Águas do Oeste responde a críticas da Águas da Azambuja

Instalações da empresa intermunicipal em Gaeiras, Óbidos
VOLTAR
Valor Local
  • OUVIR RÁDIO
  • EDIÇÃO IMPRESSA
  • ESTATUTO
  • CONTATOS
    • FICHA TECNICA
    • ONDE ESTAMOS
  • PUBLICIDADE
  • VALOR LOCAL TV
  • PODCASTS
Depois de confrontada pelo Valor Local face aos últimos acontecimentos relativos às críticas da Águas da Azambuja (ADAZ),  a empresa intermunicipal enviou um comunicado a toda a comunicação social regional procurando maior espaço para se poder defender. 

Diz a Águas do Oeste que face aos propalados aumentos supostamente infligidos pela mesma, (nos quais a concessionária de Azambuja procura refugiar parte da sua defesa) que "não conhece os termos do contrato de concessão celebrado entre o município de Azambuja e a Águas de Azambuja nem está a par das condições em que são calculadas e aplicadas as tarifas ao consumidor final", refere. "Cumpre, no entanto, esclarecer que entre 2009 e 2014, a tarifa praticada pela Águas do Oeste aumentou 13,7% e não 18,2% como referido pela Águas de Azambuja (25,4% para o tratamento das AR e não 30,4% conforme referido). No último ano o aumento verificado na tarifa de Abastecimento de Água foi inferior de 0,81%.", finaliza.

Segundo a AO, "o aumento das tarifas resulta fundamentalmente do facto dos caudais de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais que têm sido facturados aos municípios que integram o sistema serem significativamente inferiores aos estabelecidos nos contratos de fornecimento e de recolha celebrados com os municípios, (já que tiveram como linha de partida o aeroporto da Ota e consequente aumento populacional que não aconteceu) correspondendo no abastecimento a cerca de menos 60 milhões de metros cúbicos, resultando em proveitos inferiores aos necessários para garantir o equilíbrio económico e financeiro da concessão". "Até ao final do contrato de concessão essa diferença representa um total de menos cerca de 186 milhões de metros cúbicos de água a fornecer face ao contratualizado (valores ligeiramente inferiores a 25% do previsto abastecer, face ao contratualizado). Também no saneamento se estima actualmente que os caudais a tratar em toda a área de concessão sejam significativamente inferiores aos previstos nos contratos de concessão e de recolha (representando menos 21% do previsto)."

Sendo que "no caso específico do município de Azambuja, até 2013 registava-se uma diminuição de 8,5 milhões de metros cúbicos de água fornecida e facturada (menos 36% face ao previsto). Até ao final de 2035 essa diferença representa um total de menos cerca de 42 milhões de metros cúbicos de água a fornecer (58% inferior ao previsto), face ao contratualizado. Também no saneamento a situação é idêntica, sendo que a estimativa actual aponta para valores cerca de 50% inferiores face ao contratualizado".

A empresa sublinha ainda que "o rácio entre o investimento realizado em infraestruturas e o caudal fornecido ao município de Azambuja, só no que respeita ao abastecimento de água é cinco vezes superior ao previsto no contrato de concessão, o que contribui para afectar a sustentabilidade económico- financeira da concessão".

Entretanto, e noutro capítulo a Águas da Azambuja  fez chegar à nossa redacção uma carta na qual manifesta abertamente o seu repúdio pela moção apresentada na Assembleia Municipal pela Coligação pelo Futuro da Nossa Terra e CDU a qual pede para que o processo negocial entre a concessionária e a Câmara pare por completo.

A Adaz refere que o processo de revisão do contrato da concessão tem "decorrido com respeito pela lei" e por isso "não pode deixar de alertar para várias imprecisões, erros e afirmações incorrectas ou mesmo falsas constantes da moção". Nesta carta assinada pelo director da Aquapor, empresa que detém a concessionária, Diogo Faria de Oliveira pode ler-se que a empresa "continuará alheia a quaisquer repercussões politico-partidárias que o modelo adoptado pelo município de Azambuja para a água e saneamento possa ter nos órgãos da autarquia". A empresa vai mais longe: "A Adaz repudia veementemente qualquer alegação ou insinuação que se pretenda fazer relativamente à sua actuação jamais aceitando qualquer insinuação de falta de idoneidade ou transparência durante o processo concursal".


Sílvia Agostinho
08-08-2014

 

Jornal Valor Local @ 2013


Telefone:

263048895

Email

valorlocal@valorlocal.pt
  • OUVIR RÁDIO
  • EDIÇÃO IMPRESSA
  • ESTATUTO
  • CONTATOS
    • FICHA TECNICA
    • ONDE ESTAMOS
  • PUBLICIDADE
  • VALOR LOCAL TV
  • PODCASTS