PSD acusa Câmara de Alenquer de lucrar com refeições escolaresO ministério da Educação estabelece o preço de 1,46 euros por cada refeição escolar, mas a autarquia através de concurso público conseguiu fechar contrato com uma empresa de restauração por 1,24 euros
Sílvia Agostinho
10-12-2018 às 12:13 O vereador da oposição, PSD, Frederico Rogeiro questionou na última reunião de Câmara de Alenquer acerca do diferencial que a Câmara lucrará com o facto de o ministério da Educação estabelecer o preço de 1,46 euros por cada refeição escolar, mas a autarquia através de concurso público ter conseguido fechar contrato com uma empresa de restauração por 1,24 euros. Segundo o autarca, haverá aqui um acréscimo de 22 cêntimos que está a ser pago por todos os encarregados de educação, “mas que não deveria ser assim”.
O vereador com o pelouro da Educação, Rui Costa, esclareceu que tal se deve à lei da concorrência. O facto de a autarquia ter conseguido um preço mais baixo deve-se à circunstância de “estar próxima de Lisboa e possuir boas vias de comunicação”, o que funcionará como um atrativo para as empresas do ramo das refeições escolares. Contudo, elucidou que as verbas ditas remanescentes servem para fazer face a outro tipo de despesas como equipamentos, energia, água, funcionários. “No fundo, o Estado acaba por dar esse adicional para se suportar esse tipo de despesas”. “O valor é decretado por despacho ministerial, e cobrado de forma uniforme para todo o país”, acrescentou Rui Costa. O autarca referiu que com muita frequência há queixas acerca da alimentação nas escolas mas também críticas positivas. “É difícil agradar a todos porque tão depressa os encarregados de educação pedem peixe mas depois queixam-se das espinhas. Temos uma nutricionista a acompanhar as ementas e a qualidade do que é servido. Tentamos disponibilizar a carne da forma que é mais fácil de comer por uma criança, normalmente, às tirinhas, e supervisionar a qualidade dos cremes e das sopas”, descreveu, acrescentando, ainda, que as escolas do concelho fornecem ainda resposta a cerca de 100 crianças com intolerâncias alimentares. “Há quem diga que estaria disposto a pagar mais para ter mais qualidade, mas nem sempre as coisas são assim tão lineares. Já nos foram apresentadas refeições, cujo prato rondaria os 90 cêntimos, e outras os 2,50 e a diferença nem sempre é tão grande quanto isso”. Frederico Rogeiro concluiu do lado do PSD que mesmo assim “seria mais coerente a Câmara devolver o dinheiro às famílias, até porque desta forma está em contradição com a medida de apoio aos agregados familiares na baixa do IMI. O vereador fez as contas e por cada educando, o encarregado de educação estará a pagar mais 48 euros e meio por ano.
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