Valor Local
  • OUVIR RÁDIO
  • EDIÇÃO IMPRESSA
  • ESTATUTO
  • CONTATOS
    • FICHA TECNICA
    • ONDE ESTAMOS
  • PUBLICIDADE
  • VALOR LOCAL TV
  • PODCASTS

A via - sacra dos municípios com a Infraestruturas de Portugal

Adiamentos constantes, falta de verbas, respostas que teimam em tardar
Sílvia Agostinho
19-07-2018 às 17:18
Imagem
Nacional 118 uma das vias a necessitar de intervenção (imagem Google Maps)
Adiamentos constantes, falta de verbas, respostas que teimam em tardar, de tudo um pouco se caracteriza a relação entre várias Câmaras da região e a Infraestruturas de Portugal (IP) quanto à necessidade de obras nas vias nacionais que atravessam os concelhos, ou mesmo o simples corte de vegetação junto às bermas dessas estradas.
 
No concelho de Azambuja, a sinistralidade na Nacional 3 tem estado na ordem do dia há vários meses, e em reuniões recentes a Câmara e uma plataforma cívica que nasceu em 2016, conseguiram chegar a uma base de acordo para algumas obras a desenvolver no troço entre Azambuja e Vila Nova da Rainha, e daqui até ao Carregado no concelho vizinho de Alenquer. Segundo Luís de Sousa, presidente da Câmara, à nossa reportagem, foi dado um passo em frente quanto à construção de três rotundas, junto à Siva, junto à Auchan, e na interseção, em Vila Nova da Rainha, com a estrada que vai dar à central termoelétrica.

O Estado comprometeu-se a dada altura com o pagamento de apenas 33 por cento, mas Luís de Sousa já rejeitou essa hipótese e num ofício colocou em cima da mesa os 50 por cento. Cada rotunda terá um custo de 150 mil euros, verba que a Câmara vai tentar ainda, no que à sua parte diz respeito, obter um compromisso de comparticipação por parte das empresas de logística. Já foi transmitida essa preocupação pelo autarca. Já quanto a custos com iluminação, passeios, e expropriações a Câmara também recusa tomar a dianteira dos pagamentos, comprometendo-se apenas com o arranque do estudo para o projeto. A IP ainda tentou a calendarização do arranque destes compromissos para 2020, “mas disse logo que tinha de ser já, caso contrário chegávamos a 2020, como aconteceu no passado, e diziam que não tinham verba”.

​A Câmara refere que tem também tentado convencer a IP a assumir as suas responsabilidades na 366 nomeadamente quanto ao corte de vegetação nas bermas que tarda em acontecer ou a criação de passadeiras em alguns locais bem como a iluminação na rotunda de Aveiras que estará agendada “para breve”. Em conclusão diz que “é com facilidade que adiam as questões  e não podemos baixar os braços nas nossas lutas”.
 
No caso do concelho de Benavente, a IP chegou a argumentar, no final do ano passado, que já não dispunha de verbas para as obras necessárias na Nacional 118 e a sua requalificação, e por isso pouco ou nada saiu do papel. O gabinete que ficou de fazer o projeto entrou em insolvência e “tudo isto naturalmente que nos indigna”, desabafa o presidente da Câmara, Carlos Coutinho. “Há uma grande indefinição”. O pavimento desta via encontra-se bastante degradado. Por dia cerca de 20 mil viaturas atravessam Samora Correia e muitas são veículos pesados. O projeto das rotundas em Benavente, sede de concelho também atravessada pela estrada nacional, mergulhou igualmente num impasse assim como o protocolo assinado em 2013 que previa o desvio de pesados do interior de Samora Correia. Embora classifique o diálogo com a IP a nível distrital como cordial, não esconde que são muitas as dificuldades – “Sentimo-nos defraudados porque assinámos protocolos, nomeadamente, referentes ao pagamento de verbas anuais para obras nessas estradas e até hoje nunca fomos ressarcidos. Trata-se de uma atitude inaceitável, em relação à qual já colocámos uma ação em tribunal, e quando estamos a falar em centenas de milhares de euros”.
 
Mais cauteloso, Pedro Ribeiro, presidente da Camara do Cartaxo, também elenca uma série de obras que estão à espera de melhores dias, a começar pela Ponte Dona Amélia cuja gestão do tabuleiro é partilhada com a Câmara de Salvaterra que neste aspeto também aguarda por um projeto sobre toda a infraestrutura. O autarca do Cartaxo diz que, neste momento, e no que é sua responsabilidade encetou contactos com todas as entidades com o intuito de se limitar o atravessamento da ponte por veículos aos quais o trânsito se encontra proibido como certos veículos agrícolas e não só. A IP dá dois anos para que se chegue a bom porto quanto às obras, um hiato de tempo sobre o qual Pedro Ribeiro prefere não tecer grandes considerações, e reforça mais uma vez e neste campo, que os dois municípios fizeram tudo o que estava ao seu alcance.
 
Durante os meses de mau tempo “tomámos todas as medidas possíveis e de forma preventiva perante a falta de informação da IP, restringindo as velocidades e a tonelagem”. Pelos dois municípios já foi elaborado um plano com vista às obras mas a IP ainda nada apresentou de concreto. À partida o caderno de encargos deverá ser conjunto bem como o lançamento da obra mas para isso é necessário que o instituto apresente a sua parte. O Cartaxo reivindica ainda a construção de uma rotunda no cruzamento da freguesia da Lapa com Pontével na 366-2, obras no viaduto de Santana, necessidade de melhoria das condições da Nacional 3, e na variante à 365-2.
 
No concelho de Salvaterra de Magos, a Câmara informa no que respeita à necessidade de obras na Nacional 367, que “aquilo que está neste momento acordado com a IP é procederem à repavimentação na parte restante do troço dessa via intervencionado pelo município (cerca de 1000 metros no total da intervenção entre a Nacional 118 e a Estrada Militar, em Marinhais), onde construímos passeios, estacionamentos e pluviais, uma vez que ficou estabelecido que repavimentaríamos 50 por cento, e eles os restantes 50 por cento desse troço.”

​
Já no que respeita à Nacional 118, nomeadamente, o piso fissurado em alguns locais; sinalização vertical degradada; falta de sinalização na Zona Industrial de Vale de Lobos (Muge); inexistência de drenagem pluvial na descida do Ramalhais ao Paúl de Magos e junto ao entroncamento com a Nacional 367, em Marinhais e na zona de ligação ao concelho de Almeirim; bem como a necessidade de construção de uma rotunda no cruzamento com a Nacional 367; a criação de caixas de viragem no cruzamento com a Rua do Furo e com a Rua do Cartaxeiro, em Marinhais, e caixa de viragem no entroncamento com a Zona Industrial de Vale de Lobos (Muge) não há novidades quanto ao arranque das desejadas e reclamadas intervenções
 
O Valor Local tem ao longo dos meses e em diversas ocasiões contactado a IP sobre este tipo de queixas mas até à data nunca recebeu as respostas.

NOTÍCIAS MAIS LIDAS

​GNR
 Alenquer: Dez detidos por tráfico

Póvoa de Santa Iria: Parque Moinhos da Póvoa agrada à população

Póvoa de Santa Iria
Parque dos Moinhos inaugurado a 14 de Julho


Associação Mais Barrada nasce para combater a exclusão
​

Imagem

Comentários

Seja o primeiro a comentar...

    Comentários

Enviar
Nota: O Valor Local não guarda nem cede a terceiros os dados constantes no formulário. Os mesmos são exibidos na respetiva página. Caso não aceite esta premissa contate-nos para redacao@valorlocal.pt
PUB
Imagem

Em Destaque

Imagem
Associação Mais Barrada nasce para combater a exclusão
Imagem
Culpa morre definitivamente solteira no caso do abate de sobreiros no aterro de Azambuja
Imagem
Junta de Vila Franca comemora Dia da Cidade com distinções
Imagem
Câmara de Benavente não consegue colocar cobro ao excesso de pombos no concelho 
Imagem

Leia também 

Picture

As Marcas da Nossa Saudade

Os anos 50 do século passado foram em Portugal uma década de ouro no que a marcas diz respeito. Um pouco por todo o país floresceram muitas empresas que ainda hoje estão no ativo, ou pelo menos no nosso imaginário
Picture

Processo legionella- "Aquela fábrica está muito degradada"

Três anos passados do surto de legionella, e depois do processo ter-se tornado público ouvimos testemunhas privilegiadas daqueles dias que abalaram o concelho de Vila Franca de Xira e o país.
Picture

50 Anos das Cheias - As memórias de uma tragédia nunca apagadas

Na madrugada de 25 para 26 de novembro chuvas torrenciais inundam a região de Lisboa. Na primeira pessoa apresentamos os relatos de quem viveu esta tragédia por dentro e ainda tem uma história para contar 50 anos depois.

Jornal Valor Local @ 2013


Telefone:

263048895

Email

valorlocal@valorlocal.pt
  • OUVIR RÁDIO
  • EDIÇÃO IMPRESSA
  • ESTATUTO
  • CONTATOS
    • FICHA TECNICA
    • ONDE ESTAMOS
  • PUBLICIDADE
  • VALOR LOCAL TV
  • PODCASTS