Fortes indícios da presença fenícia foram confirmados por uma equipa de arqueólogos da Universidade de Lisboa em vários concelhos do estuário do Tejo. Um dos locais mais determinantes desta descoberta aconteceu no concelho de Alenquer, no Castro do Amaral, em Santana da Carnota, onde foi recolhida uma variedade de objetos muito rica, que comprova a passagem daquele povo pelo nosso país. A proliferação de artefactos em toda a região está a tornar esta uma descoberta muito importante para a comunidade científica ligada a este tipo de investigações. Neste local, a título de exemplo, foi encontrada uma fíbula- tipo alfinete com 2700 anos que não costuma aparecer com frequência neste tipo de escavações.
Oriundos do atual Líbano, os fenícios estiveram no nosso território (séculos VII e VI a.c) e Ana Margarida Arruda, docente da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que coordenou os trabalhos de campo, explica ao Valor Local, que “a orientalização do Estuário do Tejo foi muito marcante”. No caso do Castro do Amaral que foi escavado durante três meses pela sua equipa, proporcionou “o aparecimento de muito material arqueológico, desde a Idade do Bronze, e com evidências de uma presença de populações oriundas do Mediterrâneo, neste caso fenícias, mas também romanas e da Idade Média”. “Foi uma surpresa boa, ainda que o local se encontre muito afetado pela atividade agrícola, com os materiais a apresentarem-se demasiado triturados”.
Este projeto conduzido pela Universidade de Lisboa com o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia teve uma duração de dois anos, e esteve também presente nos concelhos de Alpiarça, Almeirim, Cartaxo e Salvaterra de Magos com o objetivo de decifrar a presença fenícia ao longo do estuário do Tejo, dado que este povo fixou-se sobretudo junto aos grandes cursos de água na sua passagem pela Europa. Azambuja, apesar de se situar num importante ponto do Tejo, ficou de fora, mas Ana Margarida Arruda diz, apenas, que não se proporcionou, principalmente por causa do orçamento. Ainda este ano será publicado um livro sobre esta investigação, e neste âmbito evidencia, a título de exemplo, “o apoio inexcedível da Câmara de Alenquer”.
No nosso país há fortes vestígios da passagem deste povo no Guadiana, e no Sado, mas não tão evidentes como no Tejo, “devido à riqueza agrícola incomparável destes solos”, mas também “porque o rio era navegável e dava acesso aos territórios das beiras, onde os fenícios procuravam o estanho, que dava origem ao bronze”.
Sílvia Agostinho
19-04-2015
Oriundos do atual Líbano, os fenícios estiveram no nosso território (séculos VII e VI a.c) e Ana Margarida Arruda, docente da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que coordenou os trabalhos de campo, explica ao Valor Local, que “a orientalização do Estuário do Tejo foi muito marcante”. No caso do Castro do Amaral que foi escavado durante três meses pela sua equipa, proporcionou “o aparecimento de muito material arqueológico, desde a Idade do Bronze, e com evidências de uma presença de populações oriundas do Mediterrâneo, neste caso fenícias, mas também romanas e da Idade Média”. “Foi uma surpresa boa, ainda que o local se encontre muito afetado pela atividade agrícola, com os materiais a apresentarem-se demasiado triturados”.
Este projeto conduzido pela Universidade de Lisboa com o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia teve uma duração de dois anos, e esteve também presente nos concelhos de Alpiarça, Almeirim, Cartaxo e Salvaterra de Magos com o objetivo de decifrar a presença fenícia ao longo do estuário do Tejo, dado que este povo fixou-se sobretudo junto aos grandes cursos de água na sua passagem pela Europa. Azambuja, apesar de se situar num importante ponto do Tejo, ficou de fora, mas Ana Margarida Arruda diz, apenas, que não se proporcionou, principalmente por causa do orçamento. Ainda este ano será publicado um livro sobre esta investigação, e neste âmbito evidencia, a título de exemplo, “o apoio inexcedível da Câmara de Alenquer”.
No nosso país há fortes vestígios da passagem deste povo no Guadiana, e no Sado, mas não tão evidentes como no Tejo, “devido à riqueza agrícola incomparável destes solos”, mas também “porque o rio era navegável e dava acesso aos territórios das beiras, onde os fenícios procuravam o estanho, que dava origem ao bronze”.
Sílvia Agostinho
19-04-2015
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