Proprietário do Café Versátil pede desculpa aos vizinhos pelo excesso de ruído
Ouvido pelo Valor Local, João Simões diz que estava convicto que a licença passada pela Câmara abrangia o interior do café a a esplanada
|07 Fev 2023 21:00
Miguel António Rodrigues O proprietário do Café Versátil pede desculpa aos moradores da zona onde o café se encontra pelo desconforto causado pelo ruído. Em declarações ao Valor Local, João Simões, salienta o seu desconhecimento relativamente ao horário da licença especial de ruído passada pela Câmara de Azambuja.
Na verdade, João Simões, gerente do espaço nos últimos meses, limitou-se a continuar aquilo que vinha da gerência anterior, até porque a licença especial de ruído não mencionava que era para uso exclusivo dentro de casa e não se aplicava à esplanada, segundo alega. Esta omissão no documento passado pelo município, já foi corrigido pela vereadora com o pelouro, Mara Oliveira, que garantiu à nossa reportagem que as licenças continuarão a ser passadas para os estabelecimentos que reúnam as condições, mas para dentro de portas. João Simões lamenta toda a situação e vinca estar agora à procura de um espaço “como uma associação para fazer alguns eventos e festas”, já que se constituem como uma parte significativa do negócio deste café. Aliás João Simões, refere mesmo não querer incorrer em erros de comunicação com os vizinhos, daí ter optado por falar com o nosso jornal, que não o conseguiu contatar nos dias anteriores à notícia que saiu na edição impressa. Ao Valor Local, o proprietário diz que até à saída da notícia, tinha a noção de estar dentro da legalidade, no entanto foi “traído” pela omissão na licença, bem como a própria GNR que sempre se escudou na mesma, sem nunca consultar a lei geral do ruído, como aliás foi sugerido por alguns vizinhos através das várias participações e queixas sobre aquele café. Neste processo, a GNR que respondeu tardiamente ao nosso jornal, nunca deu ouvidos aos moradores, limitando-se a olhar para um documento que não mencionava se era para dentro ou para fora do estabelecimento. Aliás, o próprio proprietário, diz mesmo ao Valor Local que a GNR terá assegurado que a licença se aplicava a ambos os espaços, referindo ainda que a esplanada poderia funcionar até às duas da manhã, horário do estabelecimento dentro de portas. O Valor Local sabe que a autarquia recebeu, nos últimos dias, mais um pedido de licença especial de ruído, no entanto quando referiu ao proprietário que seria para dentro de portas, este terá optado por não realizar o evento para o qual se preparava. Tem sido uma preocupação dos moradores, o excesso de clientes que se acumulam à porta do café em noites de festa e não só. No entanto esta parece ser uma preocupação que não é partilhada pela GNR que desvalorizou o assunto. O estabelecimento fica numa curva, junto a uma estrada de acesso à zona histórica, com algum trânsito. Frequentemente os automobilistas queixam-se de dificuldades quando passam junto ao estabelecimento, dado o volume de pessoas que ali permanecem. Ora quanto a isto o proprietário diz não ter qualquer responsabilidade, já que é fora do estabelecimento. No entanto, pediu desculpa a uma leitora do Valor Local que teve dificuldades em passar na noite de dia 14, relatando momentos de pânico, quando um indivíduo, visivelmente alcoolizado, se sentou no capô do seu carro em andamento. João Simões, sustenta que vai sensibilizar os clientes, para desocupar a estrada, com vista a melhorar a segurança do local. Quanto à esplanada no Largo da Câmara, esta tem estado a trabalhar sem licença. A licença, segundo Joao Simões, só chegou depois da notícia do Valor Local. De realçar que o café que é paredes meias com a Praça do Município, onde, ao longo do ano são promovidos diversos espetáculos das coletividades de Azambuja, é determinado pelo município, ao abrigo da Lei Geral do Ruído, que devem cessar às 23h00. |
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