Oposição queria consulta pública ao projeto ribeirinho para Alverca e Sobralinho
Alberto Mesquita, presidente da Câmara, alegou que esta obra estava inscrita no programa eleitoral e que não vai abrir uma exceção
|12 Mar 2021 12:03
Sílvia Agostinho A oposição Bloco de Esquerda e CDU, na Câmara de Vila Franca de Xira, entendem que faria sentido que o novo parque ribeirinho de Alverca/Sobralinho fosse sujeito a consulta pública, para assim os cidadãos se pronunciarem sobre o projeto e dessem as suas ideias.
O presidente da Câmara de Vila Franca, Alberto Mesquita, alegou que esta obra estava inscrita no programa eleitoral e que não vai abrir uma exceção e com isso atrasar a sua construção que, recorde-se, está prevista para este ano, com o objetivo de se unir toda a margem norte do concelho até ao Parque das Nações. Está é uma intervenção que está orçada em cerca 8,9 milhões de euros, no entanto Alberto Mesquita, ao Valor Local, em julho do ano passado aquando da apresentação da obra referiu que poderia não existir fundos comunitários disponíveis para comparticipar a mesma e que teria de ser a Câmara a fazer face a essa circunstância e avançar assim com o financiamento. Carlos Patrão, vereador do Bloco de Esquerda, quis saber qual o valor do investimento que será aplicado na aquisição de parte dos terrenos. Em causa está também a criação de uma pequena praia fluvial, numa zona de sapal, recuperando a anterior Praia dos Tesos, que terá tendência a “artificializar” o local, segundo o autarca. “No mesmo local temos uma zona industrial devoluta que poderia ser utilizada para espaço de lazer e reabilitar aquela área”, e sugeriu a ideia de uma consulta pública junto da população. Nuno Libório da CDU sublinhou que o principal é que a “a população de Alverca e Sobralinho tenha direito à sua área de lazer com ligação ao Tejo o quanto antes”, tendo em conta que já existiu um abaixo-assinado neste sentido. Contudo expressou que há questões de ordem ambiental que não podem ser descuradas e que devem fazer parte de um projeto mais vasto. Mesquita voltou a sublinhar que os demais parques lineares também não foram considerados para discussão pública e não está na disponibilidade de atrasar o processo que esteve disponível para ser consultado. “Assinámos o protocolo das alterações climáticas e agora fizemos determinadas opções para quele espaço que não fazem sentido”, referiu Carlos Patrão. Libório acrescentou – “Um processo de discussão publica não colocaria em causa este projeto”. O presidente da Câmara retorquiu alegando que as entidades públicas chamadas a dar o seu parecer não apresentaram resistências de maior. “Não se pode atrasar mais este projeto, e se não conseguirmos avançar com fundos da União Europeia recorreremos a empréstimo bancário porque temos capacidade de endividamento. Este processo vai avançar com todas as cautelas e preocupações expressas”. |
|
Leia também
Militares da GNR fazem de psicólogos de idosos isolados do concelho de AlenquerEm tempo de pandemia, têm sido estes homens e mulheres, por vezes, um dos poucos pontos de contacto das pessoas que vivem sozinhas
|
História de uma tempestade perfeita onde tudo "correu mal". Passados dois meses do surto que afetou 129 trabalhadores, ouvimos a história na primeira pessoa
|
As vozes e os programas da Rádio que se Ouve em todo o Lado. Associada ao Jornal Valor Local pretende preencher uma lacuna após o desaparecimento, nos últimos anos, de várias estações em FM na nossa região
|
Vertical Divider
|
Notícias Mais Populares
Jorge Lopes: “Por este andar vamos ficar conhecidos como o concelho que acabou todo tapado por painéis fotovoltaicos Mulher do presidente da Junta do Carregado está livre de perigo Faleceu Joaquim Ramos, antigo presidente da Câmara de Azambuja Câmara de Alenquer não conseguiu reaver vários computadores emprestados na primeira fase da pandemia Silvino Lúcio recupera e regressa ao trabalho ainda esta semana |