Salvaterra à espera de resposta quanto às supostas descargas de lamasQuestões ambientais têm estado na ordem do dia
Sílvia Agostinho
09-04-2017 às 22:09 A existência de um suposto depósito a céu aberto de lamas contaminadas da Portucel na Medronheira na Glória do Ribatejo tem deixado em estado de alerta as populações da União de Freguesias da Glória e Granho. O assunto tem sido levado a reunião de Câmara pelo Bloco de Esquerda que fala em camiões de uma empresa de Sintra que deveriam transportar resíduos tratados da empresa Ambitrevo de Coruche mas ao que parece “foram desviados diretamente para os referidos terrenos na Glória do Ribatejo”.
Por se tratar de um possível crime ambiental, a Câmara Municipal, de acordo com o presidente da autarquia, Hélder Esménio, ao Valor Local organizou “um dossier com 300 páginas” entregue às autoridades. O autarca prefere para já não falar em lamas até que seja apurada por completo a veracidade ou não desses factos. Até porque “prefiro responder ao histerismo com informação”. A empresa transportadora foi contactada bem como a fabricante desses supostos compostos deixados na Medronheira, Glória. Foi dado conta do ocorrido junto do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas e da Agência Portuguesa do Ambiente. Hélder Esménio refere ainda a possibilidade de se “tratarem de cinzas resultantes da queima e não de lamas”. (A queima de sobrantes é permitida). O Valor Local questionou se a própria Câmara não disporia de técnicos para dar essa resposta, mas Esménio referiu que aguarda pelas autoridades do setor, “até porque não sou engenheiro do ambiente nem polícia”. Entretanto, numa das últimas reuniões de Câmara foi focado o funcionamento do ecocentro de Marinhais, em que a CCDR-LVT pretende notificar o município de Salvaterra de Magos para que no prazo de 60 dias proceda à remoção dos resíduos identificados responsabilizando-se ainda pelo destino adequado a dar aos mesmos, ou proceda ao licenciamento da atividade nos termos definidos no Regime Geral da Gestão de Resíduos. Foi possível verificar, após inspeção, que a instalação constitui um local de transferência de vários tipos de resíduos, designadamente resíduos de construção e demolição, verdes e monstros. Na resposta ao Bloco de Esquerda, o presidente da Câmara, Hélder Esménio, reforçou que "não vamos enterrar lixos nem vamos criar, enquanto cá estiver e enquanto tivermos meios financeiros que o permitam". No que respeita aos sobrantes, o objetivo será o seu "encaminhamento para diferentes sítios e é por isso é que é uma estação de transferência." "Vamos optar, se for possível, pelo passo seguinte que será tentar o licenciamento aquilo junto do ambiente, mas a leitura que é feita pelo senhor vereador de que a queima de resíduos é proibida, eu tenho a ideia de que queima de sobrantes não é proibida, mas cá estaremos para avaliar isso na sequência do processo de licenciamento", concluiu. ComentáriosSeja o primeiro a comentar
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