Três meses depois da Fusão das Águas: Câmaras de Alenquer e Azambuja exprimem incertezas quanto ao futuro
A verticalização do sistema com a fusão em causa teve como um dos principais objetivos promover a obtenção de economias de escala Sílvia Agostinho 23-10-2015 às 16:10 Os municípios de Alenquer e Azambuja ainda não conseguem traduzir se a passagem para a nova estrutura que gere o abastecimento e o saneamento em alta, a empresa multimunicipal “Águas de Lisboa e Vale do Tejo” está ou não a ser mais vantajosa. Para já parece haver um mar de incertezas e muitas arestas para limar.
O presidente da Câmara de Alenquer, Pedro Folgado exprime alguma preocupação com o estado de coisas, sendo que para já tem a sensação de que “a própria estrutura também se está a adaptar à fusão”. A empresa Águas do Oeste (AO) foi extinta e deu lugar a um grande agrupamento que integra não só aquela antiga estrutura mas também a Águas do Zêzere e Coa; Águas do Centro, Águas do Oeste; Simtejo, Sanest, Simarsul, Águas do Norte Alentejano, e Águas do Centro Alentejo, integradas no grupo Águas de Portugal. Uma estrutura “muito pesada”, afirma, tendo em conta também que a sede se situa na cidade da Guarda, embora permaneçam na sede da antiga AO em Óbidos parte dos antigos interlocutores dos dois concelhos, mas apenas técnicos. O presidente da Câmara de Alenquer também está na expetativa para ver no terreno os investimentos prometidos “e escritos em ata” com os quais a Epal, (que assume neste agrupamento a gestão operacional do sistema) se comprometeu quanto a uma série de questões, nomeadamente, “as captações em Castelo de Bode”. Pedro Folgado é definitivo – “Estamos à espera que as coisas se acalmem para voltar a insistir no ponto de situação desses investimentos, porque estamos sem saber o que o futuro nos vai reservar”. A empresa que gere as águas e saneamento no concelho, a “Águas de Alenquer” também se encontra na expetativa tendo em conta “o ajuste de tarifa”, que “em princípio deve manter-se, no concelho”, diz o autarca. O fim da cobrança dos mínimos assim o determina. Mas a ERSAR também deverá ditar “qual a tarifa a aplicar”, tendo em conta que assume neste processo de reorganização das operações do Grupo Águas de Portugal um papel mais ativo. Recorde-se que a verticalização do sistema com a fusão em causa teve como um dos principais objetivos promover a obtenção de economias de escala que garantam sustentabilidade económica, social e ambiental dos serviços de água e saneamento, diminuindo a disparidade tarifária resultante das especificidades dos diferentes sistemas e regiões do país. Já no caso do concelho de Azambuja, o vice-presidente do município Silvino Lúcio também refere que até à data ainda viu pouco no plano das concretizações. “Tivemos uma reunião com um engenheiro da EPAL que fará a ligação connosco e com os restantes municípios, mas depois desse encontro nunca mais nos disseram nada”. O autarca mostra-se algo preocupado até porque “há contas para fechar ainda do tempo da Águas do Oeste”. O facto de a sede da empresa ser na Guarda “também não facilita os contactos”. “Já nos foi dito que haverá mais encontros formais mas até à data nada se passou”. O vice-presidente confirma que a nova estrutura está a cumprir contudo o que ficou acertado com a Águas do Oeste tendo em vista obras que faltava completar no alto do concelho. Silvino Lúcio refere que houve alguns problemas com um troço do emissário do Casal do Além, que sofreu alguns atrasos, mas que existe o compromisso de se cumprir a obra. Quanto às dívidas, Silvino Lúcio refere que a antiga empresa deve 100 mil euros à Câmara, que por sua vez tem uma dívida com a extinta AO aproximadamente do mesmo valor, sendo que foi sugerido pela Câmara que se colocasse as dívidas a zero, mas até ao momento ainda não foram dados mais passos. Já no que se refere à possibilidade de descida das tarifas, Silvino Lúcio também evidencia alguma inquietude – “Nesse campo também ficamos sem perceber o que se pode vir a passar, se se concretizará ou não algo de positivo para o município conforme foi anunciado”. |
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