Um grupo de 14 pessoas na cidade do Cartaxo uniu-se em torno de um ideal: alimentar os mais desfavorecidos através das sobras dos restaurantes, cafés, cantinas de escolas, entre outras instituições. O projeto chama-se Cartaxo Refood, e tem sido um sucesso em outras localidades do país estando também presente no estrangeiro. A ideia partiu de um americano a viver em Lisboa em 2011. O estado de espírito entre o grupo do Cartaxo é de grande expetativa e de muita vontade de arregaçar as mangas. “Estamos empolgadíssimos”, referem os quatro elementos com quem falámos.
“Este é um projeto que traz ao de cima o nosso lado voluntário, e quando no nosso dia-a-dia nos deparamos com casos de pessoas que têm necessidade de comer, vemos que faz todo o sentido implementar este projeto”, refere Ana Andrade deste grupo pioneiro, e não tem dúvidas de que “há gente a passar fome no Cartaxo”, embora seja difícil de acreditar em tal. O grupo já se deu a conhecer junto da Segurança Social e de outras entidades que fazem há mais tempo serviço de voluntariado no âmbito dos mais desfavorecidos. O Cartaxo Refood pretende trabalhar em rede com os demais interlocutores, nomeadamente, Cruz Vermelha e Conferência São Vicente de Paulo.
Uma vez no terreno, dado que este grupo ainda se encontra em fase de formalização de todo o processo, procederá à recolha dos excedentes nos locais que aderirem ao movimento, de fora ficarão quaisquer particulares, por questões de segurança alimentar – “ Toda a comida que nos será entregue deverá ser devidamente acondicionada e etiquetada”, elucida Nuno Carvalho. “Vamos possuir um centro de operações de acordo com as normas da ASAE, respeitando todas as normas”, acrescenta Cristina Pinto.
O grupo acredita que até ir para a rua, toda a logística ainda vai demorar meses, porque os voluntários deverão ter “formação adequada para manusear os alimentos, entrevistar os necessitados, fazer o levantamento entre outros aspetos”. Para já, o grupo vai dar a conhecer o seu projeto publicamente no dia 10 de abril no Centro Cultural do Cartaxo, pelas 21 horas, com a presença do fundador do movimento, Hunter Halder. Quanto aos possíveis doadores de bens alimentares, a receção não podia ser melhor – “Está a ser surpreendente”, constata Cristina Pinto. “Curiosamente já temos indicação por parte de um proprietário de três restaurantes no concelho que já pediu para falar connosco, porque quer ajudar e muito!”, revela Nuno Carvalho. “Por outro lado, nas escolas também sobra muita comida, porque há miúdos que compram a senha de almoço, e no dia seguinte acabam por não comer na cantina, e essa comida não pode ser novamente aproveitada”, acrescenta Ana Andrade.
Os voluntários inscritos neste conceito que por enquanto vai funcionar apenas na cidade do Cartaxo terão de dedicar duas horas por semana a este projeto, nas suas várias etapas- “Uns vão se dedicar à embalagem e outros à recolha e distribuição”.
O projeto que se iniciou em 2011 na freguesia de Nossa Senhora de Fátima, em Lisboa, conheceu quase imediatamente uma grande adesão, com 24 mil refeições servidas por mês em média, em Portugal, mas hoje esse número subiu.
Este grupo procura agora uma espécie de centro logístico, mas para já “ainda é cedo”. “Estamos a tentar implementar o projeto, foi-nos indicado um local por parte da igreja, mas ainda temos outras fases pela frente”, referem Ana Andrade e Nuno Carvalho.
Na cidade do Cartaxo, têm fome “as pessoas que perderam o emprego, que têm contas para pagar, não lhes sobrando muito mais do que para uma refeição por dia. Já falámos com professores que alegam que há crianças que apenas comem na escola. É muito triste”. “Um dos objetivos da Refood é alimentar cem por cento todas as pessoas que estejam a passar fome, independentemente se há muito ou pouco tempo”, elucida Filipe Valente. “Mas também queremos ajudar as pessoas se precisarem de ajuda em outros campos que impliquem a reorganização das suas vidas, o mote é entreajudarmo-nos”, referem. Para isso esperam que muitos mais voluntários possam fazer ajudar a crescer o grupo.
Sílvia Agostinho
20-03-2015
“Este é um projeto que traz ao de cima o nosso lado voluntário, e quando no nosso dia-a-dia nos deparamos com casos de pessoas que têm necessidade de comer, vemos que faz todo o sentido implementar este projeto”, refere Ana Andrade deste grupo pioneiro, e não tem dúvidas de que “há gente a passar fome no Cartaxo”, embora seja difícil de acreditar em tal. O grupo já se deu a conhecer junto da Segurança Social e de outras entidades que fazem há mais tempo serviço de voluntariado no âmbito dos mais desfavorecidos. O Cartaxo Refood pretende trabalhar em rede com os demais interlocutores, nomeadamente, Cruz Vermelha e Conferência São Vicente de Paulo.
Uma vez no terreno, dado que este grupo ainda se encontra em fase de formalização de todo o processo, procederá à recolha dos excedentes nos locais que aderirem ao movimento, de fora ficarão quaisquer particulares, por questões de segurança alimentar – “ Toda a comida que nos será entregue deverá ser devidamente acondicionada e etiquetada”, elucida Nuno Carvalho. “Vamos possuir um centro de operações de acordo com as normas da ASAE, respeitando todas as normas”, acrescenta Cristina Pinto.
O grupo acredita que até ir para a rua, toda a logística ainda vai demorar meses, porque os voluntários deverão ter “formação adequada para manusear os alimentos, entrevistar os necessitados, fazer o levantamento entre outros aspetos”. Para já, o grupo vai dar a conhecer o seu projeto publicamente no dia 10 de abril no Centro Cultural do Cartaxo, pelas 21 horas, com a presença do fundador do movimento, Hunter Halder. Quanto aos possíveis doadores de bens alimentares, a receção não podia ser melhor – “Está a ser surpreendente”, constata Cristina Pinto. “Curiosamente já temos indicação por parte de um proprietário de três restaurantes no concelho que já pediu para falar connosco, porque quer ajudar e muito!”, revela Nuno Carvalho. “Por outro lado, nas escolas também sobra muita comida, porque há miúdos que compram a senha de almoço, e no dia seguinte acabam por não comer na cantina, e essa comida não pode ser novamente aproveitada”, acrescenta Ana Andrade.
Os voluntários inscritos neste conceito que por enquanto vai funcionar apenas na cidade do Cartaxo terão de dedicar duas horas por semana a este projeto, nas suas várias etapas- “Uns vão se dedicar à embalagem e outros à recolha e distribuição”.
O projeto que se iniciou em 2011 na freguesia de Nossa Senhora de Fátima, em Lisboa, conheceu quase imediatamente uma grande adesão, com 24 mil refeições servidas por mês em média, em Portugal, mas hoje esse número subiu.
Este grupo procura agora uma espécie de centro logístico, mas para já “ainda é cedo”. “Estamos a tentar implementar o projeto, foi-nos indicado um local por parte da igreja, mas ainda temos outras fases pela frente”, referem Ana Andrade e Nuno Carvalho.
Na cidade do Cartaxo, têm fome “as pessoas que perderam o emprego, que têm contas para pagar, não lhes sobrando muito mais do que para uma refeição por dia. Já falámos com professores que alegam que há crianças que apenas comem na escola. É muito triste”. “Um dos objetivos da Refood é alimentar cem por cento todas as pessoas que estejam a passar fome, independentemente se há muito ou pouco tempo”, elucida Filipe Valente. “Mas também queremos ajudar as pessoas se precisarem de ajuda em outros campos que impliquem a reorganização das suas vidas, o mote é entreajudarmo-nos”, referem. Para isso esperam que muitos mais voluntários possam fazer ajudar a crescer o grupo.
Sílvia Agostinho
20-03-2015
Comentários
Quero
desde já dar-vos os parabéns por esta iniciativa e desejar-vos muito sucesso
nesta vossa jornada. Agradecia que me informassem onde e a quem nos podemos
dirigir a fim de pudermos participar ou ajudar de alguma maneira neste vosso
projeco. Obrigado
Dolores Rebelo
20-3-2015
Bem hajam, gostaria de saber como posso ajudar, quer com bens ou como voluntária.
Patrícia Maltez
20-3-2015
Muitos parabéns pela vossa iniciativa. O mundo é de todos
Filipe Costa
22-3-2015
Parabéns pelo esforço de integrar o Cartaxo nas cidades solidárias. Eu também quero fazer parte do Projeto!!!!
Lurdes Pelarigo
22-4-2015
Dolores Rebelo
20-3-2015
Bem hajam, gostaria de saber como posso ajudar, quer com bens ou como voluntária.
Patrícia Maltez
20-3-2015
Muitos parabéns pela vossa iniciativa. O mundo é de todos
Filipe Costa
22-3-2015
Parabéns pelo esforço de integrar o Cartaxo nas cidades solidárias. Eu também quero fazer parte do Projeto!!!!
Lurdes Pelarigo
22-4-2015