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Nacional 3:
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Os presidentes das Juntas de Freguesia de Azambuja, Vila Nova da Rainha e do Carregado têm em comum o atravessamento das suas freguesias pela Estrada Nacional 3. Esta é uma via perigosa, onde diariamente passam milhares de veículos pesados em direção, quer à entrada da autoestrada, quer em direção à zona logística, onde estão algumas das maiores empresas que fornecem os supermercados na Grande Lisboa.
Em entrevista à Rádio Valor Local, todos os autarcas concordaram: a perigosidade da estrada e o facto de o Governo não ter feito mais do que promessas quanto à colocação, numa primeira fase, de duas rotundas. Tal minimizaria a ocorrência dos acidentes, com viragens à esquerda perigosas, com os condutores a serem obrigados a fazer inversão em pleno traço contínuo. Inês Louro, presidente da junta de Azambuja, aproveitou a inauguração da Rádio Valor Local, para mostrar ao secretário de Estado Duarte Cordeiro o mural existente na nossa redação onde figura a capa onde estão fotos de familiares de vítimas e sobreviventes dessa estrada. A autarca que lamenta o facto de o Governo ainda não ter olhado para este assunto com deveria, apontou ao secretário de Estado essa necessidade, tendo recebido da parte do governante a garantia de que verificaria a situação, tendo em conta o Orçamento de Estado que está a ser ultimado na Assembleia da República. Inês Louro salienta que o movimento Nacional 3 tem tido “algumas pequenas vitórias” mas ainda assim sustenta que a grande vitória “não será quando as obras começarem, mas quando terminarem para que as pessoas tenham o direito de circular naquela estrada em segurança”. Na sua opinião, contudo, a maioria dos acidentes acontecem devido ao descuido das pessoas, mas a qualidade das vias não ajuda. Para Inês Louro a estrada em causa não está “dimensionada para a quantidade de tráfego que ali se gera”. Também Mário Parruca, presidente da Junta de Freguesia de Vila Nova da Rainha, alinha pelo mesmo diapasão. O autarca refere que a existência de um separador central faria toda a diferença na segurança da estrada, e vinca igualmente que “a falta de civismo” está na origem de grande parte dos acidentes. “A maior parte dos nossos condutores não espeitam as regras e a partir disso a estrada torna-se muito perigosa”. José Martins, Presidente da União de Freguesias do Carregado e Cadafais, há vários anos que luta com o mesmo problema. O autarca lamenta que a Infraestruturas de Portugal não saiba onde fica a região, e só isso explica o facto de terem respondido que “a Nacional 3 ao quilómetro 22, junto ao Cartaxo, não se constituía como perigosa”. O autarca refere que “em Lisboa não devem ter lido bem”. “Calculo que tenha sido uma gralha, pois estamos a falar no quilómetro 2.2 ou 2.1 que será mais ou menos no Casal Pinheiro”, local para onde estão prometidos há vários anos semáforos. Neste caso, José Martins aponta para a perigosidade da estrada entre a BP e os armazéns a caminho do Carregado. Os acidentes naquele troço acontecem com frequência, e isso faz daquele um ponto negro, que as autoridades “teimam” em negar. José Martins salienta que na freguesia também o troço “entre muros” que fica no final na Nacional 1 junto ao cruzamento que liga à Nacional 3 oferece perigosidade. O facto de não existirem passeios, já levou a vários atropelamentos no passado. No entanto considera que neste caso, bastaria à empresa negociar com os proprietários de ambos os lados da estrada algum terreno que permitisse um passeio e mais segurança para as pessoas. Em janeiro de 2017 o Valor Local escrevia que a Infraestruturas de Portugal se preparava para investir cerca de dois milhões de euros no troço entre Azambuja e Carregado na Nacional 3. Trabalhos que seriam desenvolvidos num trajeto de 15 quilómetros e que afetavam cruzamentos e arruamentos laterais à Nacional 3. Estava prevista a reformulação do ilhéu na rotunda da Repsol no Carregado e zonas adjacentes, numa extensão de cerca de 300 metros; a instalação de sistema semafórico no Carregado, o tratamento nas zonas urbanas e a reformulação de vários cruzamentos e entroncamentos ao longo de 15 quilómetros da estrada abrangendo os concelhos de Azambuja e Alenquer, num investimento estimado em 1 milhão de euros. A informação foi prestada ao Valor Local pela entidade em causa. A obra deveria ter começado em 2019. |
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