Perante uma plateia cheia, a "Águas da Azambuja" veio dar a conhecer à população do concelho e deputados municipais, em sessão extraordinária da Assembleia Municipal, realizada esta terça-feira, os contornos do aditamento ao contrato de concessão das águas. Segundo o engenheiro Diogo Faria de Oliveira, administrador da Aquapor, empresa mãe da "Águas da Azambuja", o aumento será de 21 por cento em 2015, e isso significará apenas, e segundo o mesmo "pouco mais de dois euros" nas facturas mensais. Exercício de matemática que Silvino Lúcio, vice-presidente do município, também havia demonstrado ao Valor Local na nossa edição de Maio. Diogo Faria de Oliveira salientou que precisaria de aumentar a água em 46,5 por cento, e segundo as suas contas assim poupará 33,2 milhões de euros aos consumidores de Azambuja.
O administrador falou da obra feita, das dificuldades em pagar à Águas do Oeste e nas injecções de capital que a concessionária de Azambuja já sofreu, tudo porque em cada 1,49 cêntimos cobrados, a ADAZ apenas fica com 16 cêntimos. O aumento do tarifário seria a única saída possível. O administrador lembrou também a questão da Ota em que estaria previsto um forte aumento do número da população no concelho que acabou por não acontecer, como um dos factores que estiveram na origem do que "tem corrido menos bem na concessão".
Depois vários munícipes do concelho deram a conhecer casos já muito conhecidos relacionados com a gestão da ADAZ, como as facturas com letra muito miudinha, mas sobretudo a facturação ao dia, com contas feitas umas vezes a 27 dias outras a mais de 30 ou até a 40 dias. As explicações de Faria de Oliveira sobre o método encontrado que consiste na especialização dos dias para que, segundo o mesmo, "o consumidor não salte de escalão" não satisfizeram a audiência que mostrou em várias alturas o seu desalento relativamente à política da empresa. Os problemas de saneamento em várias localidades rurais do concelho, a troca constante de contadores e os erros da empresa na oneração de certos serviços também não escaparam a crítica veemente e a muitos ânimos exaltados.
No final foi votada a moção conjunta da Coligação Pelo Futuro da Nossa Terra e CDU que repudia os termos da concessão e pede a suspensão da renegociação do contrato, compreendendo ainda a não designação de Cunha Marques para presidente da comissão de acompanhamento da concessão, por ter estado nas diferentes fases do processo. A moção foi aprovada com os votos a favor da coligação e CDU e votos contra do PS.
Sílvia Agostinho
23-07-2014
O administrador falou da obra feita, das dificuldades em pagar à Águas do Oeste e nas injecções de capital que a concessionária de Azambuja já sofreu, tudo porque em cada 1,49 cêntimos cobrados, a ADAZ apenas fica com 16 cêntimos. O aumento do tarifário seria a única saída possível. O administrador lembrou também a questão da Ota em que estaria previsto um forte aumento do número da população no concelho que acabou por não acontecer, como um dos factores que estiveram na origem do que "tem corrido menos bem na concessão".
Depois vários munícipes do concelho deram a conhecer casos já muito conhecidos relacionados com a gestão da ADAZ, como as facturas com letra muito miudinha, mas sobretudo a facturação ao dia, com contas feitas umas vezes a 27 dias outras a mais de 30 ou até a 40 dias. As explicações de Faria de Oliveira sobre o método encontrado que consiste na especialização dos dias para que, segundo o mesmo, "o consumidor não salte de escalão" não satisfizeram a audiência que mostrou em várias alturas o seu desalento relativamente à política da empresa. Os problemas de saneamento em várias localidades rurais do concelho, a troca constante de contadores e os erros da empresa na oneração de certos serviços também não escaparam a crítica veemente e a muitos ânimos exaltados.
No final foi votada a moção conjunta da Coligação Pelo Futuro da Nossa Terra e CDU que repudia os termos da concessão e pede a suspensão da renegociação do contrato, compreendendo ainda a não designação de Cunha Marques para presidente da comissão de acompanhamento da concessão, por ter estado nas diferentes fases do processo. A moção foi aprovada com os votos a favor da coligação e CDU e votos contra do PS.
Sílvia Agostinho
23-07-2014