Portuguesa que procurou clínica das células dendríticas
Fátima Simões venceu o cancro Foram necessários cinco tratamentos, durante seis meses, na Alemanha para ficar livre da doença
Sílvia Agostinho
07-07-2016 às 11:31 Em novembro de 2013, o nosso jornal publicava uma reportagem com doentes com cancro da nossa região que procuravam uma cura na Alemanha, em Dunderstadt, através de transplantes de células dendríticas. Passados dois anos e meio fomos ao encontro de alguns desses protagonistas, como é o caso de Fátima Simões, que encarava um liposarcoma já desde 2007, um tumor maligno que se instalou primeiro numa perna, e chegou depois aos rins e ao pâncreas.
Foram necessários cinco tratamentos, durante seis meses, na Alemanha para ficar livre da doença. Embora dito assim pareça fácil, foram muitos anos a lutar contra a doença, pelo menos desde 2007 que lhe apareceram os primeiros sintomas. Hoje Fátima Simões, residente em Ribafria, concelho de Alenquer, gere um restaurante em Arruda dos Vinhos. Ainda se está a restabelecer, e apesar de a doença ter entrado em remissão total trouxe-lhe a diabetes e algumas outras complicações de saúde, mas nada comparadas com o que ficou para trás. “Continuo a fazer exames com regularidade, a minha médica disse-me que não há probabilidades de voltar a recidivar, embora tenha dificuldade em aceitar que foi o tratamento na Alemanha que me curou”, refere sintetizando – “Oxalá que seja verdade, porque fiquei contente com a minha ida lá. Hoje sinto-me bem”. Chegou a experimentar quimioterapia em 2007 e 2009 mas sem resultados. Para conseguir pagar os tratamentos na clínica alemã à qual também acorriam muitos portugueses, na altura em que lá esteve, teve de desembolsar no total 30 mil euros, para isso contou com a boa vontade de amigos e vizinhos que organizaram alguns eventos de angariação das verbas necessárias, assim como, do seu padrinho que diz ter tido uma importância fundamental pois suportou uma boa parte dos custos. “ Se não fosse o meu padrinho não conseguiria pagar os tratamentos”. “Com os eventos e com as caixinhas que depositei no comércio de Alenquer, apenas pude pagar o alojamento, porque tinha de ficar hospedada de cada vez que me deslocava”, acrescenta. Hoje confessa que tenta levar a vida da forma mais normal e não pensar muito no que lhe aconteceu. “Para mim estar ocupada é o principal”, confessa não esquecendo a solidariedade de todos os que ajudaram neste caminho. “Espero nunca mais ter esta experiência. Foi duro descobrir que tinha a doença que depois foi atingindo outros órgãos, e ter ficado sem parte de pâncreas. Fiquei muito assustada até porque quando dizem que o tumor atinge o pâncreas poucos conseguem sobreviver, mas no meu caso consegui.” Entre as principais sequelas está a diabetes, “e a catrefada de comprimidos que tenho de tomar todos os dias, mas o pior já lá vai”.
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