
Recentemente, as juntas de freguesia de Alcoentre e Aveiras de Cima, no concelho de Azambuja, assinaram um protocolo com as juntas de freguesia de Nadadouro e Foz do Arelho, Caldas da Rainha, e também com a de São Domingos de Benfica, Lisboa, tendo em vista um conjunto de iniciativas para dar a conhecer a vida e a obra de Almeida Grandella, que nasceu em Aveiras de Cima, em 1853, e que criou os famosos armazéns Grandella, epicentro da vida comercial lisboeta até ao incêndio do Chiado em 1988. Grandella passou parte da vida em Lisboa, e viria a falecer na Foz do Arelho em 1934.
Para já está pensada uma exposição itinerante que vai percorrer as cinco juntas de freguesia que começa em setembro deste ano e que vai até junho do ano que vem. António Torrão, presidente da junta de freguesia de Aveiras de Cima, terra natal de Grandella, conta que nesta exposição estará patente a relação do “grande comerciante português” com as localidades em causa, através de fotos da época mostradas em painéis com uma resenha da sua vida e obra.
“Aveiras de Cima tem o grande privilégio de ter visto nascer este homem tão importante, só tenho pena de o concelho não o tratar como deveria e reconhecer-lhe a sua importância”, salienta Torrão. A preponderância desta figura espelha-se, a título de exemplo, no seu aguçado espírito comercial, pois Grandella é visto como uma espécie de pai do primeiro grande centro comercial do país, ao fundar os armazéns com o mesmo nome em 1891, inaugurando um modelo de vendas como existia nos grandes armazéns de Paris ou Londres. Este republicano, foi também um benemérito ao ter construído o bairro operário Grandella, em Lisboa, na freguesia em causa, dotado de creche e escola primária, destinado a alojar as famílias dos seus empregados e operários das suas fábricas de tecidos. Construíu duas escolas primárias no concelho de Azambuja, uma em Aveiras de Cima, sua terra natal a que deu o nome do seu pai, Francisco Maria de Almeida Grandella, outra em Tagarro, e outras nas duas freguesias do concelho caldense.
“A escola onde funciona o Centro Cultural Grandella em Aveiras foi precisamente onde nasceu”. Conhecido maçon, o homenageado ao mandar erigir esta escola, e ao contrário das restantes, não a dotou dos símbolos maçónicos, inscrevendo antes o nome do seu pai, ‘Dr. Francisco Maria de Almeida Grandella’.”
Para já está pensada uma exposição itinerante que vai percorrer as cinco juntas de freguesia que começa em setembro deste ano e que vai até junho do ano que vem. António Torrão, presidente da junta de freguesia de Aveiras de Cima, terra natal de Grandella, conta que nesta exposição estará patente a relação do “grande comerciante português” com as localidades em causa, através de fotos da época mostradas em painéis com uma resenha da sua vida e obra.
“Aveiras de Cima tem o grande privilégio de ter visto nascer este homem tão importante, só tenho pena de o concelho não o tratar como deveria e reconhecer-lhe a sua importância”, salienta Torrão. A preponderância desta figura espelha-se, a título de exemplo, no seu aguçado espírito comercial, pois Grandella é visto como uma espécie de pai do primeiro grande centro comercial do país, ao fundar os armazéns com o mesmo nome em 1891, inaugurando um modelo de vendas como existia nos grandes armazéns de Paris ou Londres. Este republicano, foi também um benemérito ao ter construído o bairro operário Grandella, em Lisboa, na freguesia em causa, dotado de creche e escola primária, destinado a alojar as famílias dos seus empregados e operários das suas fábricas de tecidos. Construíu duas escolas primárias no concelho de Azambuja, uma em Aveiras de Cima, sua terra natal a que deu o nome do seu pai, Francisco Maria de Almeida Grandella, outra em Tagarro, e outras nas duas freguesias do concelho caldense.
“A escola onde funciona o Centro Cultural Grandella em Aveiras foi precisamente onde nasceu”. Conhecido maçon, o homenageado ao mandar erigir esta escola, e ao contrário das restantes, não a dotou dos símbolos maçónicos, inscrevendo antes o nome do seu pai, ‘Dr. Francisco Maria de Almeida Grandella’.”
No que toca à freguesia de Alcoentre, mais concretamente a localidade de Tagarro, “ainda há alguma ligação à figura de Grandella”, refere o presidente da junta, António Loureiro. “A população encontrava-se desgostosa com o estado de degradação da escola, entretanto recuperada, embora neste momento esteja a ser explorada por uma entidade privada.” Na altura, esteve presente na inauguração, a 21 de agosto de 1910, um dos nomes grandes da I República, Afonso Costa. Para António Loureiro, a figura do homenageado está a “cair um pouco no esquecimento, pelo que será um momento oportuno para voltarmos a relembrá-lo”.
A ideia de união de esforços entre as freguesias surgiu naturalmente até porque em todas elas é comum a organização de iniciativas que lembram o homem. “Fizemos uma conferência na junta a assinalar os 160 anos de Grandella com a presença de dois bisnetos e um trineto, e nessa altura tínhamos já uma relação com São Domingos de Benfica, rapidamente se começaram a agilizar esforços”, conta Torrão.
“Está a ser elaborado um trabalho gráfico importante através de historiadores que se pode apreciar na exposição que estará em primeiro lugar em São Domingos de Benfica, devendo chegar a Aveiras em Janeiro”.
Logo de seguida deverá rumar a Alcoentre, onde os visitantes poderão conhecer mais alguns aspetos da vida de Grandella. Neste âmbito, o presidente da junta local, diz que através da troca de ideias entre as várias juntas, também ficou a saber que o homenageado participou em tertúlias republicanas, e pertenceu à maçonaria.
Depois da exposição, a colaboração entre as várias freguesias será para manter com mais iniciativas que lembram o filantropo, o republicano e o precursor do comércio moderno.
Sílvia Agostinho
28-07-2015
A ideia de união de esforços entre as freguesias surgiu naturalmente até porque em todas elas é comum a organização de iniciativas que lembram o homem. “Fizemos uma conferência na junta a assinalar os 160 anos de Grandella com a presença de dois bisnetos e um trineto, e nessa altura tínhamos já uma relação com São Domingos de Benfica, rapidamente se começaram a agilizar esforços”, conta Torrão.
“Está a ser elaborado um trabalho gráfico importante através de historiadores que se pode apreciar na exposição que estará em primeiro lugar em São Domingos de Benfica, devendo chegar a Aveiras em Janeiro”.
Logo de seguida deverá rumar a Alcoentre, onde os visitantes poderão conhecer mais alguns aspetos da vida de Grandella. Neste âmbito, o presidente da junta local, diz que através da troca de ideias entre as várias juntas, também ficou a saber que o homenageado participou em tertúlias republicanas, e pertenceu à maçonaria.
Depois da exposição, a colaboração entre as várias freguesias será para manter com mais iniciativas que lembram o filantropo, o republicano e o precursor do comércio moderno.
Sílvia Agostinho
28-07-2015
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