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Águas do Ribatejo prepara investimento de 38 milhões de euros em quatro anosEmpresa conseguiu, no último ano, e pela primeira vez, o selo de qualidade exemplar da água para consumo humano
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Sílvia Agostinho
29-09-2019 às 11:15 |
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No último ano, a empresa Águas do Ribatejo viu ser-lhe atribuído, pela primeira vez, o selo de qualidade exemplar da água para consumo humano por parte da Entidade Reguladora do Serviço de Águas e Resíduos (ERSAR). No entender de Francisco Oliveira, presidente da empresa que gere o abastecimento de água e o saneamento básico nos concelhos de Almeirim, Alpiarça, Benavente, Chamusca, Coruche e Salvaterra, e Torres Novas trata-se de um “reconhecimento público”, consequência no seu entender “do empenho da empresa no serviço público que presta, sendo que este reconhecimento, mais do que responsabilidade acresce encorajamento e motivação”. A empresa prepara-se, ainda, para novos investimentos nas suas redes, nos próximos anos, e refere que a percentagem de água segura distribuída pela Águas do Ribatejo é desde 2013, altura de constituição da empresa, superior a 99,5 por cento.
Com o objetivo de continuar a manter um “serviço de qualidade” a empresa salienta que vai continuar a investir em “novas infraestruturas de tratamento e métodos de gestão dos subsistemas de abastecimento, com planos de segurança da água ou planos de gestão e redução de perdas de água”. Quanto a investimentos para o futuro, a somar aos cerca de 130 milhões de euros já investidos, desde a criação da empresa até final de 2018, “contamos investir, neste ano e nos próximos 4 anos, cerca de 38 milhões de euros”, diz Francisco Oliveira. A parte mais significativa desse investimento, cerca de 20 milhões de euros, destina-se a dar continuidade à ampliação e otimização dos sistemas de recolha e tratamento de águas residuais. Assim, serão construídas oito novas ETAR e 21 serão remodeladas, cerca de 45 quilómetros de novos coletores serão construídos e mais de 80 estações elevatórias serão objeto de intervenção (44 novas e 43 a remodelar). Relativamente ao abastecimento de água, “prevemos investir cerca de 18 milhões de euros, com um grande enfoque na substituição de condutas, em que mais de 80 quilómetros serão objeto de intervenção”. Destaque também para a reabilitação de 14 reservatórios e para a criação de 23 novas zonas de medição e controlo juntamente com a substituição de condutas, para a redução das perdas de água. Prevê-se ainda a construção de seis novas captações, uma estação de tratamento de água e três estações elevatórias. Francisco Oliveira salienta que este é um setor que requere constante investimento, em que as exigências em matéria de qualidade “são cada vez maiores” o que é “positivo para todos nós cidadãos”, mas, do ponto de vista das entidades gestoras, “esse é um enorme desafio e implica, muitas das vezes, avultados investimentos que não são visíveis aos olhos da população.” Já quanto ao objetivo sempre presente nos sistemas de água e saneamento que se relaciona com as perdas de água. No início da empresa, em 2013, o valor das perdas de água nos concelhos acima descritos rondava os 52 por cento, sendo que atualmente esse valor se situa nos 32 por cento. O objetivo será o de chegar aos 20 por cento, dentro da média nacional. |
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Quando se fala em perdas de água referimo-nos a água não faturada, mas não apenas a água que se perde, efetivamente, nas redes, mas também de outras situações como consumos próprios, consumos fraudulentos, perdas comerciais.
Reduzir este indicador só foi possível nas palavras do presidente da empresa graças a uma abordagem integrada e sistemática, “atacando” este problema em várias vertentes: instalações de contadores onde anteriormente não existiam, substituição de contadores parados ou com funcionamento deficiente, substituição de condutas com níveis elevados de perdas de água, implementação de telegestão, setorização e monitorização das redes. “Não obstante os resultados já obtidos, existe ainda um longo caminho a percorrer para atingir o objetivo a que nos propomos, que é chegar aos 20 por cento de água não faturada o que, atendendo às características do sistema que gerimos, com mais de 2.200 quilómetros de rede de água num território com povoamento muito disperso, será um resultado de excelência”, conclui. |
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