Restaurante da Barragem de Magos em hasta pública
Em curso estará também uma caracterização técnica dos sedimentos da barragem por parte das entidades competentes.
Sílvia Agostinho
02-09-2016 às 12:25 Alguns locais ribeirinhos do concelho de Salvaterra de Magos têm sido alvo de requalificação paisagística. “A aposta é conseguir vender os espaços junto ao Tejo como locais de visitação e de lazer”, dá conta o presidente da Câmara, Hélder Esménio. Na barragem de Magos foi criado um parque de merendas e dotou-se o espaço de sanitários públicos, fazendo ainda uma divisão entre a zona de lazer e a da circulação automóvel. Em breve será também lançada uma nova hasta pública do restaurante da barragem.
Numa das últimas reuniões de Câmara de julho, o vereador do Bloco de Esquerda, Luís Gomes, salientava “um cenário imaginável com wc’s fechados, serviço desastroso, falta regular e sistemática de produtos”, aliada “à suspeita de subconcessão das infraestruturas” no que toca ao restaurante. No entender do vereador, a Câmara Municipal deveria ter articulado no sentido de prestar mais apoio ao empresário que segundo Luís Gomes se queixou de que “a autarquia não estava a cumprir face ao prometido”. Durante a reunião foi enfatizado por Hélder Esménio que o empresário não fizera as obras referentes à proteção do parque infantil a que se somavam duas rendas em atraso em desacordo com o que se encontra escrito no caderno de encargos. Quanto à suspeita de subconcessão referiu “não haver provas disso”. Dias mais tarde após a reunião, Hélder Esménio, ao Valor Local, referiu que já chegou uma informação da concessionária de que pretendia “rescindir por situações pessoais”. O autarca refere que a Câmara tem desencadeado todos os esforços para trazer o máximo de dignidade possível ao espaço da barragem em articulação com a União de Freguesias de Salvaterra/Foros, nomeadamente, com campanhas de limpeza e colocação de equipamentos destinados ao usufruir do espaço, enquanto não sai da gaveta o famigerado Plano de Ordenamento da Barragem de Magos. A prática de desportos náuticos de que muito se tem falado está completamente fora de hipótese, “ por força da lei”. Mais recentemente “convidámos a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) a ir ao local que ficou de fazer um estudo para se perceber se a poluição corresponde a vestígios antigos que ficaram atolados no fundo, ou se estamos a falar de novas descargas resultantes da agricultura, até porque há centenas de valetas a drenar para aquela albufeira” dá conta o autarca, salvaguardando que a barragem quando foi feita previa exatamente essa atividade, pelo que “não podemos interditar a agricultura”. Em curso estará uma caracterização técnica dos sedimentos da barragem por parte das entidades competentes. Zonas junto ao Tejo beneficiadas
Já na zona ribeirinha entre Salvaterra e o Escaroupim, “foram valorizados os locais junto às margens, onde as pessoas já iam ver o rio”, com operações de “limpeza e desmatação”. “Começou no Bico da Goiva onde a população já não chegava há 50 anos”. Houve ainda uma intervenção no parque de merendas e restantes estruturas de apoio da Praia Doce, desde estacionamento, casas de banho, com colocação de elementos dos bombeiros na época de verão, bem como de um funcionário em permanência. Seguiram-se o cais da Palhota e a zona da Pinheiroca. No Escaroupim, “fizemos a recuperação da casa avieira, bem como reabilitação das construções que lhe são contíguas”. Um dos projetos nesta zona contempla ainda a transformação da antiga escola primária em museu do rio.
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