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O concelho de Alenquer tem desde há poucos meses uma nova associação empresarial. A AGEIRA – Associação de Gestão Empresarial e de Inovação da Região de Alenquer surge assim para dirimir alguns dos principais problemas com que se debatem os empresários locais, sendo a falta de recursos humanos a principal dor de cabeça destas empresas.
Com uma lista de 12 empresas fundadoras, a associação tem vindo a crescer rapidamente tendo mais do que duplicado os seus associados nos últimos meses. Raquel Ribeiro, presidente da direção da AGEIRA, salientou em entrevista ao Valor Local, que a associação não tem planos para já para se expandir a outros concelhos, como é o caso por exemplo do de Azambuja, que tem uma forte zona industrial associada à logística e que há muito desespera por uma intervenção forte deste tipo de estruturas. No entanto, na mesma entrevista que pode ouvir em podcast abaixo e no site radiovalorlocal.com , Raquel Ribeiro vinca que as empresas de fora do município de Alenquer que tenham qualquer tipo de relações comerciais com as associadas, podem também elas fazer parte da estrutura. A presidente da direção sustenta que o nascimento da AGEIRA está diretamente ligado com a necessidade da existência de uma rede de negócios que se cinja ao grupo de empresas de Alenquer, sem que tenha de existir a necessidade de se procurar soluções fora destes mesmos associados “numa lógica de proximidade e de crescimento sustentado em conjunto”, explica Raquel Ribeiro, que adianta que este foi “um desafio conjunto entre os empresários e a Câmara de Alenquer, para que fôssemos ao encontro das necessidades de um tipo de empresariado que não encontrava a resposta àquilo que pretendia”. Para além da troca de serviços entre empresários, esta associação tem como objetivo ajudar à formalização de propostas para concursos e fornecimentos vários. Raquel Ribeiro sublinha ainda que nos objetivos da AGEIRA está também a realização de consórcios “que possam ser formados para se concorrer a projetos mais vastos” tendo em vista, por exemplo a internacionalização das empresas. O aparecimento da AGEIRA vem agora agilizar as parcerias entre empresas. Até aqui os empresários procuravam soluções sozinhos sem consultadoria, algo que a associação agora pretende fazer diferença na vida destas empresas que passam a ter uma ajuda suplementar. Até aqui os empresários estavam limitados a algumas associações empresariais “nos concelhos limítrofes, mas que tinham apenas soluções genéricas” e o que a AGEIRA se propõe fazer, é um acompanhamento mais específico junto das necessidades dos associados nos vários domínios. A AGEIRA tem, no entanto, outro desafio para vencer junto dos seus associados. Raquel Ribeiro sustenta que nesta altura está a ser difícil às empresas manter trabalhadores qualificados dado que existe alguma disputa com empresas dos concelhos mais próximos. À Rádio Valor Local, a diretora da associação, sublinha que existe alguma competição com os concelhos de Oeiras, Cascais e Torres Vedras, no que toca à atração de quadros de topo para essas mesmas empresas. Segundo a a responsável “perante a possibilidade de desenvolverem uma carreira profissional num cargo de relevância, há executivos que têm preferência por outras zonas residenciais, assim como, as famílias”, sendo que esta é uma premissa que o município de Alenquer precisa de desenvolver. A juntar aos quadros mais altos, está igualmente a estabilização do leque de colaboradores qualificados. Raquel Ribeiro destaca que, neste caso, as acessibilidades fazem muita diferença. “Muitas destas empresas são indústrias e partilham connosco ser difícil que os trabalhadores fiquem a viver em Alenquer porque também aqui o parque habitacional é diminuto, e as rendas de casa são elevadas”. A responsável pela AGEIRA acrescenta, entretanto, que “o mercado de arrendamento é muito fechado na região” sendo por isso, na sua opinião, “necessário investir num parque habitacional a custos controlados para fixar população aqui, já que os transportes públicos parecem não ser suficientes”. Outra das matérias é a formação. Existem já entidades a fazê-lo, aliás algumas das empresas têm os sus próprios centros de formação, que são mais especializados e que poderão ser abertos a outras empresas do concelho e da região. (Ouça a entrevista à presidente da AGEIRA à Rádio Valor Local clicando na seta laranja acima)
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