
Primeiro
site de descontos online em produtos gourmet
Flash Gourmet é um conceito de e-commerce que se encontra online desde finais de Novembro de 2012, dirigido por Nuno Anjos e Andreia Rodrigues. A empresa é de Vila Franca de Xira, e neste primeiro ano de balanço, “a aposta foi na divulgação da plataforma junto do público-alvo”. “Tem sido positivo, já que o crescimento tem vindo a ser sustentado de mês para mês”, afiançam os responsáveis.
O site (www.flashgourmet.pt) apresenta com muita regularidade a possibilidade de compra de vinhos e alguns produtos alimentares selecionados, a preços promocionais que podem ser adquiridos num curto espaço de tempo, sendo à posteriori substituídos por outros do género. “A nossa inspiração foi em empresas norte-americanas. Em Portugal fomos pioneiros, e fomos a primeira plataforma de descontos online de produtos gourmet.”
A maioria dos clientes é de grandes centros urbanos, “e não necessariamente apenas de Lisboa”, referem os responsáveis. “Temos sobretudo encomendas do litoral do país, mas também com alguns focos interessantes em algumas cidades do interior”.
Quanto ao volume de encomendas mensal, respondem que é variável, até porque se encontra sujeito a algumas condicionantes sazonais. Os descontos conseguidos pela equipa do Flash Gourmet é fruto de uma “negociação com vários produtores e fornecedores que permite apresentar grandes descontos (por vezes cerca de metade do preço)”.
80 por cento da oferta relaciona-se com vinhos, mas pontualmente são disponibilizadas “outras categorias gourmet adjacentes tais como queijos, charcutaria, doçaria, chocolates, temperos, cervejas gourmet, acessórios relacionados com o vinho”.
Este Natal, a empresa espera “aumentar o volume de encomendas” até porque existe alguma expectativa sobre como será a solicitação por parte dos consumidores, já que não há ponto de comparação, com o ano passado, uma vez que a empresa surgiu poucas semanas ates da época festiva.
Charlie Catering and Sweets é sucesso no facebook
Há cerca de três anos que Carlota Pina, de Alverca, Vila Franca de Xira, decidiu transportar para um negócio de catering a sua paixão pela cozinha, e assim nasceu o projecto “Charlie Catering and Sweets” que explora sobretudo a mais-valia do facebook na divulgação dos seus serviços. “O resultado tem sido bastante positivo, por isso decidi intensificar a oferta e a diversidade”, conta.
Os seus conhecimentos na arte do Cake Design têm-lhe valido muitas encomendas e o facto de ter escolhido uma rede social para divulgação é uma mais-valia pois, “a velocidade e o número de pessoas que se atinge é enorme!” “Por enquanto trabalho só com o facebook”, refere. Na sua página, podemos verificar que muitos são os bolos de aniversário que confecciona, sobretudo para “caterings low cost para empresas e festas familiares”.
As críticas por parte dos clientes tem sido “bastante positivas”. O “passa palavra” também se tem revelado como uma “excelente ferramenta de marketing”. O objectivo poderá “eventualmente” passar por uma loja física. Este Natal espera repetir o sucesso do ano passado em que o número de pedidos se revelou como “bastante significativo.
Flash Gourmet é um conceito de e-commerce que se encontra online desde finais de Novembro de 2012, dirigido por Nuno Anjos e Andreia Rodrigues. A empresa é de Vila Franca de Xira, e neste primeiro ano de balanço, “a aposta foi na divulgação da plataforma junto do público-alvo”. “Tem sido positivo, já que o crescimento tem vindo a ser sustentado de mês para mês”, afiançam os responsáveis.
O site (www.flashgourmet.pt) apresenta com muita regularidade a possibilidade de compra de vinhos e alguns produtos alimentares selecionados, a preços promocionais que podem ser adquiridos num curto espaço de tempo, sendo à posteriori substituídos por outros do género. “A nossa inspiração foi em empresas norte-americanas. Em Portugal fomos pioneiros, e fomos a primeira plataforma de descontos online de produtos gourmet.”
A maioria dos clientes é de grandes centros urbanos, “e não necessariamente apenas de Lisboa”, referem os responsáveis. “Temos sobretudo encomendas do litoral do país, mas também com alguns focos interessantes em algumas cidades do interior”.
Quanto ao volume de encomendas mensal, respondem que é variável, até porque se encontra sujeito a algumas condicionantes sazonais. Os descontos conseguidos pela equipa do Flash Gourmet é fruto de uma “negociação com vários produtores e fornecedores que permite apresentar grandes descontos (por vezes cerca de metade do preço)”.
80 por cento da oferta relaciona-se com vinhos, mas pontualmente são disponibilizadas “outras categorias gourmet adjacentes tais como queijos, charcutaria, doçaria, chocolates, temperos, cervejas gourmet, acessórios relacionados com o vinho”.
Este Natal, a empresa espera “aumentar o volume de encomendas” até porque existe alguma expectativa sobre como será a solicitação por parte dos consumidores, já que não há ponto de comparação, com o ano passado, uma vez que a empresa surgiu poucas semanas ates da época festiva.
Charlie Catering and Sweets é sucesso no facebook
Há cerca de três anos que Carlota Pina, de Alverca, Vila Franca de Xira, decidiu transportar para um negócio de catering a sua paixão pela cozinha, e assim nasceu o projecto “Charlie Catering and Sweets” que explora sobretudo a mais-valia do facebook na divulgação dos seus serviços. “O resultado tem sido bastante positivo, por isso decidi intensificar a oferta e a diversidade”, conta.
Os seus conhecimentos na arte do Cake Design têm-lhe valido muitas encomendas e o facto de ter escolhido uma rede social para divulgação é uma mais-valia pois, “a velocidade e o número de pessoas que se atinge é enorme!” “Por enquanto trabalho só com o facebook”, refere. Na sua página, podemos verificar que muitos são os bolos de aniversário que confecciona, sobretudo para “caterings low cost para empresas e festas familiares”.
As críticas por parte dos clientes tem sido “bastante positivas”. O “passa palavra” também se tem revelado como uma “excelente ferramenta de marketing”. O objectivo poderá “eventualmente” passar por uma loja física. Este Natal espera repetir o sucesso do ano passado em que o número de pedidos se revelou como “bastante significativo.

“Dreams on Wheels” para quem deseja viajar de forma económica
O gosto pelas viagens esteve na origem da aquisição de uma autocaravana daí até à ideia da sua rentabilização através do aluguer não demorou muito. Ana Couceiro, de Azambuja, comprou a autocaravana há alguns anos atrás e procedeu à sua remodelação total. A mesma dá para seis pessoas e alguns investimentos foram efectuados no transporte, sobretudo com recurso ao seu aluguer. O conceito chama-se “Dreams on Wheels” e começou há cerca de dois anos.
“Alguns amigos falavam comigo e pediam-me a caravana emprestada, através do passa-palavra chegámos à parte de começarmos a alugar a autocaravana, decidimos publicitar o negócio apenas no facebook, e com bons resultados”, dá conta.
Já tem tido alguns dissabores com alguns clientes que não tomaram as devidas cautelas na passagem por alguns locais, como parques de estacionamento, mas regra geral a experiência tem-se revelado positiva. – “Esteve alugada durante todo o Verão, até já o fizemos com uma irlandesa que andou com a autocaravana pelo país”. Despedidas de solteiros e passagem de ano são também ocasiões em que o serviço é especialmente requisitado, bem como no Carnaval e Páscoa.
Na época baixa, o preço de aluguer deste transporte para quem deseje partir à aventura, é de 50 euros, e na época alta (de Junho a Setembro) – 65 euros. É assinado um termo de responsabilidade, “que funciona legalmente”. A maioria dos clientes é de Azambuja, de Lisboa, e também espanhóis, já que conhece alguns cidadãos daquela nacionalidade.
A nível de poupança, exemplifica que no caso de uma família de quatro pessoas que requisite este serviço consegue gastar muito menos. Já pensou em adquirir mais uma caravana para expandir o negócio, mas decidiu não avançar devido a outros compromissos profissionais, mas deixa o repto – “Quem quiser avançar para uma ideia destas poderá ter sucesso. Tenho uns amigos que já têm duas do tipo pão de forma, mas que querem ir até seis, e estão a ser bem-sucedidos”.
O gosto pelas viagens esteve na origem da aquisição de uma autocaravana daí até à ideia da sua rentabilização através do aluguer não demorou muito. Ana Couceiro, de Azambuja, comprou a autocaravana há alguns anos atrás e procedeu à sua remodelação total. A mesma dá para seis pessoas e alguns investimentos foram efectuados no transporte, sobretudo com recurso ao seu aluguer. O conceito chama-se “Dreams on Wheels” e começou há cerca de dois anos.
“Alguns amigos falavam comigo e pediam-me a caravana emprestada, através do passa-palavra chegámos à parte de começarmos a alugar a autocaravana, decidimos publicitar o negócio apenas no facebook, e com bons resultados”, dá conta.
Já tem tido alguns dissabores com alguns clientes que não tomaram as devidas cautelas na passagem por alguns locais, como parques de estacionamento, mas regra geral a experiência tem-se revelado positiva. – “Esteve alugada durante todo o Verão, até já o fizemos com uma irlandesa que andou com a autocaravana pelo país”. Despedidas de solteiros e passagem de ano são também ocasiões em que o serviço é especialmente requisitado, bem como no Carnaval e Páscoa.
Na época baixa, o preço de aluguer deste transporte para quem deseje partir à aventura, é de 50 euros, e na época alta (de Junho a Setembro) – 65 euros. É assinado um termo de responsabilidade, “que funciona legalmente”. A maioria dos clientes é de Azambuja, de Lisboa, e também espanhóis, já que conhece alguns cidadãos daquela nacionalidade.
A nível de poupança, exemplifica que no caso de uma família de quatro pessoas que requisite este serviço consegue gastar muito menos. Já pensou em adquirir mais uma caravana para expandir o negócio, mas decidiu não avançar devido a outros compromissos profissionais, mas deixa o repto – “Quem quiser avançar para uma ideia destas poderá ter sucesso. Tenho uns amigos que já têm duas do tipo pão de forma, mas que querem ir até seis, e estão a ser bem-sucedidos”.

“InPulso” com bijuteria personalizada
O gosto pela bijuteria e pelo artesanato nasceram consigo, e depois de alguma experiência decidiu criar a “InPulso” com página no facebook e em www.inpulso.pt. Formada em Design Gráfico e Multimédia, Ana Aniceto, de Azambuja, mantem a bijuteria como uma espécie de hobby mas com algumas ambições. Para já, não se queixa do volume de encomendas, mas salienta que também não pode exigir mais, pois não se dedica a 100 por cento à divulgação da “InPulso”, dado que mantem uma actividade profissional paralela. O conceito da “InPulso” iniciou-se em Setembro deste ano.
A divulgação e a tentativa de fazer algo diferente, bem como, um atendimento mais personalizado são as técnicas que encontra para tornar-se bem-sucedida neste ramo, dada a explosão de lojas e negócios online relacionados com o mundo da bijuteria. “Tento personalizar cada peça ao máximo, com possibilidade de escolha de cores, acabamentos, por parte das clientes”.
“Ao fim de semana quando tenho mais tempo livre tento criar novas peças, até porque este trabalho depende muito da criatividade”, refere. Cada pulseira ronda os quatro euros.
Já recebeu algumas encomendas tendo em vista a época das prendas de Natal, e reconhece a importância, sobretudo, das redes sociais para chegar mais perto das possíveis clientes. A ambição passa também por abrir um atelier, “não apenas na área da bijuteria mas também com uma componente de artesanato”.
O gosto pela bijuteria e pelo artesanato nasceram consigo, e depois de alguma experiência decidiu criar a “InPulso” com página no facebook e em www.inpulso.pt. Formada em Design Gráfico e Multimédia, Ana Aniceto, de Azambuja, mantem a bijuteria como uma espécie de hobby mas com algumas ambições. Para já, não se queixa do volume de encomendas, mas salienta que também não pode exigir mais, pois não se dedica a 100 por cento à divulgação da “InPulso”, dado que mantem uma actividade profissional paralela. O conceito da “InPulso” iniciou-se em Setembro deste ano.
A divulgação e a tentativa de fazer algo diferente, bem como, um atendimento mais personalizado são as técnicas que encontra para tornar-se bem-sucedida neste ramo, dada a explosão de lojas e negócios online relacionados com o mundo da bijuteria. “Tento personalizar cada peça ao máximo, com possibilidade de escolha de cores, acabamentos, por parte das clientes”.
“Ao fim de semana quando tenho mais tempo livre tento criar novas peças, até porque este trabalho depende muito da criatividade”, refere. Cada pulseira ronda os quatro euros.
Já recebeu algumas encomendas tendo em vista a época das prendas de Natal, e reconhece a importância, sobretudo, das redes sociais para chegar mais perto das possíveis clientes. A ambição passa também por abrir um atelier, “não apenas na área da bijuteria mas também com uma componente de artesanato”.

“Mimices” com 30 encomendas por semana
“Mimices” é um dos projectos mais conhecidos na área que diz respeito à confecção de peças de roupa com bordados e outros apliques, sempre artesanais, sobretudo direcionadas para os mais pequenos e senhoras (www.mimices.com). Débora Teixeira que conta já com uma apreciável carteira de clientes de todo o país e até do estrangeiro teve a ideia tendo em conta que não conseguia encontrar trabalho na sua área (Ciências da Nutrição) sem ser a recibos verdes,
Em sua casa montou um verdadeiro atelier. Recorda que nunca teve gosto por aprender a costurar, embora a sua mãe seja modista. Apenas em 2010 quando recebeu uma máquina de costura se iniciou na confecção das peças. Hoje são às centenas, as pequenas peças delicadas que enchem o seu atelier. “Há muita gente a querer aprender. E cada vez mais quem se interesse por este tipo de trabalho artesanal”, dá conta. Desde Agosto, que a sua mãe também a ajuda na confecção das peças, pois já não tinha mãos a medir.
Através do facebook, recebe a maioria das encomendas. Normalmente, quem procura os seus serviços escolhe um tecido, e refere como pretende a peça.
Por mês, diz que consegue cerca de 30 encomendas por semana. E neste Natal, refere que muita gente já procurou a “Mimices” para dar um mimo aos amigos e familiares, em forma de uma peça de roupa.
“Mimices” é um dos projectos mais conhecidos na área que diz respeito à confecção de peças de roupa com bordados e outros apliques, sempre artesanais, sobretudo direcionadas para os mais pequenos e senhoras (www.mimices.com). Débora Teixeira que conta já com uma apreciável carteira de clientes de todo o país e até do estrangeiro teve a ideia tendo em conta que não conseguia encontrar trabalho na sua área (Ciências da Nutrição) sem ser a recibos verdes,
Em sua casa montou um verdadeiro atelier. Recorda que nunca teve gosto por aprender a costurar, embora a sua mãe seja modista. Apenas em 2010 quando recebeu uma máquina de costura se iniciou na confecção das peças. Hoje são às centenas, as pequenas peças delicadas que enchem o seu atelier. “Há muita gente a querer aprender. E cada vez mais quem se interesse por este tipo de trabalho artesanal”, dá conta. Desde Agosto, que a sua mãe também a ajuda na confecção das peças, pois já não tinha mãos a medir.
Através do facebook, recebe a maioria das encomendas. Normalmente, quem procura os seus serviços escolhe um tecido, e refere como pretende a peça.
Por mês, diz que consegue cerca de 30 encomendas por semana. E neste Natal, refere que muita gente já procurou a “Mimices” para dar um mimo aos amigos e familiares, em forma de uma peça de roupa.
E já que é Natal, fazemos agora o inverso e vamos conhecer as expectativas de duas lojas características em Azambuja e Alenquer.
“Aguarela” lembra anos de maiores vendas
A papelaria Aguarela existe desde a década de 80, no largo do Rossio, em Azambuja, e o movimento de clientes na altura do Natal, nos primeiros anos, era “incomparavelmente maior”, nas palavras de Gabriel Cardoso, proprietário. Os brinquedos eram os mais apetecidos para as prendas. “Bonecas parecidas com a Barbie e nenucos”, recorda-se. Antes da chegada dos brinquedos, havia quem os encomendasse previamente.
“Naquela altura vendia-se tudo. Também vendia muitos livros, havia mais fome de leitura, quer nos adultos, quer nas crianças, especialmente os da colecção ‘Saber’”.
A partir da entrada do euro, assistiu-se a uma “quebrazinha”, “mas a pior queda deu-se desde 2004; e desde aí tem vindo a piorar”, relembra. “Ainda consigo vender alguns livros, mas a nível dos brinquedos as vendas têm estado mais paradas. Embora os mais educativos ainda tenham alguma saída.”
“Antigamente, os miúdos sentavam-se aqui nos banquinhos a ler livros, era muito diferente” e aponta para alguns que ainda conserva. “Por vezes, converso com algumas dessas crianças que hoje são adultos”.
Na “Casa do Bacalhau” não entra pescado da Noruega
No mercado municipal de Alenquer, a Casa do Bacalhau é já um ponto de referência quando toca a comprar o fiel amigo para a ceia de Natal e não só. Francisco Cabido sente-se satisfeito de vender apenas o bacalhau legítimo, e não “outras imitações que proliferam no mercado, principalmente nalguns supermercados”. Isto porque os seus bacalhaus passaram por nove meses de cura, enquanto os outros, por vezes, quatro dias, o que atesta bem da qualidade do pescado que cada um vai adquirir.
“Há 56 anos que vendo bacalhau verdadeiro, proveniente da Islândia, Terra Nova, e Ilhas Faroé, aqui não entra bacalhau da Noruega”. E fornece a explicação – “O bacalhau que é vendido como sendo da Noruega, vem da Rússia, onde é congelado como a pescada. A história de que andamos a comer bacalhau da Noruega dava para fazer uma festa”, ri-se, dando a entender que o consumidor português anda a ser enganado.
De acordo com as suas palavras, há bacalhau graúdo com aspecto de ter sido feito em três dias (quando deve demorar sete semanas) “a quatro euros e tal. Isto não tem explicação, porque com esse preço não se paga nem as redes para se apanhar o peixe, que regra geral, nessas superfícies está cheio de água quando demolhado. Não aumentando de volume mais do que 8/12, quando aquele que vendo aumenta até 28 por cento.” No seu caso, o graúdo Islândia, é vendido a 9 euros e 85 cêntimos – “e por isso sai mais barato do que o outro, pois aumenta mais o seu volume na água”.
Por isso quem lhe compra o bacalhau “não volta a regressar aos outros locais, onde o bacalhau é de qualidade inferior”.
Em época de Natal, as vendas de bacalhau aumentam, no resto do ano, “as vendas também correm bem”.
Sílvia Agostinho
Reportagem destaque edição Dezembro de 2013
“Aguarela” lembra anos de maiores vendas
A papelaria Aguarela existe desde a década de 80, no largo do Rossio, em Azambuja, e o movimento de clientes na altura do Natal, nos primeiros anos, era “incomparavelmente maior”, nas palavras de Gabriel Cardoso, proprietário. Os brinquedos eram os mais apetecidos para as prendas. “Bonecas parecidas com a Barbie e nenucos”, recorda-se. Antes da chegada dos brinquedos, havia quem os encomendasse previamente.
“Naquela altura vendia-se tudo. Também vendia muitos livros, havia mais fome de leitura, quer nos adultos, quer nas crianças, especialmente os da colecção ‘Saber’”.
A partir da entrada do euro, assistiu-se a uma “quebrazinha”, “mas a pior queda deu-se desde 2004; e desde aí tem vindo a piorar”, relembra. “Ainda consigo vender alguns livros, mas a nível dos brinquedos as vendas têm estado mais paradas. Embora os mais educativos ainda tenham alguma saída.”
“Antigamente, os miúdos sentavam-se aqui nos banquinhos a ler livros, era muito diferente” e aponta para alguns que ainda conserva. “Por vezes, converso com algumas dessas crianças que hoje são adultos”.
Na “Casa do Bacalhau” não entra pescado da Noruega
No mercado municipal de Alenquer, a Casa do Bacalhau é já um ponto de referência quando toca a comprar o fiel amigo para a ceia de Natal e não só. Francisco Cabido sente-se satisfeito de vender apenas o bacalhau legítimo, e não “outras imitações que proliferam no mercado, principalmente nalguns supermercados”. Isto porque os seus bacalhaus passaram por nove meses de cura, enquanto os outros, por vezes, quatro dias, o que atesta bem da qualidade do pescado que cada um vai adquirir.
“Há 56 anos que vendo bacalhau verdadeiro, proveniente da Islândia, Terra Nova, e Ilhas Faroé, aqui não entra bacalhau da Noruega”. E fornece a explicação – “O bacalhau que é vendido como sendo da Noruega, vem da Rússia, onde é congelado como a pescada. A história de que andamos a comer bacalhau da Noruega dava para fazer uma festa”, ri-se, dando a entender que o consumidor português anda a ser enganado.
De acordo com as suas palavras, há bacalhau graúdo com aspecto de ter sido feito em três dias (quando deve demorar sete semanas) “a quatro euros e tal. Isto não tem explicação, porque com esse preço não se paga nem as redes para se apanhar o peixe, que regra geral, nessas superfícies está cheio de água quando demolhado. Não aumentando de volume mais do que 8/12, quando aquele que vendo aumenta até 28 por cento.” No seu caso, o graúdo Islândia, é vendido a 9 euros e 85 cêntimos – “e por isso sai mais barato do que o outro, pois aumenta mais o seu volume na água”.
Por isso quem lhe compra o bacalhau “não volta a regressar aos outros locais, onde o bacalhau é de qualidade inferior”.
Em época de Natal, as vendas de bacalhau aumentam, no resto do ano, “as vendas também correm bem”.
Sílvia Agostinho
Reportagem destaque edição Dezembro de 2013