divergências profundas com o aparelho partidário.
Com um passado ligado ao sindicalismo, Mário Cantiga diz ter saudades desses tempos. O autarca salienta que não tem um “chip” que o fez mudar radicalmente de valores quanto a alguns princípios do partido, mas em entrevista à Rádio Valor Local, sublinha que muitas das ideias defendidas pelo PCP, quer no domínio local quer no domínio da União Europeia, são incongruentes, e isso é algo que lhe faz “alguma confusão”. “Como é que um partido que diz ser contra a União Europeia, aceita fundos europeus?”, questiona o autarca que salienta que nos últimos anos tem visto o partido a “afundar-se” nos resultados eleitorais. Mário Cantiga sublinha que o ponto de desencontro deu-se por causa da manutenção da Caixa Geral de Depósitos em Alhandra. O autarca agora eleito independente nas listas do PS, recorda que numa determinada sessão pública, um elemento do PCP desferiu um longo ataque “até pessoal ao presidente da Câmara da altura, o Alberto Mesquita” que no seu entender veio enfraquecer aquela luta. OUÇA OS ÁUDIOS DA ENTREVISTA
A situação gerou algum desconforto “até porque o presidente da Câmara estava ali a nosso convite” vincando que foi deselegante o discurso feito por Cláudia Martins, agora assessora da vereadora da CDU na Câmara socialista de Azambuja.
O Valor Local sabe que os tempos que se seguiram foram de desconforto entre Mário Cantiga e o seu partido à época, levando a várias trocas de “galhardetes” e que culminaram com a sua saída. Interrogado sobre o atual momento, Mário Cantiga revela que está satisfeito com o tratamento, “bastante diferente” daquele que tinha por parte do seu anterior partido. É com ironia que o autarca de Alhandra refere ao Valor Local estar surpreendido e ilustra: “Às vezes dou comigo a pensar… então estes gajos esqueceram-se que eu existo!” para vincar a maior liberdade na gestão da junta face ao PCP. “Não perguntam nada, e não me pressionam”, destaca Mário Cantiga assegura ter mais liberdade - “O Partido Socialista não me questiona” contudo enfatiza que mesmo assim “há uma maior ligação à Câmara Municipal” algo que “é bom para benefício da população da União de Freguesias”. Contudo dá conta que as coisas não se resolvem com a rapidez desejada, mas lembra a existência de outras juntas de freguesia, e que “todas fazem pressão”. O autarca faz ainda um balanço positivo do seu último mandato, mas destaca as dificuldades pelas quais as juntas de freguesia passaram em tempos de Covid. |
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