A afirmação é do presidente da Câmara de Azambuja, Luís de Sousa, durante a última assembleia municipal, em Aveiras de Cima, depois de ouvir queixas de munícipes e de eleitos do órgão deliberativo acerca da forma como a água é facturada no concelho. O clima de revolta vai subindo de tom e o cerco aperta-se em torno da "Águas da Azambuja", pertencente à Aquapor.
A munícipe da freguesia de Aveiras de Cima, Deolinda Oliveira, que se encontrava na reunião, teve oportunidade de expressar, ao Valor Local, a forma como as coisas são feitas pela empresa no que se refere ao seu caso: "Temos muitas dificuldades em entender as facturas. Já tenho pagado 60 euros de água com facturações na ordem dos 50 dias; como 40 euros por 30 dias. Não me explicam por que fazem este tipo de contagens. Já me tenho deslocado à empresa onde não consigo falar com ninguém para além da pessoa que está ao balcão, nem me deixam usar o livro de reclamações".
Por parte das várias bancadas também foram deixados muitos protestos como foi caso de Sérgio Ezequiel, da Coligação Pelo Futuro da Nossa Terra, que falou do problema dos contadores e o acréscimo subsequente no preço das facturas. Lavado dos Reis da CDU referiu mesmo que a "Águas da Azambuja", "está a tratar muito mal as pessoas", mas também atribuiu culpas à Câmara, acusando-a de, por vezes, se confundir com a administração da empresa, "não lutando pelos direitos dos azambujenses".
Também Manuel Couceiro da Coligação pelo Futuro da Nossa Terra comungou do espírito dos anteriores, de quem já não tem paciência para o assunto. O autarca falou do caso de um munícipe que não tendo consumido água num mês, teve de pagar 14 euros; e de outros casos relacionados com "dupla facturação da empresa", que mesmo admitindo o erro, converteu o estorno a devolver; afecto à "taxa de disponibilidade".
Luís de Sousa considerou que está na hora de tomar providências. "Há coisas que estão por cumprir por parte da empresa, e temos de parar de fazer figura de bonzinhos; e passar a fazermos de mauzinhos. Somos ribatejanos e está na altura de pegarmos o touro pelos cornos"
Ficou a expectativa de que algo terá de acontecer sob pena do copo transbordar para o lado da empresa "Águas da Azambuja".
Na mesma semana, surge o relatório do Truibunal de Contas às parceria público-privadas de gestão de águas. Azambuja apresenta um risco elevado de redução de facturação para os próximos anos, para além de que durante o ano de 2012, último ano do estudo, é a concessão privada em baixa, que lidera a nível de resultados negativos no indicador EBITDA, que se refere aos lucros antes dos impostos, estando também na linha da frente das que apresenta resultados líquidos mais baixos nesse ano, entre os 2.798.218 e os 16.094.
Sílvia Agostinho
03-03-2014
A munícipe da freguesia de Aveiras de Cima, Deolinda Oliveira, que se encontrava na reunião, teve oportunidade de expressar, ao Valor Local, a forma como as coisas são feitas pela empresa no que se refere ao seu caso: "Temos muitas dificuldades em entender as facturas. Já tenho pagado 60 euros de água com facturações na ordem dos 50 dias; como 40 euros por 30 dias. Não me explicam por que fazem este tipo de contagens. Já me tenho deslocado à empresa onde não consigo falar com ninguém para além da pessoa que está ao balcão, nem me deixam usar o livro de reclamações".
Por parte das várias bancadas também foram deixados muitos protestos como foi caso de Sérgio Ezequiel, da Coligação Pelo Futuro da Nossa Terra, que falou do problema dos contadores e o acréscimo subsequente no preço das facturas. Lavado dos Reis da CDU referiu mesmo que a "Águas da Azambuja", "está a tratar muito mal as pessoas", mas também atribuiu culpas à Câmara, acusando-a de, por vezes, se confundir com a administração da empresa, "não lutando pelos direitos dos azambujenses".
Também Manuel Couceiro da Coligação pelo Futuro da Nossa Terra comungou do espírito dos anteriores, de quem já não tem paciência para o assunto. O autarca falou do caso de um munícipe que não tendo consumido água num mês, teve de pagar 14 euros; e de outros casos relacionados com "dupla facturação da empresa", que mesmo admitindo o erro, converteu o estorno a devolver; afecto à "taxa de disponibilidade".
Luís de Sousa considerou que está na hora de tomar providências. "Há coisas que estão por cumprir por parte da empresa, e temos de parar de fazer figura de bonzinhos; e passar a fazermos de mauzinhos. Somos ribatejanos e está na altura de pegarmos o touro pelos cornos"
Ficou a expectativa de que algo terá de acontecer sob pena do copo transbordar para o lado da empresa "Águas da Azambuja".
Na mesma semana, surge o relatório do Truibunal de Contas às parceria público-privadas de gestão de águas. Azambuja apresenta um risco elevado de redução de facturação para os próximos anos, para além de que durante o ano de 2012, último ano do estudo, é a concessão privada em baixa, que lidera a nível de resultados negativos no indicador EBITDA, que se refere aos lucros antes dos impostos, estando também na linha da frente das que apresenta resultados líquidos mais baixos nesse ano, entre os 2.798.218 e os 16.094.
Sílvia Agostinho
03-03-2014