Opinião João Santos
"(Info)Inclusão coletiva" "Como as inovações na Sociedade Digital contribuem para mundo em transição incessante e ininterrupta, as habilidades e competências não podem ser estáticas"
|19 Out 2021 16:35
A “Sociedade Digital” veio alterar substancialmente o acesso ao conhecimento e a forma como o mesmo é produzido. A sociedade é cada vez mais multissetorial e especializada, constituindo um “ambiente” em que as áreas do conhecimento, tradicionalmente consideradas, se vão descaracterizando de dia para dia e as atividades e a aprendizagem dependem cada vez mais do Indivíduo e da sua proatividade.
Neste contexto, é indiscutível que as inovações na Sociedade Digital estão diretamente relacionadas com a transformação tecnológica que tem causado alterações substantivas em praticamente todas as atividades. Nestas inovações, é possível destacar as chamadas “APP” (aplicativos informáticos) que permitem cada vez mais conectividade e interatividade. Em função deste novo paradigma, as pessoas necessitam de competências que lhes permitam viver e trabalhar numa sociedade sem fronteiras. Só com esta aquisição de competências é possível contrariar as possibilidades, reais, de fragmentação social excessiva, de segregação e de penalização cognitiva para as franjas infoexcluídas da sociedade. É fundamental dotar as pessoas de competências que lhes permitam ser muito mais autónomas no processo de aprendizagem, que deverá ser cada vez mais “autorregulado”. Como as inovações na Sociedade Digital contribuem para um mundo em transição incessante e ininterrupta, as habilidades e competências não podem ser estáticas. O surgimento desta nova dimensão intelectual-digital pode afetar negativamente os seres humanos menos preparados e até contribuir para a sua exclusão social. Se um indivíduo não tiver a capacidade de compreender a tecnologia e a forma como a informação é produzida e circula no presente, isolar-se-á gradualmente de uma realidade que considera complexa e muito intrincada. Na verdade, a realidade tecnológica da atualidade ainda não diferencia os utilizadores. Há um processo em curso, mas ainda muito longe do quadro desejado. Por isso, um cidadão: que não consiga, de forma racional, aceder à imensa informação disponível na atualidade; que não consiga extrair valor do colossal volume de dados à disposição: que não consiga processar a tecnologia existente; e que não consiga compreender a intensa e ininterrupta transformação digital da realidade do século XXI, é um cidadão (info)”excluído”. Este é um problema sério, numa realidade em que a noção de tempo se altera sistematicamente, em que tudo se transforma rapidamente e em que tudo se reinventa, literalmente, a cada momento. As metodologias tradicionais, que nos acompanham há séculos, vão estando cada vez mais desvanecidas, em detrimento de outras ajustadas à contemporaneidade tecnológica dos tempos. Estas novas metodologias assentam em alguns denominadores em comum: partilha; abertura; e intermediação digital à escala global. Por isso, o atual paradigma exige que o indivíduo e a sociedade sejam reeducados a cada instante. Para atingir esse objetivo, a inovação digital deve assumir cada vez maior preponderância, proporcionando ferramentas que facilitem a (info)inclusão coletiva. Para acompanhar esta necessidade, a sociedade em geral e os contextos profissionais em particular devem considerar, a cada momento, a melhor estratégia para incorporar eficazmente a intensa transformação digital e incentivar a inclusão de todas as pessoas no processo. Comentários Artigo bem escrito e que me diz que o João está uns anos acima do normal ,com 72 anos passei por tudo o que é focado no artigo fui o primeiro desenhador a ter um computador aprender o Autocado ,hoje quem não seguir as novas tecnologias e não estiver atento começa a ficar nas covas,como eu vou ficando mas ainda vou lendo estes artigos do meu craque João Santos para não me perder na solidão.Abraço. Francisco Tomás 20-10-2021 às 17:44 |
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