PS de Arruda indignado com deputada Filipa Roseta do PSD
Para a eleita pelo distrito de Lisboa, o concelho em causa está estranhamente a ser beneficiado pelo Governo
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| 18 Dez 2020 19:06
atualizada 21 Dez 15:48 Sílvia Agostinho A deputado do PSD, eleita pelo círculo de Lisboa, Filipa Roseta mostrou o seu espanto (ver vídeo abaixo) por Arruda dos Vinhos ter sido a primeira autarquia do país a ser contemplada com o Programa de Apoio ao Acesso à Habitação 1º Direito. Neste concelho, está em causa a requalificação de 15 fogos e a construção de outros 15 numa das principais entradas da vila e sede de concelho no Bairro João de Deus apoiadas pelo Estado, e anunciadas em 2019 cujas obras estão a decorrer. A deputada estranhou esta escolha tendo em conta que considera que há localidades mais carenciadas deste tipo de apostas do Governo socialista, tratando-se no seu entender de um investimento circunscrito, e numa altura em que já decorreram dois anos do anúncio do programa, em que se conseguiu executar somente 8 por cento do mesmo.
Em resposta o Partido Socialista de Arruda dos Vinhos repudia as declarações de Filipa Roseta, lembrando que a deputada que foi cabeça de lista pelo círculo de Lisboa, nas últimas legislativas, esteve em campanha eleitoral em Arruda dos Vinhos a "pedir o voto dos arrudenses". Os socialistas de Arruda acusam a deputada de usar da ironia e de desprezar os arrudenses. A concelhia rosa termina dizendo que a Câmara PS de Arruda vai querer continuar a ser das primeiras do país a captar este tipo de investimentos e apoios do Governo, mesmo que "isso signifique ser motivo de chacota" por parte do PSD. Ao Valor Local, e já depois da publicação deste artigo, Roseta diz não entender "esta prioridade num país onde ainda há concelhos com centenas de pessoas a viver sem água, sem esgotos, sem eletricidade ou, nas zonas frias, com construções de tal modo precárias que os mais velhos literalmente morrem de frio", e prossegue: "Não acredito que este edifício de habitação social seja a resposta para Arruda. Os arrudenses precisam de reabilitação urbana e de estratégias para captar emprego, seja através de incentivos para fixar empresas, seja através da implantação de novas instituições públicas em Arruda. Arruda precisa de muito mais que um bloco de habitação social. Assim, apelo aos arrudenses que nas próximas autárquicas pensem nisto: querem estratégias de reabilitação urbana para o século XXI ou preferem ficar-se por blocos de habitação social à entrada da vila? ", remetendo para a sua intervenção na íntegra no Parlamento sobre este assunto. Em 2019, Governo afirmava ter disponíveis 700 milhões de euros para dar condições dignas de habitação a todos os portugueses até 2024 através do Programa 1º Direito, dirigido às famílias mais carenciadas e sem alternativas habitacionais. Passados dois anos, apenas oito por cento do que estava previsto aplicar neste programa foi para a frente. O próprio Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana reconhece que a execução física e financeira “é ainda pouco expressiva”. Em outubro último era noticiado no âmbito do primeiro relatório de execução do 1.º Direito, entregue na Assembleia da República, que a adesão registada permitiu “identificar, até agora, mais de 25 mil situações de carência habitacional. 173 municípios e uma região autónoma já aderiram a este programa e aguardam por resultados práticos. Em Arruda o investimento no bairro João de Deus foi de 1,8 milhões de euros. A requalificação deverá estar terminada no ano que vem.
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Comentários Tinha dúvidas sobre quem era, Quando investiguei fiquei envergonhado. Filha dos ROSETAS. o QUE É BOM, É IR PARA LISBOA. Ludgero Lamas 3/03, 14:34 |
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